PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: NEYRES ZINIA TAVEIRA DE JESUS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NEYRES ZINIA TAVEIRA DE JESUS
DATA: 07/12/2012
HORA: 08:00
LOCAL: PgPNSB
TÍTULO: AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIULCEROGÊNICA DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO E DA FASE HEXÂNICA DE Hyptis suaveolens (L.) Poit (LAMIACEAE) EM MODELOS ANIMAIS
PALAVRAS-CHAVES: Hyptis suaveolens, Lamiaceae, antiulcerogênica
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Hyptis suaveolens (Lamiaceae), conhecida como “alfazema brava”, “tapera velha”, “erva canudo”, “cheirosa” e “alfavacão”, é utilizada na medicina tradicional no tratamento de problemas gástricos, inflamações e infecções. Estudos farmacológicos foram realizados com Hyptis suaveolens e demonstraram sua atividade antinociceptiva, cicatrizante, anti-inflamatória e antioxidante entre outras. O objetivo deste estudo foi realizar ensaios farmacológicos relacionados à gastroproteção, cicatrização e toxicidade de Hyptis suaveolens, na perspectiva de validar a sua eficácia e segurança e corroborar aos dados já existentes. Para isso foi realizada uma triagem comportamental e ensaio da toxicidade aguda do extrato etanólico - EEtOH-Hs e fase hexânica- FaHex-Hs (2.000 mg/kg), v.o, em camundongos, bem como foram avaliados os efeitos farmacológicos frente à atividade gastroprotetora do EEtOH-Hs e da FaHex-Hs. Foi realizada inicialmente uma triagem farmacológica utilizando o EEtOH-Hs, FaHex-Hs , fase diclorometânica- FaDCM-Hs e fase acetato de etila- FaAE-Hs por meio do modelo de indução de úlceras gástricas pelo etanol acidificado. Foram realizados ensaios de indução de úlceras agudas pelo etanol, AINES (piroxicam), estresse por imobilização e frio nas doses 62,5, 125, 250 e 500 mg/kg (v.o), contensão do suco gástrico por ligadura do piloro (i.d) e isquemia-reperfusão (250 mg/kg). Para avaliar a propriedade cicatrizante do EEtOH-Hs e FaHex-Hs, foi realizado o ensaio de indução de úlceras por ácido acético, assim como foi realizada a avaliação da toxicidade do EEtOH-Hs e FaHex-Hs por doses repetidas durante 14 dias no modelo de ácido acético. Foi realizada a investigação do efeito antimicrobiano contra a bactéria Helicobacter pylori pelo método de difusão em ágar. Os parâmetros do suco gástrico foram avaliados no ensaio de contensão do suco gástrico por ligadura do piloro. Em seguida, foram investigadas as participações do muco, grupamentos sulfidrilas, NO e prostaglandinas na gastroproteção do EEtOH-Hs e FaHex-Hs e determinação dos parâmetros antioxidantes endógenos por meio da determinação dos níveis de lipoperoxidação (LPO) e atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) na mucosa gástrica, após a indução de úlceras por isquemia- reperfusão. A administração oral do EEtOH-Hs (2.000 mg/kg), provocou hiperatividade nos animais, mais pronunciadas nas fêmeas, entretanto, não causou morte nos animais, não tendo sido possível determinar a DL 50. Neste ensaio, nenhum sinal de toxicidade foi evidenciado nos animais tratados com a FaHex-Hs. Na triagem farmacológica, o EEtOH-Hs, bem como todas as fases testadas (FaHex-Hs, FaDCM-Hs, FaAE-Hs) promoveram inibição significativa do índice de lesão ulcerativa - ILU no modelo de indução por etanol acidificado, sendo que a FaHex-Hs foi a mais efetiva. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs, reduziram significativamente o ILU nos modelos de úlceras gástricas induzidas por todos os agentes lesivos. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os parâmetros do suco gástrico. O EEtOH-Hs e a FaHex-Hs não alteraram os níveis de muco da mucosa gástrica, entretanto foram observadas alterações na área de lesão ulcerativa - ALU mediante a utilização do bloqueador de grupamentos sulfidrilas, inibição da peroxidação lipídica e aumento da atividade da superóxido dismutase da mucosa gástrica. Portanto, o efeito antiiulcerogênico do EEtOH-Hs e a FaHex-Hs pode envolver mecanismos antioxidantes e estar relacionado à presença de terpenos, alcaloides, flavonoides e taninos nas amostras vegetais.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1282788 - LEONIA MARIA BATISTA
Interno - 337384 - BAGNOLIA ARAUJO COSTA
Interno - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL CASTELLO BRANCO
Externo à Instituição - RICARDO TABACH - UNIFESP