PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA KAROLYNE FLORENCIO AMORIM

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA KAROLYNE FLORENCIO AMORIM
DATA: 28/09/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente virtual via Google Meeting
TÍTULO: MUDANDO AS REGRAS DO JOGO: O PAPEL DA DISCRIMINAÇÃO, INTERSECCIONALIDADE E JUSTIFICAÇÃO DO SISTEMA NA AÇÃO COLETIVA DE MULHERES NEGRAS
PALAVRAS-CHAVES: ação coletiva, gênero, identidade social, justificação do sistema, discriminação.
PÁGINAS: 131
RESUMO: A ação coletiva de minorias é um fenômeno amplamente estudado na Psicologia Social. Fatores como a percepção da discriminação, identidade grupal e justificação do sistema podem ser utilizados para compreender esse fenômeno. Mediante isso, os estudos desta tese investigam como se dá a ação coletiva de mulheres negras. Para tal, foram realizados 4 estudos. No Estudo 1 (N = 147), analisamos a identificação endogrupal como um fator moderador na relação entre discriminação e ação coletiva e se a discriminação impacta a autoatribuição estereotípica das mulheres. Os resultados mostraram que a mera presença da discriminação pode não ser suficiente para a ação coletiva e diminui a autoatribuição estereotípica das mulheres. No Estudo 2 (N = 214), analisamos o papel moderador da identificação endogrupal e da justificação do sistema na ação coletiva, verificando que a influência da saliência da discriminação nas mulheres com ação coletiva pode ter sido moderada pela identificação grupal de gênero e pela justificação do sistema. No Estudo 3 (N= 205), focamos o conteúdo identitário e da justificação do sistema como moderadores da influência da discriminação na ação coletiva. Observamos que as participantes da condição de discriminação indicaram maior intenção de se engajarem em ações coletivas, mas isto ocorreu apenas nas mulheres com alta identificação grupal e uma baixa justificação do sistema. No Estudo 4 (N= 198), analisamos o papel moderador da identidade de gênero e racial e da justificação do sistema na ação coletiva para redução de desigualdades sociais e a ação coletiva conservadora de mulheres negras em um contexto de discriminação racista e sexista. Os resultados demonstraram que as mulheres negras quando em contato com uma situação de racismo e se identificam enquanto negras, mesmo que com uma baixa identificação de gênero e justificam o status quo, apresentam uma maior intenção de ação coletiva para redução de desigualdades. Em relação à ação coletiva conservadora, encontramos evidências de que, nas mulheres negras com baixa justificação do sistema e baixa centralidade racial, há uma maior intenção de ação coletiva conservadora Em síntese, observamos que a ação coletiva das mulheres negras é um fenômeno complexo e multivariado e que requer uma maior investigação levando em consideração um viés interseccional para explicar suas especificidades.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - DALILA XAVIER DE FRANCA