PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: Juliana Rízia Felix de Melo

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: Juliana Rízia Felix de Melo
DATA: 23/02/2017
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório 411 CCHLA
TÍTULO: PRECONCEITO FLAGRANTE E SUTIL FRENTE À ESQUIZOFRENIA: EXPLICAÇÕES COM BASE EM CRENÇAS CAUSAIS E ESTEREÓTIPOS
PALAVRAS-CHAVES: preconceito; esquizofrenia; saúde/doença mental
PÁGINAS: 199
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Relações Interpessoais
RESUMO: O preconceito frente a esquizofrenia e um fenomeno muito presente e enraizado no tecido social. Os estudos mais atuais na area do preconceito mostram que este nao se da mais apenas de forma flagrante, uma vez que expressar o preconceito de maneira aberta numa sociedade considerada democratica e igualitaria tornou-se contra as normas sociais; entretanto, sabe-se que o preconceito nao deixou se existir, mas assumiu formas mais sutis de manifestacao. Diante disso, objetivou-se propor um modelo de preconceito flagrante e preconceito sutil para o contexto da esquizofrenia, indicando os estereotipos e as crencas causais que explicam esses dois tipos de preconceito. Para o alcance desse objetivo, foram realizados 3 estudos de cunho quantitativo e descritivo. O primeiro visou criar e validar as escalas de: percepcao de inadequacao ao padrao de normalidade, exagero das diferencas grupais e benevolencia; alem disso, se adaptou com o termo “portador de esquizofrenia” as escalas de: percepcao de ameaca frente o doente mental e a escala de distancia social frente o doente mental; sendo, portanto, essas cinco escalas os instrumentos deste primeiro estudo. A amostra contou com 200 estudantes de universidades publicas e privadas de cidades da Paraiba, com media de idade de 25,31 anos (DP=7,21). Os dados foram analisados por meio do SPSS, em que foram realizadas analises fatoriais exploratorias. As escalas apresentaram bons indices psicometricos com Alfas de Cronbach variando de 0,62 a 0,84. Com o intuito de efetuar uma analise confirmatoria da estrutura destas medidas, realizou-se o segundo estudo, que contou com 200 estudantes de universidades publicas e privadas de cidades da Paraiba, com media de idade de 24,82 anos (DP=6,97). Na analise dos dados foi utilizado o programa AMOS, que foi empregado para realizar analises fatoriais confirmatorias, adotando-se o estimador ML (Maxima Verossimilhanca). Os resultados das analises fatoriais confirmatorias permitiram comprovar a estrutura fatorial das escalas, as quais apresentaram indices de ajustes satisfatorios. Tendo em vista a adequabilidade das escalas propostas, realizou-se o terceiro estudo com o objetivo de testar o modelo do preconceito flagrante e sutil, indicando os estereotipos e as crencas causais que explicam esses dois tipos de preconceito. Para isso, contou-se com 200 estudantes de universidades publicas e privadas de cidades da Paraiba, com media de idade de 29,1 anos (DP=8,52). Utilizou-se como instrumentos as cinco escalas validadas nos estudos 1 e 2, bem como uma de estereotipos e uma de crencas causais. Foram efetuadas analises estatisticas descritivas e inferenciais por meio do SPSS e confirmatorias por meio do AMOS. Constatou-se que o modelo com dois fatores correlacionados, denominados de Preconceito Flagrante (reunindo as dimensoes: Percepcao de ameaca e Rejeicao a relacoes de intimidade) e Preconceito Sutil (agrupando as dimensoes: Benevolencia, Percepcao de Inadequacao e Exagero das diferencas grupais), foi o modelo que apresentou os melhores indices de ajustes quando comparados com outros seis modelos alternativos, mostrando evidencias de que ha a expressao de um preconceito sutil frente a esquizofrenia. Verificou-se ainda que o estereotipo de periculosidade e as crencas causais religiosas e psicologicas foram as que explicaram o preconceito flagrante. Observou-se tambem que os estereotipos de periculosidade, atribuicao de pena e incapacidade predizem o preconceito sutil, bem como as crencas causais religiosas. Com isso, conclui-se que e fundamental um trabalho de combate ao preconceito que envolva os valores, normas sociais e a propria cultura da nacao brasileira, considerando o preconceito como produzido e sustentado por teias ideologicas mais amplas e complexas, que precisam ser transformadas visando a uma sociedade verdadeiramente mais justa e igualitaria.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1285229 - SILVANA CARNEIRO MACIEL
Interno - 329296 - LEONCIO FRANCISCO CAMINO RODRIGUEZ LARRAIN
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo à Instituição - ANGELA ELIZABETH LAPA COELHO
Externo à Instituição - TATIANA DE LUCENA TORRES