PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: NATALIA DINIZ NUNES PAZOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: NATALIA DINIZ NUNES PAZOS
DATA: 21/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Link da videochamada: https://meet.google.com/bzc-hpnq-vmp
TÍTULO: INVESTIGAÇÃO DO EFEITO ANTINOCICEPTIVO DO MONOTERPENO TETRAHIDROLINALOL EM CAMUNDONGOS.
PALAVRAS-CHAVES: Nocicepção, Tetrahidrolinalol, Receptor opioide, TRPV1.
PÁGINAS: 73
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A dor é uma experiência complexa e representa um mecanismo de proteção e sobrevivência, podendo impactar significativamente na qualidade de vida. O tratamento dessa condição utiliza fármacos analgésicos, compostos dotados de efeitos colaterais que podem prejudicar o bem-estar do paciente. Nesse sentido, as plantas aromáticas são fontes de moléculas que podem servir de moldes estruturais para a elaboração de substâncias com potencial analgésico, a exemplo do tetrahidrolinalol (2,6-dimentil-6-octanol), um monoterpeno derivado do linalol com potencial antinociceptivo em modelos animais. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi investigar o efeito antinociceptivo do tetrahidrolinalol (THL) por meio de metodologias in silico e in vivo. Dentre as metodologias in silico, a técnica de docking molecular foi utilizada com intuito de prospectar possíveis alvos que pudessem estar relacionados ao efeito antinociceptivo do THL. Em adição, metodologias in vitro foram realizadas utilizando camundongos Swiss machos (Mus musculus), que foram tratados com THL (50, 100 e 200 mg/kg-1, v.o.) e submetidos ao teste do rota-rod e aos modelos de contorções abdominais por ácido acético, placa quente e formalina. Os resultados do docking revelaram que o THL apresentou afinidade para o receptor opióide μ (-55,6 e -47,3 Kcal/mol) e para o receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 (TRPV1) (40,9 e -34,1 Kcal/mol). Em relação aos testes/modelos in vivo, o THL não apresentou efeito miorrelaxante no teste da rota-rod. Por outro lado, o tratamento com THL reduziu significativamente o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético nas doses de 50 mg/kg-1 (16,8 ± 4,5) e 100 mg/kg-1 (22,5 ± 6,0) em relação ao grupo controle (41,6 ±1,1). No modelo da placa quente, o THL aumentou significativamente, e de maneira dose-dependente, a latência para o reflexo nociceptivo nas doses de 50 mg/kg1(14,0 ± 0.1 s) e 100 mg/kg1 (8,6 ± 1,5 s) em relação ao grupo controle (1,0 ± 0,0 s). Por fim, o monoterpeno reduziu significativamente tempo de lambedura na pata, nas duas fases do teste, nas doses de 50 mg/kg-1 (11,8 ± 2,9 s; 115,6 ± 18,0 s), 100 mg/kg-1 (15,6 ± 1,5 s; 127,0 ± 34,1 s) e 200 mg/kg-1 (29,6 ± 2,4 s; 172,7 ± 13,8 s) em relação ao grupo controle (51,6 ± 10,2 s; 281,5 ± 31,2 s). Esse último efeito foi parcialmente revertido pela naloxona, um antagonista competitivo de receptores opióides. Diante dos resultados obtidos, o THL mostrou-se uma molécula segura, sendo destituída de efeito miorrelaxante. Além disso, o monoterpeno apresentou efeito antinociceptivo em nível central e periférico que parece envolver, pelo menos em parte, receptores opióides, receptor de potencial transitório vanilóide tipo 1 e mediadores inflamatórios.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1913358 - CICERO FRANCISCO BEZERRA FELIPE
Externo ao Programa - 2115773 - LIANA CLEBIA DE MORAIS PORDEUS
Interno - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO