PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANA CAROLINA DE CARVALHO CORREIA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA CAROLINA DE CARVALHO CORREIA
DATA: 26/07/2013
HORA: 14:00
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: Estudo Comparativo da Atividade Espasmolítica de Óleos Essenciais de Espécies de Annonaceae: Rollinia leptopetala R. E. Fries, Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. e Xylopia frutescens Aubl.
PALAVRAS-CHAVES: Rollinia leptopetala, Xylopia, produtos naturais, músculo liso, cálcio.
PÁGINAS: 178
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Muitas espécies de Annonaceae são odoríferas, devido à presença de óleos essenciais e estes têm despertado um grande interesse farmacológico por apresentarem atividade sobre a musculatura lisa. Assim, decidiu-se investigar a possível atividade espasmolítica dos óleos essenciais das folhas das espécies Xylopia langsdorfiana A. St.-Hil. & Tul. (XL‑OE), Xylopia frutescens Aubl. (XF‑OE) e Rollinia leptopetala R. E. Fries (RL‑OE) em aorta de rato, útero rata, traqueia e íleo de cobaia, além de elucidar o mecanismo de ação do óleo essencial que apresentar uma melhor atividade espasmolítica em um dos órgãos testados. Foram realizadas medidas de contrações isotônicas e isométricas e do cálcio citosólico. Na triagem farmacológica preliminar todos os óleos essenciais apresentam maior eficácia e potência espasmolítica em íleo de cobaia, quando comparados aos outros órgãos, sendo o RL‑OE o produto natural mais promissor. Assim, passou-se a caracterizar o mecanismo de ação do RL‑OE nesse órgão. O RL‑OE parece exercer um antagonismo alostérico com os receptores histaminérgicos, além de relaxar o íleo pré-contraído por 40 mM de KCl, 10-6 M de carbacol ou de histamina. Como o passo comum na via de sinalização destes agentes contráteis são os canais de Ca2+ dependentes de voltagem (CaV), hipotetizou-se que o RL‑OE estaria impedindo o influxo de Ca2+ através destes canais. Confirmando-se, uma vez que o RL‑OE antagonizou as contrações induzidas por CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+, além de relaxar o íleo pré‑contraído por S‑(‑)‑Bay K 8644, agonista dos CaV1, demonstrando que o subtipo de CaV envolvido é o CaV1. Como a potência relaxante do RL‑OE foi maior quando o órgão foi pré-contraído com KCl do que pelo S‑(‑)‑Bay K8644 é sugestivo de que outros mecanismos estão envolvidos no efeito espasmolítico do RL‑OE. Sabendo que os CaV podem ser modulados pelos canais de K+, decidiu-se investigar a participação desses canais. A ação espasmolítica do RL‑OE parece envolver ativação/modulação positiva dos canais de K+ dependentes de voltagem (KV) e dos ativados por Ca2+ de grande condutância (BKCa), uma vez que houve desvio da curva de relaxamento do RL‑OE para direita na presença dos bloqueadores: 4-aminopiridina (4-AP), seletivo para os KV; tetraetilamônio (TEA+) 1 mM e iberiotoxina, seletivos para os BKCa. A confirmação da participação dos KV e BKCa foi feita através do bloqueio simultâneo (TEA+ e 4-AP) e constatada, uma vez que, a potência relaxante foi similiar quando o bloqueio era realizado por um bloqueador não seletivo dos canais de K+ (CsCl). Nos experimentos celulares, a viabilidade dos miócitos da camada longitudinal do íleo de cobaia não foi alterada na presença do RL‑OE (81 µg/mL) e a intensidade de fluorescência nos miócitos intestinais estimulados por histamina foi reduzida em consequência da redução da [Ca2+]c. Assim, o mecanismo de ação espasmolítico do RL‑OE em íleo de cobaia envolve bloqueio do influxo de Ca2+, via CaV, além da ativação/modulação positiva dos KV e BKCa, o que levaria a redução da  [Ca2+]c e, consequente, relaxamento desse órgão.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337384 - BAGNOLIA ARAUJO COSTA
Interno - 1121078 - DEMETRIUS ANTONIO MACHADO DE ARAUJO
Externo à Instituição - EMILIANO DE OLIVEIRA BARRETO - UFAL
Interno - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Externo à Instituição - JULIANELI TOLENTINO DE LIMA - UNIVASF