PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: TATIANNE MOTA BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TATIANNE MOTA BATISTA
DATA: 26/02/2015
HORA: 09:00
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: ESTUDO TOXICOLÓGICO PRÉ-CLÍNICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS PARTES AÉREAS DE Zornia brasiliensis Vog. (FABACEAE)
PALAVRAS-CHAVES: Zornia brasiliensis, Urinária, Toxicidade Pré-clínica, Genotoxicidade
PÁGINAS: 101
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: As plantas medicinais são utilizadas no tratamento de diversas doenças, muitas vezes, de forma indiscriminada, sem o conhecimento prévio de possíveis efeitos tóxicos decorrentes de seu uso. Nesse contexto, torna-se imprescindível a realização de estudos toxicológicos de plantas medicinais. Zornia brasiliensis (Fabaceae), popularmente conhecida como "urinária", "urinana" e "carrapicho", é usada pela população como diurético. Estudos com a espécie relataram atividade antioxidante e citotóxica em larvas de Artemia salina. Como não há relatos na literatura de sua possível toxicidade in vivo, a avaliação do perfil toxicológico é essencial para o uso seguro pela população, bem como para subsidiar a realização de ensaios clínicos e posteriormente a produção de um medicamento fitoterápico. Desse modo, o presente estudo objetivou avaliar a toxicidade pré-clínica do extrato hidroalcoólico das partes aéreas de Zornia brasiliensis (EHZB). O valor de CH50 obtido no ensaio de hemólise foi 1.954 (1.840 - 2.074) μg/mL, demostrando que o extrato apresenta baixa toxicidade em eritrócitos de camundongos. Durante o ensaio de toxicidade pré-clínica aguda, não ocorreram mortes nem alterações comportamentais nos camundongos tratados com 2.000 mg/kg do EHZB. Houve diminuição significativa no consumo de ração nos animais machos em comparação ao grupo controle, entretanto, não houve alteração significativa na evolução ponderal dos animais, os quais apresentaram a recuperação do peso ao final do tratamento. Nenhuma diferença significativa foi observada nos índices dos órgãos (coração, fígado, rins, baço e timo) após tratamento agudo com EHZB. No tocante à avaliação da toxicidade pré-clínica de doses repetidas (28 dias), não foram evidenciadas mortes nos animais tratados com o EHZB (250, 500 e 1000 mg/kg) como também, não foram observadas alterações significativas na evolução ponderal e temperatura corporal desses animais. A administração de EHZB resultou em um aumento significativo da atividade de AST e ALT nos animais machos (1000 mg/kg), e nos animais fêmeas tratados com todas as doses houve aumento da ALT, sugerindo a indução de toxicidade hepática pelo extrato. No entanto, nenhum achado clínico importante foi observado na histopatologia do fígado, sugerindo que essas alterações são leves e não danificaram a estrutura do tecido. Alterações nos parâmetros hematológicos e na atividade exploratória foram demonstradas, especialmente, com a maior dose do extrato. Os resultados não evidenciaram qualquer alteração no índice dos órgãos, nem tampouco, foram reveladas alterações significativas no estudo histopatológico realizado em fígado e rins. Ainda, EHZB não apresentou atividade genotóxica in vivo no ensaio de micronúcleo em sangue periférico (2000 mg/kg). Os dados permitem concluir que EHZB apresenta baixa toxicidade pré-clínica.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1632241 - MARIANNA VIEIRA SOBRAL
Interno - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 3508139 - ROBSON CAVALCANTE VERAS