PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA SOCIAL (PPGPS)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANDREI ALVES DE AGUIAR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANDREI ALVES DE AGUIAR
DATA: 26/02/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Sala 01 Pós
TÍTULO: A Normatividade do Perdão Interpessoal
PALAVRAS-CHAVES: Perdão, Normatividade, Resolução de Conflitos
PÁGINAS: 210
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
SUBÁREA: Psicologia Social
ESPECIALIDADE: Processos Grupais e de Comunicação
RESUMO: Situacoes de transgressoes envolvendo magoa e decepcao sao comuns a maioria das pessoas. Estudos comprovam que guardar tais sentimentos pode gerar consequencias desagradaveis nos comportamentos e na vida como um todo. Assim, a importancia do perdao se faz clara. Este constructo pode ser entendido como uma atitude moral em que a pessoa abdica do ressentimento e de julgamentos e comportamentos negativos para com o seu ofensor. O que ainda tem sido motivo de divergencias e se o perdao se trata de um comportamento especifico (variavel de estado), de uma acao continuada dependendo da pessoa (variavel de traco) ou algo relacionado a norma social. Neste momento, hipotetiza-se que o perdao esta relacionado a norma social. Deste modo, a presente tese teve como objetivo principal verificar se ha uma expressao de normatividade no perdao. Como objetivos especificos, buscou-se: a) apresentar evidencias de validade das Escalas de Resolucao de Problemas Interpessoais – Geral; b) apresentar evidencias de validade das Escalas de Resolucao de Problemas Interpessoais –Pessoal; e c) testar tres paradigmas de normatividade, propostos por Alves (2008) e Jellison e Green (1981). A fim de cumprir com estes objetivos, dois estudos foram propostos: (A) o primeiro estudo teve por objetivo conhecer evidencias de validade fatorial e consistencia interna das Escalas de Resolucao de Problemas Interpessoais – Geral e Pessoal. Para tanto, ele contou com a participacao de 264 pessoas, as quais responderam as escalas de resolucao de conflitos, construidas nessa oportunidade, em suas duas versoes. Analises de Poder discriminativo dos itens, Analise dos componentes principais e Alfa de Cronbach, possibilitaram demonstrar evidencias de validade e precisao para ambas as versoes da escala, sendo estas unifatoriais. Entretanto, foi percebido ao longo do percurso da tese que fazia-se necessario, para um recorte adequado do objeto, uma medida mais refinada e parciomoniosa, reduzindo o numero de contextos e de catogorias de relacionamento vitima-ofensor. Tomando como base o estudo de Rique e Camino (2010), foi proposta a ERPI 12 – Geral e Pessoal, que reduziu os graus de proximidade para apenas familiares e amigos, e os contextos de magoa para: traicao, humilhacao, agressao fisica, promessa nao cumprida, evitacao e mentira. Este estudo contou com a participacao de 257 pessoas que responderam a ERPI 12 – Geral e Pessoal. Analises de Poder discriminativo do itens, Analise dos componentes principais e Alfa de Cronbach, possibilitaram demonstrar evidencias de validade e precisao para ambas as versoes da escala, sendo estas unifatoriais. (B) Para testar a normatividade do perdao, o Estudo 2, de cunho quase-experimental, foi composto por tres partes. Nestas, manipulou-se, respectivamente, os seguintes paradigmas: a) Identificacao; b) Auto-Apresentacao; c) dos juizes. Analises de Alfa de Cronbach demonstraram evidencias preliminares de adequacao das medidas utilizadas na manipulacao. No paradigma 1, do qual participaram 70 pessoas, comparando-se as condicoes de Perdao Geral (opiniao propria), Perdao Geral (opiniao sobre os outros), Perdao Pessoal (opiniao propria) e Perdao Pessoal (opiniao sobre os outros), observou-se que os participantes consideraram que perdoariam mais do que os seus colegas. Ja no paradigma 2, do qual participaram 129 pessoas, buscava verificar se os individuos se descreviam de modo mais positivo quando comparados a outras pessoas. De fato, isto foi comprovado, com os escores das imagens positivas sendo maiores do que os das imagens negativas, tanto com relacao ao perdao Pessoal quanto ao perdao Geral. Por fim, 286 pessoas participaram do paradigma 3. Este demonstrou que quanto maior o nivel de exigencia do perdao, tanto maior a media das valencias positivas e menor a das valencias negativas (adjetivos descrevendo a pessoa ficticia). Em suma, por meio dos tres paradigmas aqui testados, verificou-se a normatividade do perdao, com as medias do perdao Pessoal sendo mais altas do que do perdao Geral. Isso quer dizer que o mesmo e compartilhado e aprovado ou desaprovado pelos outros. Assim, estima-se que esta tese cumpriu com os seus objetivos, fornecendo quatro medidas de resolucao de problemas interpessoais, uma completa e outra reduzida, que podem ser utilizadas em novos estudos relacionados ao perdao e testando, por meio de tres paradigmas, a normatividade do perdao.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1520147 - JULIO RIQUE NETO
Interno - 1742381 - ANA RAQUEL ROSAS TORRES
Interno - 2204608 - CICERO ROBERTO PEREIRA
Externo ao Programa - 1763969 - ISABEL CRISTINA VASCONCELOS DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 004.150.295-70 - PABLO VICENTE MENDES DE OLIVEIRA QUEIROZ - UFRN