Banca de QUALIFICAÇÃO: ARTHUR CLERO DA FONSECA MONTEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARTHUR CLERO DA FONSECA MONTEIRO
DATA: 19/02/2024
HORA: 17:30
LOCAL: Núcleo de Pesquisa Bases Normativas do Comportamento Social
TÍTULO: PRECONCEITO CONTRA O IDOSO: UM ESTUDO A PARTIR DA PERSONALIDADE E DOS VALORES HUMANOS
PALAVRAS-CHAVES: Idoso; Estereótipos; Preconceito; Personalidade; Valores Humanos.
PÁGINAS: 85
RESUMO: A presente dissertação teve por objetivo explicar o preconceito contra o idoso a partir das variáveis personalidade e valores humanos, por meio da realização de dois estudos em formato de artigos. O Artigo 1 é um estudo empírico, e teve por objetivo verificar o preconceito, analisando-se o conhecimento dos participantes sobre o idoso, a convivência e os cuidados direcionados a essa população, bem como, os estereótipos e a prevalência dos tipos de comportamentos discriminatórios em relação aos idosos, bem como, se existe diferença dos comportamentos discriminatórios em função do gênero dos participantes. Participaram 215 pessoas da população geral de João Pessoa (PB), a média de idade foi de 29,44 anos (DP = 10,86, variando de 18 a 54 anos). Responderam Escala Diferencial Semântica de Atitudes Frente ao Idoso, Escala da Relação com Pessoas Idosas e questionários sociodemográfico e sobre o idoso. Os resultados indicaram que a maioria dos participantes sabem que o idoso é a pessoa a partir de 60 anos, convivem com idosos em casa, especialmente avós, bisavós, pais e mães. Ademais, apresentaram, em sua maioria, estereótipos positivos acerca dos idosos, especialmente com relação à cognição (sábio, persistente, preciso, seguro e compreensível), assim como comportamentos discriminatórios mais benevolentes, sobretudo as mulheres. Espera-se que o presente estudo colabore para discussão e intervenção sobre a população idosa. O artigo 2 é um estudo empírico cujo objetivo foi explicar o preconceito contra o idoso a partir da personalidade e dos valores humanos. Participaram 204 pessoas da população geral do Brasil, sendo 83,3% da Paraíba, com média de idade de 48,1 anos (DP = 11,29), distribuída igualmente em função do gênero. A maioria dos participantes era casada/união estável (67,6%), com pós-graduação (58,3%), da classe média (90,6%), que conviviam com idosos (81,4%), no ambiente familiar (53,4%). Responderam as escalas Fraboni de Ageismo, Escala de Ageismo Ambivalente, Inventário dos Cinco grandes Fatores da Personalidade, Questionário de Valores Básicos, questionários sociodemográficos e sobre o idoso. Os resultados demonstraram correlação de forma negativa e significativa entre o fator estereótipo da escala de ageísmo e as subfunções interativa e experimentação. Quanto aos traços de personalidade, verificou-se que abertura à mudança se correlacionou de forma negativa e significativa com os fatores estereotipo e atitude afetiva; extroversão apresentou correlação negativa e significativa com os fatores estereotipo e atitude afetiva; amabilidade demonstrou correlação negativa e significativa com os fatores separação, estereotipo e atitude afetiva; neuroticismo apresentou correlação positiva e significativa com os fatores separação e estereotipo. Quanto a regressão, verificou-se que o fator separação pôde ser explicado pelos traços amabilidade e neuroticismo; o fator estereótipo pela extroversão e neuroticismo, e o fator Atitude Afetiva pela amabilidade. Por fim, a subfunção experimentação explicou negativamente o fator estereótipo. Conclui-se que o preconceito contra os idosos é um fenômeno presente em diversas culturas, a exemplo da sociedade brasileira. Espera-se que os dados deste estudo possam colaborar para discussão da temática, conscientização social e desenvolvimento de novas pesquisas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA
Interno - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Externo ao Programa - 1973400 - VIVIANY SILVA PESSOA