PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
- Telefone/Ramal
-
Não informado
Notícias
Banca de DEFESA: EMMANUEL MELQUIADES ARAUJO
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EMMANUEL MELQUIADES ARAUJO
DATA: 17/11/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do IPeFarM
TÍTULO: Avaliação da atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum
PALAVRAS-CHAVES: Produtos naturais, Eugenol, Atividade antifúngica
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: Os fungos do gênero Penicillium apresentam ampla distribuição e são
frequentemente isolados em ambientes que compreende desde lavouras, até
hospitais. Suas espécies estão implicadas em diversas patologias, a exemplo
penicilose, que acomete principalmente indivíduos imunocomprometidos. Em vista
disso, e da elevada resistência fúngica aos antifúngicos atuais, tem-se impulsionado
a busca por novos agentes antifúngicos. Para isso, as plantas medicinais e seus
fitoconstituintes tem sido investigadas. Com base nisso, objetivou-se avaliar a
atividade biológica do eugenol frente cepas de Penicillium citrinum. Para isso, foram
realizados ensaios de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM);
Concentração Fungicida Mínima (CFM); efeito da associação entre eugenol e o
antifúngico padrão anfotericina B; ação dos produtos na parede celular fúngica:
ensaio com sorbitol e ação dos produtos sobre a membrana celular: interação com
ergosterol. Além disso, foi avaliado o efeito citotóxico in vitro do eugenol sobre
eritrócitos humanos. Ademais, o eugenol foi submetido aos softwares online
(pkCSM e Osiris) para realizar a antevisão de parâmetros de drogabilidade e
toxicidade. Do mesmo modo, o docking molecular foi realizado no AutoDock 4.2 com
as proteínas envolvidas com a síntese e manutenção da membrana celular de P.
citrinum. Assim observou-se forte atividade antifúngica sobre todas as cepas de
Penicillium citrinum avaliadas, visto que a CIM determinada foi de 1 µg/mL e a CFM
de 1 µg/mL, demonstrando ação fungicida. Ademais, a permanência da CIM do
eugenol na presença de sorbitol e ergosterol, revelaram que esta molécula
possivelmente não afeta a integridade diretamente da parede e da membrana
plasmática de Penicillium citrinum. No estudo de associação entre o eugenol e a
anfotericina B, foi verificado que estes possuem um efeito indiferente. Já nos
estudos in silico, o eugenol apresentou importante biodisponibilidade oral e risco
mutagênico, entretanto não foi citotóxico na avaliação do potencial hemolítico em
eritrócitos humanos. O docking molecular, propõe a hipótese preditiva de que o
eugenol liga-se possivelmente ao sítio ativo da CYP51, enzima responsável pela
biossíntese do ergosterol, sugerindo dessa forma que o produto testado atua de
forma direta na formação do ergosterol da membrana citoplasmática fúngica. Assim
sendo, as evidências desta pesquisa apontam que o eugenol retrata como promissor
e possível opção para o tratamento de infecções fúngicas causadas por Penicillium
citrinum, e também nos processos de contaminação pelo fungo nas culturais
vegetais.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 333921 - EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 1514305 - HEMERSON IURY FERREIRA MAGALHAES
Interno - 2009494 - ULRICH VASCONCELOS DA ROCHA GOMES