Estudo farmacobotânico de seis espécies de uso medicinal no nordeste brasileiro
morfoanatomia; Ageratum conyzoides; Justicia pectoralis; Cnidoscolus; Aristolochia.
Planta medicinal é todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semissintéticos. Os primeiros registros do uso de plantas medicinais datam de cerca de 2600 a.C. Desde então o homem tem utilizado as plantas para tratamento e cura de seus males. Os produtos naturais e seus derivados representam mais de 50% de todas as drogas em utilização clínica em todo o mundo, sendo as plantas superiores fornecedoras de pelo menos 25% desse total. Ainda que o crescimento no uso de plantas medicinais tenha sido muito grande nas últimas décadas, há ainda uma significante carência de dados de pesquisas nesta área, especialmente no que diz respeito ao controle de qualidade de drogas vegetais. Este trabalho teve por objetivo o estudo farmacobotânico de seis espécies medicinais de uso comum no nordeste brasileiro, de forma a subsidiar o controle de qualidade de suas drogas vegetais, uma vez que os dados morfoanatômicos para essas espécies são escassos, embora a importância farmacológica de cada uma esteja bem definida. Para tanto, foram realizados estudos morfológicos de caules e folhas e estudos anatômicos de raizes, caules e folhas, além de estudo ultraestrutural das superfícies foliares de Ageratum conyzoides, Justicia pectoralis, Cnidoscolus urens, Cnidoscolus infestus, Aristolochia papillaris e Aristolochia birostris. Os resultados obtidos evidenciaram estruturas bem definidas e caracteres particulares de cada espécie. As análises morfoanatômicas das espécies em estudo possibilitaram a caracterização de cada uma delas, fornecendo subsídio para sua correta identificação e distinção das espécies próximas e morfologicamente semelhantes.