PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: RAYANE FERNANDES PESSOA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAYANE FERNANDES PESSOA
DATA: 23/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Link da videochamada: https://meet.google.com/nbw-runm-bfd
TÍTULO: O tratamento com óleo de coco virgem (Cocos nucifera L.) melhora os parâmetros murinométricos, a função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar com asma exacerbada pela obesidade
PALAVRAS-CHAVES: Óleo de coco virgem, asma, obesidade, asma exacerbada pela obesidade.
PÁGINAS: 175
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A incidência de pacientes asmáticos com obesidade tem aumentado nos últimos anos, porém pouco se sabe sobre as características e alternativas terapêuticas para o manejo dessas comorbidades associadas. Uma possível alternativa para o tratamento da asma exacerbada pela obesidade é o óleo de coco virgem (OCV), que já demonstrou efeito benéfico em um modelo de inflamação pulmonar alérgica crônica em cobaias. Diante disso, objetivou-se avaliar um possível efeito do OCV sobre os parâmetros murinométricos, função pulmonar e a reatividade traqueal de ratos Wistar com asma exacerbada pela obesidade. Inicialmente foi realizada uma triagem comportamental e avaliação da toxicidade de doses repetidas do OCV em ratos e ratas (n = 5). Para realização dos demais parâmetros os animais foram divididos em quatro grupos experimentais (n = 6): controle (GC), obeso asmático (GOA) e obeso asmático tratados com o OCV nas doses de 1000 (GOAOCV1000) e 2000 mg/kg (GOAOCV2000). Para indução dessa desordem, os animais receberam durante 16 semanas uma dieta de alto índice glicêmico (DAIG) e foram sensibilizados e nebulizados com ovalbumina (OVA) durante os últimos 21 dias das 16 semanas e os animais do GOAOCV recebeu o OCV nos últimos nos últimos 30 dias. Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela CEUA/UFPB (9133040520). Foi observado que o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia não promoveu nenhuma alteração comportamental, não induziu mortes em nenhum animal, e não houve alterações no consumo de ração e peso dos animais. Entretanto, o OVC (1000/2000 mg/kg/dia) diminuiu a glicemia de jejum dos ratos (95,2 ± 1,7 e 108,4 ± 2,1 mg/dL, respectivamente), quando comparado ao GC (124,3 ± 1,3 mg/dL). Já nas ratas, apenas a dose de 2000 mg/kg/dia (103,2 ± 3,4 mg/dL) reduziu a glicemia de jejum, quando comparado ao GC (119,0 ± 1,1 mg/dL). Com relação ao peso dos diferentes órgãos, apenas as ratas tratadas com OCV 2000 mg/kg/dia apresentaram um aumento no peso do baço (0,27 ± 0,01 g) e diminuição do peso do fígado (3,0 ± 0,1 g), quando comparado ao GC (0,2 ± 0,01 e 3,5  ± 0,14 g, respectivamente). Na avaliação da obesidade experimental, foi observado que a ingestão da DAIG aumentou o peso corporal dos animais do GOA (460,2 ± 21,0 g), quando comparado ao GC (365,2 ± 3,5 g), e o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia (410,2 ± 9,8 g), reverteu esse aumento. Não foram observadas alterações no consumo diário de ração entre os grupos experimentais. Em relação aos parâmetros murinométricos, o tratamento com OCV nas doses de 1000 (95,3 ± 3,3 mg/dL) e 2000 mg/kg/dia (104,2 ± 6,2 mg/dL) diminuiu a glicemia de jejum destes animais, comparado ao GOA (113,8 ± 6,1 mg/dL). Diferentemente, em ambas as doses, o OCV não alterou o comprimento nasonal, índice de Lee, IMC e circunferência torácica. Porém, a dose de 2000 mg/kg/dia (19,1 ± 0,2 cm) reverteu o aumento da circunferência abdominal, quando comparado ao GC (18,8 ± 0,3 cm). Com relação aos depósitos de gorduras foi observado que o tratamento com o OCV nas doses de 1000 e 2000 mg/kg/dia reverteu o aumento desse tecido, ocasionado pela ingestão da DAIG, além de reduzir o índice de adiposidade em cerca de 30%. Durante o período de indução da asma foi avaliada a função pulmonar (volume corrente, frequência respiratória e volume minuto) destes animais. Observou-se que o tratamento com OCV na dose de 2000 mg/kg/dia, reverteu a redução da frequência respiratória e do volume corrente ocasionada pela desordem. Com relação à reatividade contrátil da traqueia de ratos asmáticos e obesos, o tratamento com OCV (1000 e 2000 mg/kg/dia) não alterou as contrações induzidas por KCl. Já quando essa contração era induzida pelo carbacol, apenas na dose de 2000 mg/kg/dia do OCV houve reversão da hiper-responsividade traqueal ocasionada por esta desordem. Observou-se ainda que o tratamento com o OCV levou a uma redução na potência relaxante do nifedipino, mas não alterou o relaxamento induzido pela aminofilina. Diante disso, pode-se concluir que o OCV pode se tornar uma alternativa terapêutica promissora no tratamento da asma e obesidade associadas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2008919 - ENEAS RICARDO DE MORAIS GOMES
Presidente - 2337274 - FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
Interno - 1340309 - SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS