PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: FRANCISCO FERNANDES LACERDA JÚNIOR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO FERNANDES LACERDA JÚNIOR
DATA: 24/02/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Link da videochamada: https://meet.google.com/qwi-tsxp-xdm
TÍTULO: Spirulina platensis previne as alterações do sistema reprodutor feminino em modelo de dismenorreia primária em ratas Wistar
PALAVRAS-CHAVES: 1. Spirulina platensis. 2. Dismenorreia primária. 3. Ocitocina. 4. Prostanoides. 5. Estresse oxidativo.
PÁGINAS: 165
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A dismenorreia primária (DisP) é a principal causa de dor pélvica crônica que acomete mulheres, podendo estar associada a fatores genéticos, sociais e comportamentais. A farmacoterapia desta desordem envolve o uso de anti- inflamatórios não esteroidais e antiespasmódicos, no entanto, muitas mulheres não respondem bem a estes tratamentos. Dessa forma, visando novas alternativas terapêuticas para prevenção da DisP, avaliou-se o efeito da suplementação com Spirulina platensis (SP), uma alga com efeitos anti- inflamatório e antioxidante, durante 8 semanas (v.o), em modelo de DisP. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (2240150621 e 1886010520). Os animais foram divididos nos seguintes grupos: controle (GC), DisP e grupos tratados com escopolamina + dipirona (Esc + Dip) ou ibuprofeno (IBU) e grupos suplementados com a SP nas doses de 50 (SP50) e 100 mg/kg (SP100). Para isso, foi padronizado um modelo de DisP induzida pela administração de dietilestilbestrol e ocitocina e promoveu, in vivo, o aumento na pontuação de contorções nas ratas, que foi diminuída pelas drogas padrão (Esc + Dip ou IBU). Além disso, in vitro, a DisP aumentou a camada miometrial e promoveu danos à camada endometrial uterina, aumentou a reatividade contrátil e diminuiu a relaxante em útero de ratas e aumentou o estresse oxidativo em útero e ovários de ratas. Frente a essas alterações ocasionadas pela DisP, a suplementação com SP promoveu efeito antidismenorreico. Os grupos SP50 e SP100 em estudos in vivo preveniram parcialmente o aumento das contorções uterinas, provavelmente por promover efeitos anti-inflamatórios ou antiespasmódicos, já nos parâmetros in vitro a SP nas duas doses preveniu o aumento da camada miometrial e os danos a camada endometrial uterina, porém, nos ovários a alga em ambas as doses não alterou a expressão dos folículos, tais efeitos possivelmente podem ser atribuídos a inibição dos efeitos estrogênicos. Na reatividade contrátil uterina induzida pela ocitocina somente SP100 preveniu totalmente o aumento da potência e parcialmente o efeito máximo da ocitocina, sugerindo que a alga pode estar diminuindo a afinidade da ocitocina ao seu receptor. Quando o agente contrátil utilizado era a PGF2α, verificou-se que somente SP100 preveniu parcialmente o aumento da potência sugerindo dessa forma, que a SP pode estar promovendo efeitos negativos na afinidade da PG ao seu receptor. Diferentemente, no acoplamento eletromecânico de contração frente ao KCl, SP, nas doses de 50 e 100 mg/kg, preveniu o aumento da potência, já em relação a prevenção do aumento da eficácia máxima, a SP foi mais eficaz na dose 100 do que na de 50 mg/kg, sugerindo que SP pode estar regulando negativamente a abertura/ativação dos Cav. No relaxamento, verificamos que SP (50 mg/kg) preveniu a diminuição da eficácia relaxante da isoprenalina e do nifedipino. Já na dose de 100 mg/kg, a SP preveniu a diminuição da potência e eficácia relaxante da isoprenalina e nifedipino, promovido pela DisP, esse conjunto de resultados sugere que SP pode modular positivamente alvos na via adrenérgica uterina e negativamente a ativação dos Cav. Além disso, SP (50 mg/kg) promoveu melhora nos parâmetros de estresse oxidativo, por prevenir o aumento dos níveis de MDA e a diminuição da CAT em ovários. Em SP (100 mg/kg) preveniu o aumento de MDA e diminuição da CAT e em útero e ovários iduzidos pela DisP, sugerindo que a alga pode estar reduzindo/neutralizando a formação de EROs. Portanto, a suplementação com S. platensis previne a hipercontratilidade uterina, bem como aumento do estresse oxidativo em útero e ovários de ratas provocadas pela DisP e surge como alternativa para o tratamento da DisP.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 337384 - BAGNOLIA ARAUJO COSTA
Externo ao Programa - 1956521 - RAFAEL DE ALMEIDA TRAVASSOS
Interno - 3508139 - ROBSON CAVALCANTE VERAS