PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: JULIANA DE MEDEIROS GOMES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JULIANA DE MEDEIROS GOMES
DATA: 11/10/2022
HORA: 08:00
LOCAL: Link da vídeoconferência: Meet: hmj-rskf-sqf
TÍTULO: Atividade fotoprotetora e antioxidante do extrato otimizado de Mentha x villosa e estudo sazonal de suas atividades e metabólitos secundários
PALAVRAS-CHAVES: Sazonalidade, FPS, PFUVA, fotoproteção, antioxidante, radiação ultravioleta.
PÁGINAS: 194
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Devido às agressões cutâneas causadas pela radiação solar, principalmente as ultravioletas (UVA e UVB), medidas preventivas precisam ser utilizadas para combater os danos dessas radiações. Dessa forma, a recomenda-se o uso de protetores solares, tópicos e orais. Os protetores tópicos podem ser constituídos por filtros químicos e/ou físicos, e compostos antioxidantes, visando uma proteção mais ampla. Entretanto, muitas vezes essa proteção deixa a desejar e, por isso, uma estratégia interessante é a adição de compostos naturais ou extratos vegetais ricos em polifenóis nessas formulações, já que os polifenóis são a principal classe de metabólitos secundários com atividade antioxidante e fotoprotetora existente. Dentro desse contexto, a família Lamiaceae torna-se bastante interessante, já que é a principal família vegetal utilizada na indústria cosmética e apresenta membros com grande quantidade de compostos fenólicos. Assim, Mentha x villosa, espécie de fácil cultivo e que pertence à família Lamiaceae, apresentando como principais compostos não voláteis, ácido rosmarínico (AR) e flavonoides, vem sendo estudada na fotoproteção. Dessa forma, este trabalho teve o objetivo de continuar avaliando a atividade fotoprotetora de M. x villosa através do estudo sazonal do fator de proteção solar (FPS), atividade antioxidante, teor de fenólicos, flavonoides e AR, avaliando também se a radiação UV e a precipitação poderiam influenciar na produção desses metabólitos. Posteriormente, foi feita a otimização da extração de polifenóis e AR através da utilização de um planejamento fatorial, variando a porcentagem de etanol e a razão pó/solvente utilizada. Após a otimização, análises de componentes principais (PCA), LC-HRMS e desreplicação (MSn) do extrato foram executadas a fim de identificar os compostos presentes em M. x villosa e entender quais substâncias tiveram sua extração favorecida pelo planejamento fatorial. A atividade antioxidante, através do teste do DPPH, ABTS e inibição da tirosinase foi avaliada, bem como o FPS, fator de proteção UVA (FPUVA) e o comprimento de onda crítico. Esses três últimos testes foram feitos a partir da preparação de 8 formulações diferentes contendo o extrato otimizado. Como resultados, foi visto que o melhor mês para a coleta de M. x villosa foi setembro e, que maiores concentrações de polifenóis e flavonoides favorecem o aumento do FPS, bem como a concentração de AR influencia diretamente a atividade antioxidante da espécie. Além disso, observou-se que a radiação solar influencia na produção de fenólicos e aumento do FPS, enquanto que a precipitação parece não influenciar nos parâmetros estudados. Com relação a otimização da extração, foi visto que as melhores condições para a extração conjunta de polifenóis e AR foram etanol 70% e razão pó/solvente de 5%, promovendo a obtenção de 264,58 mg EAG/g e 101,96 mg/g de fenólicos totais e AR, respectivamente. A PCA revelou que 7 componentes principais contribuíram para diferenciar as amostras e, com base na análise de LC-MS, esses compostos foram identificados como polifenóis, juntamente com outros 23 compostos. Em relação a atividade antioxidante, o extrato otimizado apresentou CE50 = 42,44 μg/mL no ensaio de inibição dos radicais DPPH e CE50 = 322,87 μg/mL no ensaio com radicais ABTS, enquanto que ele inibiu 64,28% da atividade da tirosinase na concentração de 25 μg/ml e o AR foi capaz de inibir a mesma porcentagem, porém na concentração de 5 μg/ml. Na avaliação da atividade fotoprotetora, as formulações 5 e 6 apresentaram os melhores valores de FPS e FPUVA, 23,20 e 30,63; 12,25 e 26,53, que aumentaram o FPS do etilhexilmetoxicinamato em 4 e 5 vezes, respectivamente. Dessa forma, corroborando com todos os resultados obtidos, esse trabalho demonstrou o grande potencial fotoprotetor de M. x villosa, que foi capaz de apresentar importante proteção de amplo espectro contra os raios UVA e UVB, associada à atividade antioxidante e ainda, diminuindo a concentração de filtro químico utilizado na formulação, sugerindo uma alternativa de um produto mais seguro.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDEMILSON CARDOSO DA CONCEIÇÃO
Interno - 6332264 - JOSE MARIA BARBOSA FILHO
Presidente - 2546542 - JOSEAN FECHINE TAVARES
Interno - 166.544.038-43 - LUCIANA SCOTTI - USP
Externo à Instituição - MARCIO FERRARI