PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de QUALIFICAÇÃO: ALEX SANDRO DE MOURA GRANGEIRO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALEX SANDRO DE MOURA GRANGEIRO
DATA: 11/04/2017
HORA: 09:30
LOCAL: Sala 402
TÍTULO: DESONESTIDADE ACADÊMICA: O PAPEL MODERADOR DOS VALORES HUMANOS NA RELAÇÃO ENTRE AUTOCONTROLE E COMPORTAMENTO DE FRAUDE EM UNIVERSITÁRIOS
PALAVRAS-CHAVES: valores normativos, autocontrole, fraude acadêmica, comportamentos desviantes.
PÁGINAS: 150
RESUMO: A presente tese teve por objetivo verificar o papel moderador dos valores humanos na relação entre autocontrole e comportamento de fraude em universitários. Para alcançar esse objetivo foram delineados quatro estudos empíricos. No Estudo 1, buscou-se adaptar e reunir evidência de valiade e precisão da Fraude em Ambiente Acadêmico (EFAA) para o Brasil. Para tanto, contou-se com a participação de 474 estudantes universitários (59,3% do sexo feminino; Midade = 21,8). As análises fatoriais exploratórias e confirmatórias demonstraram a adequabilidade da estrutura bifatorial do instrumento. O modelo proposto, composto por 9 itens distribuídos entre os fatores Plágio (KR20 = 0,68) e “Cola” Acadêmica (KR20 = 0,69), apresentou indicadores de ajuste (χ²/gl = 2,13; CFI = 0,88; TLI = 0,84; RMSEA = 0,07) aceitáveis. Os resultados também demonstraram a validade convergente da medida. No Estudo 2, buscou-se adaptar e reunir evidências de validade e precisão da Brief Self-Control Scale (BSCS) para o contexto brasileiro. Para tanto, contou-se com a participação de 565 estudantes universitários (59,3% do sexo feminino; Midade = 21,8). As análises fatoriais exploratórias e confirmatórias demonstraram a adequabilidade da estrutura bifatorial do instrumento. O modelo proposto, de 10 itens, distribuídos entre os fatores Controle de Impulsos (α = 0,63) e Autodisciplina (α = 0,65), apresentou indicadores de ajuste (χ²/gl = 1,78; CFI = 0,94; TLI = 0,92; RMSEA = 0,05) satisfatórios. Os resultados também demonstraram a validade convergente da medida. De posse de instrumentos fidedignos para mensuração do traço de autocontrole e do comportamento de fraude, procedeu-se o Estudo 3 que teve por objetivo avaliar o papel moderador dos valores normativos na relação entre autocontrole e comportamento de fraude. Para tanto, contou-se com a participação de 485 estudantes universitários (60,6% do sexo feminino; Midade = 22,1) que responderam a BSCS, ao QVB e a questões de caracterização da amostra e do comportamento de fraude acadêmica. Os resultados indicaram que as variáveis controle de impulsos (β = -0,20; p 0,05). Os coeficientes de regressão do modelo como um todo foram significativamente diferentes de zero (R2= 0,12; F (457,3) = 3,54; p < 0,001). Especificamente, o termo de interação entre controle de impulsos e valores normativos apresentou efeito significativo sobre o comportamento de fraude (β = -0,14; p <0,01), dando suporte a hipótese de que os valores normativos funcionam como uma variável moderadora nessa relação. O controle de impulso previu significativa e negativamente o comportamento de fraude (b = -0.81; p < 0,001) em participantes com altas pontuações em valores normativos, enquanto não demonstrou efeito significativo sobre o comportamento de fraude (b = -0,17; p <0,05) em participantes com baixa pontuação nesses valores. Por fim, no Estudo 4, ainda em desenvolvimento, buscar-se-á replicar experimentalmente o estudo 3, no qual serão mensurados os efeitos do traço de autocontrole sobre o comportamento de fraude nas condições de saliência e não saliência de valores normativos. Com a conclusão da tese, espera-se verificar a relevância dos valores humanos para a compreensão do comportamento de fraude em ambiente acadêmico, bem como trazer novos elementos para o entendimento da clássica associação entre autocontrole e comportamentos desviantes.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6338234 - VALDINEY VELOSO GOUVEIA
Interno - 2014467 - CARLOS EDUARDO PIMENTEL
Externo à Instituição - MARCIO DE LIMA COUTINHO