PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANTONIO CLAUDIO DA SILVA LINS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO CLAUDIO DA SILVA LINS
DATA: 30/04/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Biotecnologia
TÍTULO: Contribuição ao estudo químico das partes aéreas de Clusia paralicola e Vismia guianensis (Clusiaceae) e avaliação do potencial antioxidante e atividade inibitória da DNA-Topoisomerase II-α humana
PALAVRAS-CHAVES: Clusia, Vismia, antioxidante, topoisomerase II-α
PÁGINAS: 140
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Vismia guianensis (Aulb.) Choisy (Clusiaceae) é encontrada nas regiões do Norte e Nordeste do Brasil, sendo popularmente conhecida como lacre e Clusia paralicola G. Mariz Cunha (Clusiaceae) têm ocorrência nas florestas nordestinas, especialmente do semi-árido e dos brejos de altitude, é conhecida popularmente como pororoca. As plantas são fontes potenciais de antioxidantes naturais e podem ser utilizados por humanos para combater o stress oxidativo.  A enzima DNA-topoisomerase IIα humana está envolvida em uma série de atividades celulares, sobretudo nos mecanismos de divisão celular, sendo assim considerada um alvo para pesquisa de anticânceres. Este trabalho descreve o estudo químico e a avaliação da atividade antioxidante das partes aéreas V. guianensis e de Clusia paralicola, além da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana por compostos obtidos destas espécies. O estudo químico de V. guianensis resultou no isolamento e identificação do flavonóide quercetina, da antraquinona vismiaquinona A, de um feoforbídio inédito na literatura, da mistura de esteróides (β-sitosterol e estigmasterol), de um álcool de cadeia longa (1-hexacosanol) e do fitalato bis (2-metil-heptil) fitalato, enquanto que o estudo químico das partes aéreas de C. paralicola resultou no isolamento do flavonóide vitexina, inédito nesta espécie. As estruturas das substâncias isoladas foram elucidadas pelas análises dos espectros de IV, massas e RMN de ¹H e ¹³C, incluindo 2D. Para a determinação do teor de fenólicos totais foi utilizado o reagente de Folin-Ciocalteu, que mostrou que as fases AcOEt de partes aéreas de V. guianensis e C. paralicola apresentaram maior teor de fenólicos entre os extratos de fases testados. O potencial antioxidante foi analisado com os ensaios com DPPH., ABTS.+, observando-se todos os extratos e fases apresentaram relevante atividade seqüestradora de radicais livres e que exceto para o teste com ABTS.+ com a fase CHCl­3 de V. guianensis, foi verificado uma significante correlação entre o teor de fenólicos totais e as atividades antioxidantes frente o DPPH. e ABTS.+. Para a atividade antioxidante utilizando o sistema β-caroteno/ácido linoléico com os extratos e fases de V. guianensis e C. paralicola, verificou-se que a fase hexânica de V. guianensis foi a mais ativa das amostras testadas, enquanto que a para C. paralicola a fase MeOH:H2O apresentou menor índice de degradação do β-caroteno entre o extrato e fases testados. Os resultados da avaliação da atividade inibitória da enzima DNA-topoisomerase IIα humana mostraram que os compostos vismiaquinona A, o feoforbídio isolado de V. guianensis, o bis (2-metil-heptil) fitalato e a vitexina foram capazes de inibir a atividade relaxante sobre o KDNA por esta enzima em concentrações de 100-300 µM. Estes resultados correspondem ao primeiro relato quanto à inibição de DNA-topoisomerase II-α humana. O feoforbídeo análogo da feofitina porfirinolactona é inédito na literatura e não há relato da ocorrência do álcool 1-hexacosanol nesta espécie, enquanto que a ocorrência de vitexina em C. paralicola ainda não havia sido relatada para esta espécie.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1349965 - BARBARA VIVIANA DE OLIVEIRA SANTOS
Interno - 540.260.329-49 - LUIS CEZAR RODRIGUES - UFPB
Externo ao Programa - 1358523 - ROMULO MARINO LLAMOCA ZARATE
Presidente - 951.205.054-49 - TANIA MARIA SARMENTO DA SILVA - UFRPE