PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: SAMMYA GABRYELLA SOARES PEREIRA CAMPOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SAMMYA GABRYELLA SOARES PEREIRA CAMPOS
DATA: 31/03/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: O PERDÃO INTERPESSOAL EM SITUAÇÕES DE INJUSTIÇAS DA VIDA COTIDIANA
PALAVRAS-CHAVES: Ansiedade; Injustiças; Perdão Interpessoal; Raiva
PÁGINAS: 37
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia do Desenvolvimento Humano
ESPECIALIDADE: Desenvolvimento Social e da Personalidade
RESUMO: A violência sempre esteve presente desde as antigas civilizações. No entanto, a forma como ela é manifestada tem sido interpretada pela sociedade atual em expressões de desconforto, medo e insegurança. Além disso, apesar da justiça empregada, as vítimas de violência precisam lidar ainda com emoções conflitantes, como perdoar ou não os seus ofensores, alimentando sensações como raiva e injustiça. Neste sentido, o presente estudo tem como objetivo principal analisar se os graus de raiva e ansiedade de estado variam de acordo com o grau do perdão oferecido pelas vítimas de violência urbana. Será realizada, portanto, uma pesquisa de campo do tipo descritiva e de natureza correlacional, a qual participarão 350 pessoas, entre homens e mulheres, de 18 até 60 anos de idade, residentes no Estado da Paraíba e demais localidades. Para a coleta de dados serão utilizados: questionário sociodemográfico, Inventário de Expressão de Raiva como Traço-Estado (STAXI), Inventário de Ansiedade de Traço-Estado (IDATE) e a Escala de Atitudes EFI-R. A partir disso, a análise será realizada através do SPSS 24.0. Ademais, tanto a coleta quanto as análises de dados deverão ser aprovados pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, e levam em conta os aspectos éticos, conforme a resolução 466/12, que envolve seres humanosA literatura indica que estudos sobre o perdão estão direcionados aos contextos de relações na família, entre amigos, parceiros íntimos e contextos de relacionamento no trabalho. Entretanto, temáticas que trabalham em contextos sociais do cotidiano não são tão exploradas pela literatura. E, é importante ressaltar que as injustiças podem ocorrer em nosso cotidiano independentemente do tipo e/ou intensidade de uma relação, seja por exemplo, a relação entre com aluno/professor, com colegas de trabalho, vizinhos e até mesmo com pessoas desconhecidas. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo analisar o grau de perdão oferecido espontaneamente após ofensas sofridas na vida cotidiana e sua relação com a raiva e ansiedade. Realizamos uma pesquisa de campo, quantitativa e qualitativa, do tipo descritiva e correlacional e participaram do estudo 359 pessoas, sendo 273 (76%) mulheres e 86 (24%) homens, selecionados por meio da amostragem não probabilística por conveniência. Para a coleta de dados, realizada de maneira online e presencial, utilizamos: questionário sociodemográfico, questionário de injustiças, Inventário de Expressão de Raiva (STAXI), Inventário de Ansiedade de Traço e Estado (IDATE) e a Escala de Perdão de Enright (EFI). Para a análise, os dados foram recebidos em uma planilha excel e depois transpostas para o IBM 22.0. Considerando a amostra de pessoas que se sentiram muito ou tremendamente magoadas (mágoa > 3), os resultados indicaram que essa população perdoou mais as ofensas de discriminação racial e divergências políticas (Tabela 2) e a mágoa foi sentida com maior intensidade quando a ofensa era causada por pessoas desconhecidas ou por profissionais liberais (Tabela 3). Verificamos também que as pessoas com mágoa > 3 perdoam significativamente menos do que as pessoas que sentiram pouco magoadas (mágoa < 3) (Tabela 4). Na correlação, verificamos, na amostra de mágoa > 3 que as pessoas com traços de raiva tendem a apresentar ausência de afeto negativo, e presença de julgamento positivo. E, pessoas com traços de ansiedade tendem a apresentar ausência de comportamento negativo (Tabela 6). Na comparação de médias entre estado e traço de ansiedade e estado e traço de raiva da amostra de mágoa > 3, percebemos que os graus de ansiedade foram significativamente maiores que os graus de raiva.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - MARCIA MAGALHAES AVILA PAZ