PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FABIOLA LELIS DE CARVALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FABIOLA LELIS DE CARVALHO
DATA: 24/02/2015
HORA: 14:00
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: Caracterização das Atividades Antinociceptiva e Anti-inflamatória da Hidantoína 5-(4-isopropilfenil)-3-fenil-imidazolidin-2,4-diona em Camundongos.
PALAVRAS-CHAVES: Psicofarmacologia. Imidazolidinas. IM-7. Analgesia. Dor. Nocicepção. Sistema opioide. Inflamação.
PÁGINAS: 103
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: As hidantoínas são frequentemente descritas como drogas anticonvulsivantes potentes. Entretanto, estudos recentes têm evidenciado o potencial antinociceptivo dessas substâncias. O derivado hidantoínico IM-7 (5-(4-isopropilfenil)-3-fenil-imidazolidin-2,4-diona), obtido por meio de síntese orgânica, demonstrou atividade antinociceptiva quando administrado intraperitonealmente em camundongos, porém seu mecanismo de ação ainda permanece desconhecido. Neste trabalho, foi investigado o mecanismo de ação implicado na atividade antinociceptiva de IM-7 e a influência desta hidantoína sobre a inflamação em modelos animais. Para isso, camundongos foram tratados com antagonistas farmacológicos das vias envolvidas na transmissão da dor 15 minutos antes do tratamento com IM-7 (75 mg/kg, i.p.), e posteriormente, submetidos ao teste da formalina, em que foi registrado o tempo de lambida da pata em duas fases, a nociceptiva (0 a 5 minutos) e a inflamatória (15 a 30 minutos). Foi observado que a atividade antinociceptiva de IM-7 foi revertida pelo pré-tratamento dos camundongos com naloxona (antagonista opioide), sulpirida (antagonista seletivo dos receptores dopaminérgicos D2) e cafeína (antagonista dos receptores adenosinérgicos) na primeira fase do teste da formalina, indicando o possível envolvimento das vias opioide, dopaminérgica e adenosinérgica no mecanismo de ação desta hidantoína. O pré-tratamento dos animais com glibenclamida (bloqueador dos canais K+ATP), ioimbina (antagonista seletivo dos receptores α2 adrenérgicos), atropina (antagonista não seletivo dos receptores muscarínicos), ou bicuculina (antagonista do receptor GABAA) não alterou a resposta antinociceptiva induzida por IM-7 no teste da formalina. Além disso, IM-7 reduziu o tempo de lambida da pata induzida pela administração intraplantar de glutamato, sugerindo que a inibição da via glutamatérgica está envolvida no seu mecanismo de ação. O tratamento de camundongos com IM-7 também foi capaz de reduzir o edema de pata induzido por carragenina por até 48 horas na dose mais elevada (300 mg/kg), evidenciando o potencial anti-inflamatório desta hidantoína. Este efeito foi confirmado pelo modelo da peritonite induzida por carragenina, no qual IM-7 reduziu a migração celular e os níveis das citocinas pró-inflamatórias IL-1β e TNF-α no lavado peritoneal. Sendo assim, esses resultados sugerem que IM-7 exerce sua atividade antinociceptiva por meio da ativação de receptores opioides, dopaminérgicos e adenosinérgicos, inibição do sistema glutamatérgico e redução do processo inflamatório.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1883779 - FLAVIO FREITAS BARBOSA
Interno - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ
Interno - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL
Presidente - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO