PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JACQUELINE ALVES LEITE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JACQUELINE ALVES LEITE
DATA: 15/02/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Biotecnologia
TÍTULO:

ATIVIDADE IMUNOMODULADORA DA OUABAÍNA NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO


PALAVRAS-CHAVES:

Digitálico cardiotônico, inflamação e citocinas.


PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A ouabaína, um potente inibidor da Na+/K+-ATPase, foi identificada como uma substância endógena presente no plasma humano. Nos últimos anos, foi evidenciado que a ouabaína é capaz de interferir em diversos aspectos do sistema imunológico. Durante o processo inflamatório, que pode ser desencadeado por patógenos ou lesão celular, mecanismos que envolvem a diferenciação, proliferação, ativação e migração celular, além da liberação de mediadores inflamatórios, são ativados e geralmente, ocorre o retorno à homeostasia. Este trabalho demonstrou a capacidade moduladora da ouabaína no processo inflamatório. Objetivo: Avaliar o papel imunomodulador da ouabaína no processo inflamatório agudo em modelo animal murino. Métodos: Foi realizada uma curva dose-resposta (0,10 mg/kg; 0,31 mg/kg e 0,56 mg/kg) e a influência dos dias de tratamento com ouabaína no modelo de edema de pata induzido por zimosan (10 mg/mL). Os camundongos foram pré-tratados por via intraperitoneal (ip) por três dias consecutivos com ouabaína (0,56 mg/kg) e estimulados com zimosan (2 mg/ml). Após 4h, o fluido peritoneal foi removido para a contagem total e diferencial das células. Foi realizada a análise das populações de neutrófilos e macrófagos, além da viabilidade celular utilizando o kit anexina por citometria de fluxo. As concentrações das citocinas IL-1β, TNF-α, IL-6 e IL-10 no fluido peritoneal foram testadas por ELISA. Foi determinada a interferência do tratamento com a ouabaína no aumento da permeabilidade vascular, utilizando o corante azul de Evans. Também foi estudado, in vitro, o efeito de diferentes concentrações de ouabaína (10 nM, 100 nM e 1000 nM) na produção de NO e na fagocitose em macrófagos peritoneais murino. Resultados: No modelo do edema de pata, observamos que são necessários três dias consecutivos de tratamento na dose de 0,56 mg/kg para a ouabaína desenvolver sua atividade anti-inflamatória. No modelo de peritonite induzida por zimosan, o pré-tratamento com a ouabaína reduziu em 32% no número total de células na cavidade peritoneal, como um reflexo da

inibição de leucócitos polimorfonucleares (28%). No entanto, este fenômeno não esta associado à apoptose destas células. A ouabaína também diminuiu o extravasamento de plasma induzido por zymosan (33%). Além disso, o tratamento com ouabaína reduziu os níveis de TNF-α (64%) e IL-1β (64%), sem alterar os níveis de IL-6 e IL-10. Na cultura de macrófagos peritoneais, a ouabaína não interferiu na produção de NO, no entanto diminuiu a capacidade fagocítica dos macrófagos. Conclusão: Este conjunto de dados sugere que a ouabaína possui uma atividade anti-inflamatória, sendo capaz de modular a resposta inflamatória aguda. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos envolvidos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1340309 - SANDRA RODRIGUES MASCARENHAS
Interno - 1665027 - VALDIR DE ANDRADE BRAGA
Externo à Instituição - VIVIAN MARY BARRAL DODD RUMJANEK - UFRJ