PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LUIZ HENRIQUE CESAR VASCONCELOS
DATA: 11/11/2013
HORA: 08:00
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: A ação relaxante do flavonoide 3,6-dimetil éter galetina, isolado de Piptadenia stipulaceae (Benth.) Ducke, envolve modulação positiva de canais de potássio e redução dos níveis citosólicos de cálcio em íleo de cobaia
PALAVRAS-CHAVES: Piptadenia stipulaceae, 3,6-dimetil éter galetina, ação relaxante, canais de potássio, cálcio.
PÁGINAS: 121
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Das partes aéreas da espécie Piptadenia stipulaceae (Benth.) Ducke (Fabaceae) foi obtido o flavonoide 3,6-dimetil éter galetina (FGAL). De acordo com Macêdo et al. (2011), FGAL apresentou efeito antiespasmódico frente as contrações induzidas por CCh ou histamina em íleo de cobaia. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o mecanismo de ação relaxante de FGAL em íleo de cobaia. Para tanto, foram utilizadas metodologias funcionais e celulares. O flavonoide relaxou de maneira dependente de concentração o íleo pré-contraído com 40 mM de KCl, 10-5 M de carbacol (CCh) ou 10-6 M de histamina (CE50 = 2,6 ± 0,5 x 10-6 M; 1,8 ± 0,4 x 10-6 M e 1,9 ± 0,4 x 10-7 M, respectivamente), mostrando-se mais potente frente as contrações induzidas por histamina. Como o passo comum na via de sinalização desses agentes contráteis é a ativação dos CaV, e o influxo de Ca2+ através desses canais é essencial para induzir a contração do músculo liso intestinal, hipotetizou-se que FGAL estaria impedindo o influxo desse íon através dos CaV. Para confirmar essa hipótese, foram feitas curvas concentrações-resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante (KCl 70 mM) nominalmente sem Ca2+ na ausência e na presença de diferentes concentrações de FGAL. O flavonoide antagonizou essas contrações, deslocando as curvas de CaCl2 para a direita com redução do seu efeito máximo, porém sem guardar uma boa dependência de concentração. Com o objetivo de verificar se os canais de potássio estariam envolvidos na ação relaxante de FGAL, avaliou-se seu efeito na presença de 5 mM de CsCl, um bloqueador não seletivo dos canais de potássio. O fato da curva de relaxamento de FGAL ter sido desviada para direita na presença do CsCl sugere a participação desses canais na ação relaxante de FGAL. Para verificar o(s) subtipo(s) de canais de K+ envolvidos, utilizou-se bloqueadores seletivos para cada subtipo. A curva de relaxamento de FGAL não foi deslocada na presença de apamina, bloqueador dos SKCa, e de 1 mM de TEA+, bloqueador dos BKCa, indicando que esses subtipos de canais não participam da ação relaxante de FGAL. Já na presença de 4-AP, bloqueador dos KV, e de glibenclamida, bloqueador dos KATP, a curva de relaxamento de FGAL foi deslocada para a direita cerca de 10 e 8 vezes, respectivamente, sugerindo que esses subtipos de canais de K+ estão sendo modulados positivamente por FGAL para levar ao relaxamento do íleo de cobaia. Nos experimentos celulares, a viabilidade das células musculares lisas da camada longitudinal não foi alterada na presença de FGAL (10-4 M). Passou-se então a avaliar se a redução da concentração citosólica de cálcio seria o meio pelo qual FGAL estaria relaxando as preparações de músculo liso nos experimentos funcionais. A intensidade de fluorescência em miócitos intestinais de cobaia estimulados por histamina foi reduzida por FGAL, indicando a redução na [Ca2+]c. Assim, o mecanismo de ação relaxante de FGAL em íleo de cobaia envolve a
modulação positiva dos KV e dos KATP, o que, indiretamente, reduz o influxo de Ca2+ através dos CaV, levando à redução dos níveis citosólicos desse íon.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2338179 - ALEXANDRE SERGIO SILVA
Presidente - 337384 - BAGNOLIA ARAUJO COSTA
Interno - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL CASTELLO BRANCO