PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA, EM NÍVEL DE MESTRADO ACADÊMICO (PPGSC)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: MARIA CÂNDIDA DIAS DE FRANÇA CAVALCANTI DE MORAES
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CÂNDIDA DIAS DE FRANÇA CAVALCANTI DE MORAES
DATA: 29/02/2024
HORA: 13:00
LOCAL: via Google meet
TÍTULO: SÍFILIS NA GESTAÇÃO E CONGÊNITA: características maternas e
desfechos perinatais na XII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, 2017-
2021
PALAVRAS-CHAVES: Cuidado pré-natal, Assistência à saúde, Sífilis, Sífilis congênita,
Fatores de risco, Saúde materno-infantil.
PÁGINAS: 77
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Saúde Coletiva
SUBÁREA: Epidemiologia
RESUMO:
Introdução: A sífilis tem um impacto significante durante a gestação e a infância,
pois pode evoluir com complicações como parto prematuro, aborto, natimorto,
além de morbidades que prejudicam a saúde infantil. A sífilis congênita é causa de
apreensão em diversos locais de mundo. Existem diferentes entraves, durante o
pré-natal, para que a gestante tenha o diagnóstico precoce e seja tratada de forma
adequada. Objetivo: Analisar os casos de sífilis gestacional e congênita da XII
Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, no período de 2017 a 2021.
Método: Trata-se de estudo inferencial, transversal e documental, realizado a
partir de dados secundários da ficha de notificação de sífilis na gestação e sífilis
congênita, da Declaração de Nascido Vivo e da Declaração de Óbito, provenientes
do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Sistema de Informação
sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade. A pesquisa
foi realizada na XII Gerência Regional de Saúde de Pernambuco, no período de
2017 a 2021. Utilizou-se a técnica de linkage entre os sistemas, a fim de fornecer
um registro único para cada caso. Os dados foram exportados, tabulados e
unificados através do programa Microsoft Office Excel e a planilha resultante foi
exportada para o SPSS. O estudo foi submetido à aprovação pelo Comitê de Ética
em Pesquisa. Resultados: A taxa de detecção da sífilis na gestação foi 17,42
casos /1.000 nascidos vivos e a taxa de incidência de sífilis congênita foi de 9,47
casos/1.000 nascidos vivos. Verificou-se que a maioria das mulheres notificadas
com sífilis na gestação tem idade entre 19 e 34 anos (62,9%), raça não branca
(90,1%), com menos de oito anos de escolaridade (85,0%) e ocupação do lar
(58,1%). No que compete às características reprodutivas e de acesso a serviços
de saúde, a maioria não teve perdas fetais anteriores (73,7%), são multíparas
(72,2%), tiveram acesso a pré-natal na gestação (95,2%), com número de
consultas igual ou maior que sete (65,3%). As variáveis que se mostraram
associadas à ocorrência de sífilis congênita foram: número de consultas pré-natal
(p=0,010); tratamento da gestante (p=0,002), peso do RN (p=0,013) e
malformação (p=0,047). Para o tratamento da gestante com sífilis, a variável que
se mostrou associada à realização do mesmo foi a escolaridade materna
(p=0,019). Conclusões: A XII GERES possui taxa de detecção de sífilis na
gestação e de incidência de sífilis congênita muito acima do preconizado, com
indicadores maiores que a taxa nacional. As informações obtidas serão capazes
de subsidiar a elaboração de ações estratégicas em saúde que visem à
diminuição dos impactos causados pela sífilis gestacional e congênita,
contribuindo para melhorar a assistência pré-natal e consequentemente reduzir os
casos de sífilis congênita.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ELOIZA HELENA CAMPANA
Presidente - 1720478 - GABRIEL RODRIGUES MARTINS DE FREITAS
Interno - 1433915 - GERALDO EDUARDO GUEDES DE BRITO
Externo à Instituição - WELLINGTON BARROS DA SILVA
Interno - 306485 - WILTON WILNEY NASCIMENTO PADILHA