PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: POLLYANA LUDMILLA BATISTA PIMENTEL

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: POLLYANA LUDMILLA BATISTA PIMENTEL
DATA: 15/12/2021
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: A PSICOLOGIA DAS EMERGÊNCIAS E DOS DESASTRES FRENTE À POLIDEMIA DE COVID-19: DIÁLOGOS ENTRE SAÚDE MENTAL, VULNERABILIDADES, ENVELHECIMENTOS E SOCIABILIDADE ONLINE
PALAVRAS-CHAVES: Covid-19; Saúde Mental; Envelhecimento; Vulnerabilidades; Redes Sociais Online
PÁGINAS: 248
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: A polidemia de Covid-19 tornou-se a maior emergência internacional de saúde pública sem precedentes no mundo moderno. Neste sentido, o objetivo geral deste estudo foi realizar uma análise sobre a saúde mental e o uso de redes sociais online por pessoas na maturidade e velhice, durante a emergência da polidemia covídica, bem como a autopercepção de vulnerabilidade frente ao novo coronavírus. Para tanto, parte-se da tese de que usuários de redes sociais online apresentam melhores índices de saúde mental do que não usuários, uma vez que estas redes funcionam como facilitador da interação social, principalmente diante do isolamento social adotado como medida de contenção do vírus. Outrossim, acredita-se que pessoas na maturidade e velhice apresentam nível elevado de autopercepção de vulnerabilidade frente ao novo coronavírus, haja vista a grande repercussão midiática acerca da letalidade da doença nessa faixa etária, um dos principais grupos de risco. Estruturalmente, esta tese foi dividida em quatro estudos distintos. O primeiro estudo tratou-se de uma revisão integrativa da literatura científica nacional dos últimos dez anos (2009-2019), objetivando conhecer a literatura nacional acerca do uso de redes sociais online por brasileiros com 50 anos ou mais. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, dois artigos foram selecionados. Verificou-se que a produção científica relacionada à temática é bastante escassa. Os resultados apontaram que as principais redes utilizadas pelos participantes foram: Whatsapp, Facebook, Messenger, Instagram, Snapchat e Linkedln. Além disso, foi possível constatar que as redes sociais online se apresentam como importante instrumento na contribuição para um processo de envelhecimento saudável, melhorando a qualidade de vida de pessoas na maturidade e velhice. O segundo estudo objetivou conhecer as representações sociais de pessoas com 50 anos ou mais acerca da internet e das redes sociais online. A amostra que compõe esse estudo é independente da amostra que compõe o estudo III e IV. Participaram 50 pessoas, com média de idade de 60 anos, variando entre 50 e 82 anos. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e à Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), tendo como estímulos: “Internet” e Redes Sociais Online”. Utilizando o software Iramuteq, foram realizadas a análise de frequência múltipla, a análise de similitude, bem como a análise prototípica. Os resultados apontam que as representações sociais dos participantes acerca da internet referem a um meio de comunicação, que auxilia a busca por informações e na disposição das redes sociais virtuais. Sobre o estímulo redes sociais online, observaram-se representações sociais como uma fonte de atualização, além de ser mais um meio de comunicação. De forma geral, a internet e as redes sociais online são vistas pelos participantes como algo bom e ruim simultaneamente, exigindo cuidado dos usuários. O terceiro estudo apresenta uma investigação e análise acerca da prevalência de transtornos mentais comuns e sintomas de ansiedade e depressão em brasileiros, com 50 anos ou mais, durante a polidemia da Covid-19, bem como da autopercepção de vulnerabilidade desta população frente ao novo coronavírus. Participaram 571 pessoas, com idades variando entre 50 e 88 anos (M=58,83; DP=6,74), sendo 41,5% (N= 237) pessoas idosas (acima de 60 anos). A maioria (78,5%) do sexo feminino, com 93,3% afirmando estar em quarentena (ou isolamento social?). Como instrumentos, utilizou-se um questionário sociodemográfico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e a Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS). Todos os escores apresentaram diferenças significativas em relação ao sexo dos participantes. As mulheres apresentaram maiores médias com relação à ansiedade, à depressão, ao Transtorno Mental Comum, e ao distress. Enquanto os homens apresentam maior média do que as mulheres na Percepção de Suporte Social. Observou-se também que adultos entre 50 a 59 anos, com renda mensal inferior a dois salários mínimos e aqueles com maior percepção de vulnerabilidade à Covid-19 apresentaram maior prevalência de Transtornos Mentais Comuns, ansiedade, depressão e distress do que idosos. Faz-se necessário o cuidado em saúde mental, sobretudo das mulheres, das pessoas com menor acesso à renda e daquelas que se percebem mais vulneráveis ao vírus. Por fim, o quarto estudo apresenta uma análise acerca do impacto do uso e não uso de redes sociais online na saúde mental de brasileiros com 50 anos ou mais durante a emergência de Covid-19 no Brasil. Participaram 571 pessoas, com idades variando entre 50 e 88 anos (M=58,83; DP=6,74), sendo 78,5% do sexo feminino, com 93,3% afirmando estar em quarentena. É importante ressaltar que do total dos participantes, 41,5% (N= 237) foi composta por pessoas idosas (acima de 60 anos). Com relação ao uso de redes sociais online (RSO), 93% dos participantes afirmaram que faziam uso dessas ferramentas. A maioria fazia uso de RSO há mais de 5 anos e permanece conectado mais de 3 horas por dia. As redes sociais online mais utilizadas pelos participantes são o Whatsapp, o Facebook e o Instagram. Como instrumentos, utilizou-se um questionário sociodemográfico, o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20), a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) e a Escala de Percepção de Suporte Social (EPSS). No tocante aos escores de ansiedade, depressão, TMC e Percepção de Suporte social, não foram verificadas diferenças entre pessoas que fazem uso de RSO e não usuários de RSO. Contudo, quando o tempo de uso de RSO foi moderado por variáveis sociodemográficas, constataram-se diferenças significativas em relação ao sexo dos participantes, a faixa etária, renda e nível de religiosidade. As mulheres apresentaram maiores médias com relação à ansiedade e depressão, enquanto os homens apresentam maior média do que as mulheres na Percepção de Suporte Social. Observou-se também que adultos entre 50 a 59 anos, com renda mensal inferior a dois salários mínimos maiores prejuízos psíquicos quando comparado aos idosos. Percebe-se a importância do uso de redes sociais online no período de polidemia de Covid-19 para todos os participantes, principalmente para os idosos, dado que para estes, encontraram-se mais benefícios quanto ao bem estar mental. Portanto, espera-se que os resultados desta tese auxiliem planejamentos de práticas na atenção psicossocial e estratégias de cuidados em saúde, bem como de políticas públicas efetivas para essa população.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1497729 - ANA ALAYDE WERBA SALDANHA PICHELLI
Interno - 332067 - MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
Externo à Instituição - BRUNO MEDEIROS
Externo à Instituição - IRIA RAQUEL BORGES WIESE
Externo à Instituição - JOSEVANIA DA SILVA
Externo à Instituição - LUDGLEYDSON FERNANDES DE ARAUJO