PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: LARISSE VIRGOLINO DA SILVA PONTES
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSE VIRGOLINO DA SILVA PONTES
DATA: 28/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO - IPEFARM
TÍTULO: Investigação do potencial senoterapêutico das N benzoiltiraminas de Aniba Riparia em modelo de senescência endotelial induzida por D-galactose Abordagens in sílico e in vitro
PALAVRAS-CHAVES: Endotélio; Envelhecimento; Estresse Oxidativo; Riparinas; Senescência
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: O envelhecimento biológico é uma proteção relacionada ao tempo das funções fisiológicas
moleculares, celulares e teciduais. Durante o processo, há um acúmulo de células senescentes no
organismo, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças, como as cardiovasculares (DCV),
principal causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. As células endoteliais, camada
interna que reveste os vasos sanguíneos, são suscetíveis a essa condição específica e, quando
disfuncionais, causam alterações negativas no funcionamento do sistema cardiovascular. Por
outro lado, as ferramentas senoterapêuticas podem retardar os danos causados pelo
envelhecimento. Portanto, há uma necessidade urgente de busca por novos candidatos a fármacos
capazes de mitigar os danos causados pelo envelhecimento. As Riparinas, moléculas extraídas da
espécie nativa da região amazônica Aniba Riparia (Nees) Mez, já demonstraram efeitos anti-
inflamatórios e antioxidantes significativos em estudos não clínicos, mecanismos críticos para
atenuar a senescência celular. Portanto, este trabalho teve como objetivo investigar o potencial
efeito quimioterápico de quatro análogos das N-benzoiltiraminas de Aniba Riparia (Nees) Mez
em modelo de envelhecimento endotelial in vitro e caracterizar potenciais alvos para sua ação
farmacológica in sílico. Para isso, foram cultivadas células endoteliais da aorta de rato (RAECs)
e utilizada D-(+)-Galactose (Dgal) como indutor de senescência. Inicialmente, foi realizada uma
triagem tripla para ação anti-senescente (SA-β-Gal), viabilidade celular (MTT) e ação
antioxidante (DHE) para as quatro Riparinas. Esses testes ocorreram em duas situações
experimentais: condição basal e em modelo de senescência endotelial. Somente a Riparina III
conseguiu melhorar a viabilidade celular na condição modelo. Além disso, as quatro moléculas
foram capazes de reduzir os níveis de sensibilidade e melhorar o estresse oxidativo. Outro achado
importante foi que apenas a Riparina II promoveu redução da tolerância celular e aumento dos
níveis de senescência na condição basal, demonstrando efeito deletério nas concentrações
testadas. A Riparina III melhorou a viabilidade celular na condição basal, indicativo de maior
proliferação ou melhora no metabolismo celular. Além disso, as Riparinas I e III apresentaram
atividade antioxidante na condição basal. Visando testes in vivo, foi investigado o perfil
farmacocinético das Riparinas, as quais mostraram-se boas candidatas para prospecção. Além
disso, em busca de alvos para o mecanismo de ação, selecionamos a Riparina I e sistemas
proteicos envolvidos nas vias de senescência celular como Nrf-2/Keap1, MAPK, p38, mTOR,
NADPH oxidase, Nf-κB, Sirtuin 1 e 5, para realizar o acoplamento molecular. Em conjunto, os
resultados revelaram a capacidade da Riparina I em se ligar de maneira energeticamente favorável
aos alvos selecionados na abordagem in sílico, relacionados às vias antioxidantes e anti-
senescentes, prospectando um possível mecanismo de ação para os efeitos encontrados.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2337274 - FABIANA DE ANDRADE CAVALCANTE OLIVEIRA
Presidente - 1174357 - ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
Externo ao Programa - 1971886 - MARIA DO SOCORRO DE FRANCA FALCAO