PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCICLÉIA LOPES SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCICLÉIA LOPES SILVA
DATA: 31/10/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Googgle Meet
TÍTULO: O AMOR TUDO SUPORTA: A INVISIBILIDADE DO ABUSO PSICOLÓGICO CONTRA A PARCEIRA
PALAVRAS-CHAVES: percepção. abuso psicológico. sexismo ambivalente. mitos do amor romântico.
PÁGINAS: 130
RESUMO: O abuso psicológico se diferencia de outras formas de violência por não deixar marcas visíveis e, por esta razão, as vezes não é percebida enquanto uma violência propriamente dita. Assim, esta tese tem como objetivo geral investigar quais aspectos psicossociais dificultam a percepção do abuso psicológico como um tipo de violência. Hipotetizamos que o sexismo ambivalente, em conjunto com os mitos de amor romântico, seriam crenças que atuariam para dificultar a percepção desse tipo de violência. Além disso, esperamos que a relação dessas variáveis ocorre de maneira diferente no Brasil e na Espanha. Com isso, esta tese foi organizada em três artigos. O Artigo 1, formado por dois estudos, objetivou o desenvolvimento de uma medida para mensurar a percepção do abuso psicológico contra a parceira (N total = 384 participantes). O primeiro estudo comprovou a adequação de um modelo bifatorial do instrumento (Abuso Emocional, α=.91; Abuso de Controle, α=.89), o que foi corroborado no segundo estudo, que também evidenciou a validade convergente do instrumento com a escala de sexismo ambivalente. Já o Artigo 2 tratou-se de um estudo quase-experimental 2x2x2, desenvolvido com população brasileira, e contou com a participação de 214 estudantes universitários. Este artigo objetivou verificar se o sexismo em conjunto com os mitos de amor romântico explicam a percepção do abuso psicológico. Até o momento, os resultados ilustraram que existe uma relação entre as variáveis, e, de fato, a percepção do abuso psicológico tende a diminuir quando os indivíduos endossam o sexismo. O Artigo 3, foi uma replicação do Artigo 2 no contexto espanhol e contou com uma amostra de 211 pessoas da população geral. Os resultados reforçaram as evidências de que o abuso psicológico é menos percebido por pessoas com alta adesão ao sexismo e aos mitos de amor. Os resultados também apontam que o sexismo exerce um poder moderador na relação entre as manipulações experimentais e a percepção do abuso psicológico. Em conjunto nossos resultados demonstram que a percepção do abuso psicológico contra a parceira é explicada pelo sexismo ambivalente e pelos mitos do amor romântico. Especificamente os mitos de amor apresentaram maior impacto no contexto brasileiro, entretanto, o sexismo é uma variável em comum em ambos países no entendimento da diminuição da percepção do abuso. Assim, nossos dados evidenciam a importância de intervenções voltadas principalmente para o sexismo, já que tem efeito direto na percepção do abuso.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Externo à Instituição - ANDERSON MATHIAS DIAS SANTOS
Externo à Instituição - HYALLE ABREU VIANA
Externo à Instituição - JOSÉ LUIS ÁLVARO ESTRAMIANA