PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ERIKA DA CRUZ GUEDES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ERIKA DA CRUZ GUEDES
DATA: 11/02/2020
HORA: 09:30
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: Ação do trans-anetol em modelos agudo e crônico de convulsão em camundongos Swiss machos
PALAVRAS-CHAVES: trans-Anetol, Anticonvulsivante, Óleo essencial, Eletroencefalograma, Psicofarmacologia.
PÁGINAS: 96
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico comum que afeta 1-2% da população mundial, e um terço dos pacientes são refratário ao tratamento farmacológico. Esse fato vem estimulando pesquisas para novos medicamentos antiepiléticos com maior segurança e eficácia do que os atualmente disponíveis. Nesse sentido, os produtos naturais têm sido uma fonte importante no desenvolvimento de novos medicamentos anticonvulsivantes. O trans-anetol (TAN) é um fenilpropanoide, componente de alguns óleos essenciais, utilizado na fitoterapia, na indústria farmacêutica e na indústria alimentícia, como aromatizante em alimentos, bebida, perfumes e medicamentos, por exemplo. Inúmeros óleos essenciais já demonstraram atividade no sistema nervoso central, inclusive a anticonvulsivante. Diante disso, este trabalho objetivou investigar o efeito do TAN em modelos clássicos de convulsão agudo como eletrochoque máximo (ECM) e teste das convulsões induzido pelo pentilenotetrazol (PTZ) e em modelo crônico como o kindling, bem como avaliar o perfil eletroencefalográfico dessa substância. Camundongos Swiss (Mus musculus) machos, foram utilizados e os protocolos experimentais aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade Federal da Paraíba, sob número de certidão 3890250918. No teste do ECM, o TAN nas doses de 300 e 400 mg/kg (i.p.) foi capaz de reduzir a duração das convulsões tônicas induzidas pela descarga elétrica (0,5 mA, 150 pulsos/s, por 0,5 s). No teste das convulsões induzidas pelo PTZ (75 mg/kg, i.p.), o TAN 400mg/kg (i.p.) foi capaz de aumentar a latência para o primeiro espasmo, a latência para o início das convulsões generalizadas, bem como diminuiu a duração das mesmas. Em relação a mortalidade nesse teste, nenhuma morte foi constatada nos grupos pré-tratados com TAN 400 mg/kg quando comparados ao grupo veículo. Na análise eletroencefalográfica, houve uma diminuição na amplitude das ondas dos grupos TAN 200, 300 e 400 mg/kg, em que se pode notar uma redução da frequência da taxa de disparos dos potenciais de ação induzidos pelo PTZ. No modelo crônico de epilepsia, kindling ou abrasamento, o TAN 100 mg/kg reduziu os escores segundo a escala de Racine adaptada, frente aos estímulos subconvusivantes de PTZ (30 mg/kg, i.p.) durante 31 dias alternados, mantendo os escores abaixo de 1 durante o todo experimento, semelhante ao grupo padrão tratado com o fármaco diazepam. Sendo assim, os dados comportamentais e eletroencefalográficos obtidos indicam um efeito anticonvulsivante e antiepileptogênico do TAN nos modelos agudos e crônico desenvolvidos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1913358 - CICERO FRANCISCO BEZERRA FELIPE
Interno - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL
Presidente - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA