PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ANA LUIZA DE OLIVEIRA LOPES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA LUIZA DE OLIVEIRA LOPES
DATA: 20/08/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Link: https://meet.google.com/kzv-frjv-ffp
TÍTULO: Efeito antitumoral in vitro do óleo essencial de Lippia microphylla Cham (VERBENACEAE)
PALAVRAS-CHAVES: Citotoxicidade. Lippia microphylla. Atividade antitumoral. Melanoma.
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O câncer é um termo que se refere a um conjunto de doenças malignas caracterizadas pela proliferação descontrolada de células indiferenciadas, com capacidade de invasão e metástase. Várias modalidades de tratamento estão disponíveis, porém, sua efetividade é muitas vezes limitada pelo desenvolvimento de resistência e pela alta toxicidade. Produtos obtidos de plantas medicinais são uma importante fonte de novos agentes terapêuticos. Nesse contexto destacam-se os óleos essenciais, que são misturas complexas de substâncias voláteis, descritos na literatura com uma gama de efeitos biológicos. Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) é uma espécie aromática, cujo óleo essencial extraído das folhas possui relatos de atividade larvicida, antioxidante, antifúngica, antimicrobiana, citotóxica e antitumoral in vivo em modelo de sarcoma 180. Todavia, o mecanismo de ação deste óleo em linhagens de células tumorais humanas não foi descrito até o presente momento. Assim, esse trabalho buscou investigar a ação antitumoral in vitro do óleo essencial das folhas de L. microphylla (OE-LM). A citotoxicidade foi avaliada em linhagens de células tumorais (HCT-116, HeLa, MCF-7, PC-3, MDA-MB-231, SK-MEL-28) e não tumoral (HaCaT) humanas, por meio do ensaio de redução do MTT (brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-yl)-2,5-difenil tetrazólio). A linhagem tumoral mais sensível ao OE-LM foi a linhagem de melanoma SK-MEL-28, para a qual o óleo apresentou concentração inibitória 50% (CI50) de 33,38 ± 1,16 µg/mL. Na linhagem não tumoral HaCaT, o valor de CI50 foi de 58,73 ± 1,10 µg/mL. Para a droga padrão doxorrubicina (DOX), os valores de CI50 foram de 4,0 e 0,28 μM, em células SK-MEL-28 e HaCaT, respectivamente. Com isso, foi possível determinar o índice de seletividade (IS), que mostrou que o OE-LM (IS: 1,75) foi mais seletivo para células SK-MEL-28 do que a DOX (IS: 0,07), em relação a ação em célula não tumoral HaCaT. Para investigar possíveis mecanismos de ação in vitro do OE-LM em células da linhagem SK-MEL-28 foram avaliados seus efeitos no ciclo celular, na indução apoptose e na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) nas concentrações equivalentes a CI50 e o dobro (33 e 66 μg/mL). Na análise do ciclo celular, OE-LM induziu aumento significativo no pico sub-G1 (p<0,0001), o que é indicativo de apoptose. Características morfológicas desse tipo de morte celular, como formação de blebs na membrana e corpos apoptóticos, foram observadas na análise por microscopia confocal. Em paralelo, na análise por citometria de fluxo, foi observado aumento significativo na quantidade de células marcadas com anexina V-FITC (p<0,0001), o que confirma a indução de apoptose pelo óleo. Em adição, houve redução na produção na produção de EROs, o que indica que o efeito antitumoral do OE-LM envolve uma ação antioxidante. Portanto, o OE-LM apresenta atividade antimelanoma in vitro, o que sugere sua potencialidade como um agente anticâncer.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Presidente - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL
Interno - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA