PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Teléfono/Extensión
No Informado

Noticias


Banca de QUALIFICAÇÃO: ANTONIO OSVALDO PAQUELEQUE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO OSVALDO PAQUELEQUE
DATA: 12/01/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Bloco C, 2º Andar, Sala 1 (Núcleo Bases Normativas do Comportamento Social)
TÍTULO: ATITUDES FRENTE AO TERRORISMO EM MOÇAMBIQUE E BRASIL: CORRELATOS DE PERSONALIDADE, CRENÇAS E VALORES
PALAVRAS-CHAVES: Terrorismo; Atitudes; Crenças Conspiratórias; Valores Humanos; Traços de Personalidade
PÁGINAS: 289
RESUMO: O fenômeno do terrorismo em Moçambique e no Brasil faz as pessoas experimentarem sentimentos diversos (e.g., medo, incerteza, insegurança), por vezes fomentando atitudes que podem estar associadas a traços de personalidade, crenças conspiratórias e valores. Entretanto, pouco se sabe a respeito das atitudes frente ao terrorismo nessas duas culturas, sobretudo no que diz respeito a contribuição de seus correlatos potenciais. Este estado da arte motivou a presente tese, que teve como objetivos conhecer como as pessoas percebem o terrorismo nesses dois países, quais atitudes são formadas a respeito desse fenômeno e como estas se correlacionam com traços de personalidade, crenças conspiratórias e valores humanos. Nesta direção, realizaram-se três estudos. O Estudo 1 objetivou conhecer as representações sociais do terrorismo, tendo participado 363 estudantes de quatro universidades de Moçambique (Cabo Delgado) e uma do Brasil (João Pessoa), cujas idades variaram entre 18 e 59 anos (Midade = 24,7; DP = 6,18). Estes responderam perguntas demográficas (e.g., idade, sexo) e cinco perguntas abertas sobre o terrorismo. Os resultados retrataram o conhecimento sobre o terrorismo, o seu papel e as consequências que ele tem na vida social das pessoas. O Estudo 2 objetivou conhecer a relação entre traços sombrios de personalidade, crenças conspiratórias e valores humanos para explicar atitudes frente ao terrorismo em Moçambique, participando 405 pessoas de diferentes regiões deste país (Midade = 29,1; DP = 10,45), a maioria do sexo masculino (54,1%). Estes responderam o Questionários de Atitudes frente ao Terrorismo (QAT), o Questionário de Crenças Conspiratórias (QCC), o Questionário dos Valores Básicos (QVB), o Dark Triad Dirty Dozen (DTDD) e perguntas demográficas. Os resultados indicaram que os participantes mostraram atitudes positivas frente ao terrorismo em Moçambique, estando tais atitudes mais associadas com valores, crenças e traços de personalidade. Por fim, o Estudo 3 procurou replicar o estudo anterior no Brasil, empregando os mesmos instrumentos de medida para conhecer atitudes frente ao terrorismo, traços sombrios de personalidade, crenças conspiratórias e valores humanos, tendo participado 365 estudantes de diversos cursos de uma universidade pública de João Pessoa (Paraíba), jovens adultos (Midade = 25,0; DP = 7,52), a maioria do sexo feminino (61,4%). Os tais participantes responderam os mesmos questionários anteriores descridos. No geral, observaram-se achados similares aos do estudo prévio, reforçando o papel das variáveis traços sombrios de personalidade, crenças conspiratórias e valores humanos. Os resultados foram discutidos à luz da literatura, mostrando a relevância de considerar variáveis psicossociais para compreender o fenômeno do terrorismo nas culturas pesquisadas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo ao Programa - 1973400 - VIVIANY SILVA PESSOA