PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: JANIERE PEREIRA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JANIERE PEREIRA DE SOUSA
DATA: 13/11/2015
HORA: 08:30
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: Atividade antifúngica do citral e timol sobre Candida tropicalis e Candida parapsilosis
PALAVRAS-CHAVES: Atividade antifúngica, monoterpenos, mecanismo de ação, candidíase, checkerboard, ergosterol.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O número limitado de antifúngicos e o surgimento de cepas resistentes tem dificultado o tratamento da candidiase tornando urgente a busca por novos antifúngicos. Citral e timol são monoterpenos com conhecidas propriedades farmacológicas, incluindo ação antifúngica. O objetivo desse trabalho foi investigar a atividade antifúngica desses monoterpenos, seus possíveis mecanismos de ação e o efeito da associação com antifúngicos contra Candida tropicalis e Candida parapsilosis isoladas de sangue humano. A concentração inibitória mínima (CIM), concentração fungicida mínima (CFM), o efeito do citral na parede celular (ensaio de sorbitol) e ligação ao ergosterol da membrana foram realizados pela técnica de microdiluição. Também foi avaliada a interferência na biossíntese de ergosterol, e o efeito da associação com antifúngicos pelo método de checkerboard e ensaio de modulação A CIM do timol variou entre 64 e 512 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 128 e 256 μg/mL para C. tropicalis. Já a CIM do citral variou entre 64 e 512 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 256 e 512 μg/mL para C. tropicalis. Todas as cepas testadas foram resistentes ao fluconazol (CIM ≥ 64 mg/L). A CFM do timol variou entre 128 e 1024 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 128 e 512 μg/mL para C. tropicalis. Já a CFM do citral variou entre 128 e 1024 μg/mL para C. parapsilosis, e entre 256 e 1024 μg/mL para C. tropicalis. De acordo com a razão CFM/CIM, citral e timol parecem exercer um efeito fungicida contra as cepas testadas. Os valores de CIM de citral e timol contra C. tropicalis e C. parapsilosis permaneceram inalterados na presença de sorbitol 0.8 M ou ergosterol 400 μg/mL, sugerindo, respectivamente que estes monoterpenos não atuam através da inibição da síntese da parede celular fúngica e não atuam por ligação ao ergosterol da membrana. Por outro lado, citral e timol inibiram a biossíntese de ergosterol, indicando um possível mecanismo de ação destes monoterpenos mediado pela inibição da biossíntese do ergosterol. A associação citral-fluconazol foi sinérgica para C. tropicalis ATCC, enquanto citral-anfotericina B foi aditiva para 75% das cepas testadas e timol-fluconazol variou de indiferente a aditiva. Na presença de concentrações subinibitórias do citral e do timol, a CIM da anfotericina B e do fluconazol não diminuíram, sugerindo que esses monoterpenos não modulam a atividade antifúngica desses antifúngicos. Assim, esses monoterpenos podem representar uma nova possibilidade entre os produtos com atividade antifúngica contra Candida, em especial contra C. parapsilosis e C. tropicalis.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1349965 - BARBARA VIVIANA DE OLIVEIRA SANTOS
Presidente - 333921 - EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 338029 - HILZETH DE LUNA FREIRE PESSOA
Interno - 6336328 - REINALDO NOBREGA DE ALMEIDA
Externo ao Programa - 1524402 - RICARDO DIAS DE CASTRO