PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CINTHIA RODRIGUES MELO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CINTHIA RODRIGUES MELO
DATA: 27/02/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: ATIVIDADE ANTIPLASMODIAL IN VITRO DE UM DERIVADO DA N-METIL-ISATINA (CH3ISACN), E SUA TOXICIDADE IN SILICO E IN VIVO
PALAVRAS-CHAVES: Malária; P.falciparum; aduto CH3ISACN; ensaios in silico; estudo toxicológico agudo in vivo; DL50.
PÁGINAS: 97
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A malária é uma doença parasitária que apresenta grande prevalência no mundo. Em 2018 chegou a acometer cerca de 228 milhões de pessoas, e causar 405.000 mortes. Esta doença é ocasionada pelo parasita do gênero Plasmodium, que é transmitido ao homem através da picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles infectada. Um dos principais fatores que tem dificultado o controle da malária, é o grande número de parasitos que apresentam resistência aos antimaláricos usuais, incluindo a artemisinina e derivados. Portanto, é necessário a descoberta de novos medicamentos que tenham maior eficácia, e com baixa toxicidade para o ser humano. Os adutos de Morita-Baylis-Hillman apresentam diversas funcionalidades, entre elas, atividades antiparasitárias. Desta forma, o alvo de nosso estudo é um aduto, o 2- (3-hidroxi-1-metil-2-oxoindolin-3-il) acrilonitrila, também chamado por CH3ISACN. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar o potencial do aduto CH3ISACN como antimalárico através de estudos in vitro, e avaliar seus efeitos toxicológicos in silico e in vivo. Para isto, o composto CH3ISACN foi exposto à cepa W2 de P. falciparum em eritrócitos humanos, e avaliado se este era capaz de reduzir a parasitemia. Sendo verificado também se o mesmo era capaz de causar hemólise aos eritrócitos. Além disto, foi investigado as características farmacocinéticas e toxicológicas teóricas do aduto CH3ISACN, por meio de ensaios in silico com os softwares AdmetSAR e Molinspiration. Ainda, foi realizado o estudo toxicológico agudo in vivo, seguindo os protocolos experimentais adotados no Laboratório de Ensaios Toxicológicos (LABETOX) e o Guia da OECD 423 (2001). Desta forma, foi administrada uma dose inicial de 300 mg/kg da substância teste, em ratas Wistar e posteriormente, não havendo mortes, foi administrado em outras ratas da mesma espécie, uma dose de 2000 mg/kg. Durante o experimento foram avaliados parâmetros comportamentais, consumo de água, ração e evolução ponderal. Após 14 dias, os animais foram eutanasiados por sobredose de anestésico, e seu sangue coletado para avaliação de parâmetros bioquímicos e hematológicos. Os resultados mostraram que o aduto CH3ISACN apresentou boa atividade antiplasmodial, e baixa citotoxicidade, tendo uma boa viabilidade celular. Além do que mostrou ter uma boa biodisponibilidade oral teórica e não apresentou riscos de toxicidade nos estudos in silico. Ainda, o aduto CH3ISACN não causou morte em nenhum dos animais, apresentando assim uma alta DL50 e sendo classificado segundo a GSH na categoria 5, como tendo baixa toxicidade. Este também não ocasionou nenhuma alteração comportamental, bem como nos demais parâmetros avaliados a maior dose testada não provocou nenhuma alteração significativa. Apenas uma redução na concentração de ureia, mas que não trouxe significado clínico relevante. Por fim, o aduto CH3ISACN apresenta-se como um bom candidato à fármaco para o tratamento da malária. Sendo assim, de grande valia a continuação de seu estudo, até alcançar testes de fase clínica, e assim ser incluído no arsenal terapêutico contra a malária.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ABRAHAO ALVES DE OLIVEIRA FILHO
Presidente - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
Interno - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA