PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANNE KAROLINE PINTO ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNE KAROLINE PINTO ROCHA
DATA: 29/09/2022
HORA: 14:00
LOCAL: on_line
TÍTULO: REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DO USO DO CIGARRO CONVENCIONAL E DO CIGARRO ELETRÔNICO: UMA ANÁLISE COMPARATIVA
PALAVRAS-CHAVES: Cigarro Convencional; Cigarro Eletrônico; Representações Sociais.
PÁGINAS: 138
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO: Semelhante ao cigarro convencional, o cigarro eletrônico é um dispositivo que libera nicotina e tem sido utilizado como ferramenta auxiliar para cessação tabágica, embora os dados científicos sobre sua eficácia sejam escassos. Nesta dissertação, foram realizados estudos de revisão da literatura e empíricos. No primeiro estudo, cujo objetivo foi de realizar uma revisão da literatura acerca do uso de cigarros eletrônicos como ferramenta para redução ou cessação tabágica, foram realizadas buscas nas bases Scopus, Scielo e PubMed até junho de 2020, e incluídos apenas estudos empíricos que tratassem do uso do cigarro eletrônico para redução ou cessação tabágica. Quanto aos resultados da revisão, foi identificada uma grande aceitação da população leiga, que vê o cigarro eletrônico como inofensivo e reforça a ideia de uma nova identidade social para os vapers (usuários do cigarro eletrônico); enquanto que os profissionais de saúde destacam a importância de informações baseadas em evidências científicas consistentes em relação ao dispositivo; na medida em que os estudos sobre a eficácia dos cigarros eletrônicos e sua segurança a longo prazo permanecem inconclusivos. Para as pesquisas empíricas, foram realizados estudos com método misto, coleta e análise de dados quanti-qualitativas. No segundo estudo, realizado para acessar e comparar as representações sociais dos cigarros eletrônicos e convencionais, que contou com 119 participantes da população geral, foram utilizados como instrumentos um questionário sociodemográfico e a técnica de associação livre de palavras (com os estímulos “Cigarro Eletrônico” e “Cigarro Convencional”), cujos dados foram analisados no Iramuteq. Nos resultados do estudo, percebeu-se que as representações acerca do cigarro eletrônico estão majoritariamente relacionadas a uma ideia de modernidade e juventude, relacionando-o ao uso recreativo; enquanto as representações sobre o cigarro convencional estão mais relacionadas de uma forma mais consistente a uma imagem negativa, fatores desagradáveis e até aos consequentes malefícios à saúde. No terceiro estudo, realizado com o objetivo de investigar o posicionamento dos participantes frente ao cigarro eletrônico e de realizar um rastreio da saúde mental deles, que contou com 154 participantes da população geral, os instrumentos utilizados foram o questionário sociodemográfico, perguntas abertas sobre os cigarros eletrônico e convencional, a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão e a Escala de Satisfação com a Vida; os dados foram analisados com auxílio do software SPSS. Quanto aos resultados do estudo, não foram encontradas diferenças significativas entre os participantes fumantes e não fumantes; a maioria dos participantes acredita que o cigarro convencional seja mais prejudicial que o eletrônico; 41,2% dos participantes usuários de cigarro eletrônico não possuíam um dispositivo próprio; a maior parte dos participantes acredita que o cigarro eletrônico pode ser usada para cessação tabágica, embora esse não tenha sido o motivo para início do uso para 49% dos participantes; a maior parte dos usuários de apenas cigarro eletrônico não se consideram “fumantes”; a maioria dos participantes acredita que o uso de cigarros eletrônicos e convencionais se dá para acalmar os nervos e que o uso de cigarros eletrônicos ocorre por razões como: ter um ambiente é propício, para integração grupal, possuir aparência tecnológica, odor que não incomoda ou por acreditarem que são dispositivos inofensivos. Além disso, a representação da maior parte dos participantes reconheceu os malefícios relacionados aos cigarros eletrônicos e sua composição diferente dos convencionais, contudo desconhece que sua comercialização é proibida no Brasil. De forma geral, foi possível detectar a necessidade de estudos longitudinais, estudos capazes de apresentar evidências reais, a fim de esclarecer dúvidas e lacunas referentes aos impactos do uso de cigarros eletrônicos para a saúde das pessoas e sobre a eficácia ou não do cigarro eletrônico para redução ou cessação tabágica. Foi possível realizar algumas reflexões sobre o papel do cigarro eletrônico para a sociedade e como as pessoas têm introjetado as informações acessadas e compartilhadas sobre o dispositivo. E, por fim, ressalta-se a necessidade de novos estudos para embasar as regulamentações normativas necessárias e cabíveis, além de atualizar e aprimorar novas estratégias de prevenção e promoção de saúde alinhadas ao controle sobre questões relacionadas aos cigarros eletrônicos.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - BETANIA MARIA OLIVEIRA DE AMORIM
Externo à Instituição - EDNA MARIA QUERIDO DE OLIVEIRA CHAMON