Banca de QUALIFICAÇÃO: NARLIZE SILVA LIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NARLIZE SILVA LIRA
DATA: 05/06/2012
HORA: 14:00
LOCAL: Centro de Biotecnologia
TÍTULO: Estudo químico dos organismos marinhos Aplysina fistularis Pallas e Sargassum polyceratium Montagne.
PALAVRAS-CHAVES: Organismos Marinhos, Sargassaceae, Aplysinidae, Sargassum polyceratium, Aplysina fistularis, Estudo Químico.
PÁGINAS: 268
RESUMO:

Todas as formas vivas atuais evoluíram a partir de organismos marinhos, os quais possuem uma imensa biodiversidade. Existem mais de 150 mil espécies de algas, invertebrados, e esponjas marinhas. O litoral brasileiro possui uma extensão de aproximadamente sete mil quilômetros de costa onde destaca-se uma diversidade marinha excepcional e praticamente desconhecida, no que tange a quimiotaxonomia e farmacologia dos seus indivíduos quando comparados ao conhecimento da nossa flora terrestre. As algas e as esponjas marinhas têm sido alvos de pesquisas científicas importantes nos últimos 50 anos, de onde foram isolados e caracterizados um grande número de metabólitos secundários, com ampla variedade estrutural, onde determinadas substâncias podem caracterizar as classes de algas e esponjas, fato de grande importância para os químicos, taxonomistas e ecologistas. Estas substâncias exercem inúmeras atividades biológicas, como: defesa contra consumidores, competidores, organismos coloniais e patógenos ou têm função reprodutiva. Este trabalho descreve os resultados do estudo químico dos organismos marinhos Sargassum polyceratium Montagne e Aplysina fistularis, o primeiro uma alga marinha da família Sargassaceae e o segundo uma esponja marinha da família Aplysinidae.  As espécies tiveram seus constituintes químicos identificados através da análise de dados obtidos por métodos espectroscópicos como Infravermelho, Massas e Ressonância Magnética Nuclear de ¹H e ¹³C uni e bidimensionais, além de comparação com valores da literatura. Da espécie Sargassum polyceratium foram isolados os derivados porfírinicos: 13²-hidroxi-(13²-R)-feofitina a, 13²-hidroxi-(13²-S)-feofitina a, e feofitina a, o esteróide fucosterol e a ciclopentanona etil 2-etóxi-5-hidróxi-4-oxociclopenta-2-enecarboxilato (polycerationona), descrita aqui pela primeira vez. O estudo químico da Aplysina fistularis resultou no reisolamento dos alcalóides: 2-(3,5-dibromo-4-metoxifenil)-N,N,N-trimetiletanamônio, (3’,5’-dibromo-4’-etoxi-1’-hidroxi-4’-metoxicicloexa-2’-5’-dienila)acetamida, no isolamento do alcaloide 3-(2,6-dibromo-4-(2-(trimetilamônio) etil)fenoxi]-N,N -dimetilpropan-1-anamônio (aplysfistularina), aqui descrito pela primeira vez e no isolamento do ácido 22-metil-5,9-octacosadienóico. Assim, os resultados obtidos neste trabalho contribuíram para o estudo químico dos organismos marinhos das espécies Sargassum polyceratium e Aplysina fistularis.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1451626 - LUIS FERNANDO MARQUES DOS SANTOS
Interno - 328574 - MARIA CELIA DE OLIVEIRA CHAVES
Interno - 337333 - MARIA DE FATIMA VANDERLEI DE SOUZA