PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FABRYCIANNE GOLNCALVES COSTA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABRYCIANNE GOLNCALVES COSTA
DATA: 22/03/2017
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO 01 - CENTRAL DE AULAS
TÍTULO: BEM-ESTAR SUBJETIVO, RESILIÊNCIA E REPRESENTAÇÕES SOCIAIS NO CONTEXTO DO DIABETES MELLITUS
PALAVRAS-CHAVES: representação social, diabetes mellitus, doença crônica, resiliência, bem-estar subjetivo
PÁGINAS: 250
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
RESUMO: Esta tese teve como objetivo geral apreender as representacoes sociais acerca do diabetes e tratamento elaboradas por pessoas diabeticas e quantificar os niveis do Bem-Estar Subjetivo (BES) e da resiliencia nesse grupo de pertenca. Para alcanca-lo, foi necessario desenvolver quatro estudos, apresentados em formato de artigos, tres deles fundamentados na Teoria das Representacoes Sociais (TRS) e um respaldado nos construtos do BES e da resiliencia. O artigo 1 objetivou realizar uma revisao sistematica acerca do diabetes com base no aporte teorico das Representacoes Sociais. Assim, realizou-se um levantamento bibliografico atraves da busca de artigos publicados nas bases de dados GALE, SCIELO, MEDLINE e SCOPUS, entre os anos de 2006 e 2016, utilizando-se as combinacoes de descritores “diabetes and social representations”, “diabetes and representacoes sociais”, e “diabetes and representaciones sociales”. Foram selecionados 9 artigos, os resultados apontaram para quatro grandes eixos: (i) “Aspectos nutricionais”; (ii) “O diabetes e suas definicoes”; (iii) “Apoio do familiar e do profissional da saude” e as (iv) “Consequencias do diabetes”. Em suma, o pensamento do senso comum veiculado nos artigos revisados foi consensual no que diz respeito as dificuldades da dieta. Nao obstante a supervalorizacao da necessidade da reeducacao alimentar, existe uma dificuldade a sua aderencia devido principalmente ao carater emocional. Quanto ao apoio da familia e do profissional da saude, observou-se que a superprotecao por parte da primeira e que a falta de credibilidade na equipe medica podem interferir diretamente no engajamento da adesao ao tratamento. O artigo 2 objetivou apreender as representacoes sociais sobre o diabetes elaboradas por pessoas que tem a doenca. Participaram 31 pessoas com idades entre 34 e 76 anos (M= 55,68; DP= 11,6), que responderam a um questionario biossociodemografico e a Entrevista em Profundidade. Os dados foram processados pelo software Alceste e analisados por meio da estatistica descritiva e da analise lexical. Os participantes apontaram em suas representacoes sociais a falta de conhecimentos acerca do diabetes, destacando a surpresa do diagnostico; suas representacoes tambem estiveram ancoradas em fatores nutricionais e emocionais os quais foram permeados por emocoes de cunho negativo. Os participantes que utilizavam insulina ratificaram nocoes de responsabilidades voltadas para consequencias da doenca, como e o caso da amputacao de membros e o grupo que nao a utilizava descreveu a doenca atrelada a triade do tratamento (medicacao, reeducacao alimentar e atividade fisica). O artigo 3 objetivou analisar as representacoes sociais sobre o diabetes mellitus e seu tratamento elaboradas por pessoas diabeticas. A amostra foi constituida por 104 participantes com idades entre 19 e 79 anos (M= 56,16; DP= 13,01), que responderam a um questionario biossociodemografico e a Tecnica de Associacao Livre de Palavras. Os dados foram computados pelos softwares SPSS - 23.0 e Tri-deux-Mots e analisados por meio da estatistica descritiva e analise fatorial de correspondencia. Os resultados apontaram que o conhecimento consensual acerca do diabetes nao difere do saber erudito. No que tange a concepcao e ao tratamento, o diabetes foi representado enquanto doenca cronica relacionada a problemas de acucar no sangue, oscilacao de humor e perigo de vida, a semelhanca do conhecimento cientifico. O tratamento emergiu de forma associada ao controle alimentar, adesao e manutencao das orientacoes medicas. Foi possivel perceber representacoes consensuais e discensuais. As primeiras, dizem respeito ao controle que o tratamento exige. Nas discensuais, as mulheres focaram a doenca associada a restricao alimentar e a oscilacao de humor e os homens associaram o diabetes a problemas no sangue, perigo de vida que pode levar a morte e que devem obedecer as regras do tratamento. No artigo 4 objetivou-se analisar o BES e a resiliencia em pessoas com diabetes mellitus, foram aplicadas as escalas de BES e de resiliencia a 104 diabeticos com idade media de 56,16 anos (DP= 13,01). Os resultados evidenciaram que 65,4% dos participantes apresentaram altos niveis de BES, com maior media para os afetos positivos 3,65 (DP = 0,65); quanto a resiliencia, observou-se que a maioria dos participantes possui alta capacidade de resiliencia (87,5%). Constatou-se que a dimensao afeto positivo da escala BES correlacionou-se com as dimensoes, acoes e valores (r= 0,58) e autoconfianca (r= 0,23) da escala da resiliencia. O aumento da vivencia de emocoes positivas entre os diabeticos propiciou maior aceitacao de si no tocante a doenca e sua terapeutica. Espera-se que tais estudos contribuam para a construcao do conhecimento cientifico partindo da perspectiva da pessoa diabetica, assim como proporcione maior visibilidade a doenca no que tange a elaboracao de praticas terapeuticas voltadas tanto para seus aspectos fisicos, quanto emocionais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 332067 - MARIA DA PENHA DE LIMA COUTINHO
Interno - 2483066 - PATRICIA NUNES DA FONSECA
Externo ao Programa - 337389 - IEDA FRANKEN RODRIGUES
Externo à Instituição - KAY FRANCIS LEAL VIEIRA
Externo à Instituição - MARIA NATÁLIA PEREIRA RAMOS