PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCICLÉIA LOPES SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCICLÉIA LOPES SILVA
DATA: 16/04/2024
HORA: 11:00
LOCAL: Googgle Meet
TÍTULO: O AMOR TUDO SUPORTA? O PAPEL DOS MITOS DO AMOR ROMÂNTICO E DO SEXISMO NA INVISIBILIDADE DO ABUSO PSICOLÓGICO CONTRA A PARCEIRA
PALAVRAS-CHAVES: abuso psicológico; sexismo ambivalente; mitos do amor romântico.
PÁGINAS: 166
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Processos Grupais e de Comunicação
RESUMO: O abuso psicológico diferencia-se de outras formas de violência por não deixar marcas visíveis e, por essa razão, às vezes não é percebido como uma violência propriamente dita. Assim, esta tese tem como objetivo geral investigar quais aspectos psicossociais dificultam a percepção do abuso psicológico como um tipo de violência. Hipotetizamos que o sexismo ambivalente, em conjunto com os mitos do amor romântico, seriam crenças que atuariam para dificultar a percepção desse tipo de violência. Além disso, esperamos que a relação dessas variáveis ocorra de maneira diferente no Brasil e na Espanha. Com isso, esta tese foi organizada em três artigos. O Artigo 1, composto por dois estudos, objetivou o desenvolvimento de uma medida para mensurar a percepção do abuso psicológico contra a parceira (EPAPP; N total = 384 participantes). O primeiro estudo comprovou a adequação de um modelo bifatorial do instrumento (Abuso Emocional, α=0.91; Abuso de Controle, α=0.89), que foi confirmado no segundo estudo, que também evidenciou a validade convergente do instrumento com a escala de sexismo ambivalente. O Artigo 2 tratou-se de um estudo quase-experimental 2x2x2, desenvolvido com população brasileira, e contou com a participação de 214 estudantes universitários. Este artigo objetivou verificar se o sexismo em conjunto com os mitos de amor romântico explicam a percepção do abuso psicológico. Os resultados ilustraram uma interação entre o tipo de abuso e os mitos do romantismo, que exerce uma diminuição na percepção do abuso emocional contra a parceira na EPAPP. Além disso, a alta adesão ao sexismo moderou a percepção do abuso psicológico. O Artigo 3 foi uma replicação do Artigo 2 no contexto espanhol e contou com uma amostra de 211 pessoas da população geral. Os resultados reforçaram as evidências de que o abuso psicológico é menos percebido por pessoas com alta adesão ao sexismo. Os resultados também apontam que o sexismo exerce um poder moderador na relação entre as manipulações experimentais dos mitos de amor romântico e a percepção do abuso psicológico. As diferenças entre os países investigados se concentraram no impacto dos mitos do amor romântico. No Brasil, esses mitos afetaram a percepção do abuso apenas quando combinados com a manipulação do abuso emocional, enquanto na Espanha, afetaram apenas quando associados à moderação do sexismo. Isso destaca a necessidade de intervenções focadas principalmente no sexismo, que tem um efeito direto na percepção do abuso.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 3212546 - ROMULO LUSTOSA PIMENTEIRA DE MELO
Externo à Instituição - ANDERSON MATHIAS DIAS SANTOS
Externo à Instituição - HYALLE ABREU VIANA
Externo à Instituição - JOSE LUIS ALVARO ESTRAMIANA