PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUTOS NATURAIS E SINTÉTICOS BIOATIVOS (PPGPN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MATEUS FEITOSA ALVES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MATEUS FEITOSA ALVES
DATA: 31/10/2016
HORA: 14:00
LOCAL: PPgPNSB
TÍTULO: AVALIAÇÃO DO INFUSO DAS FOLHAS DE Cissampelos sympodialis UTILIZANDO TÉCNICAS IN SILICO, CL-EM/EM E TOXICOLÓGICAS
PALAVRAS-CHAVES: Cissampelos sympodialis, Menispermaceae, infuso, in silico, CL-EM/EM, toxicidade, alcaloides, química medicinal, produtos naturais.
PÁGINAS: 435
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO: A infusao (cha) e uma das bebidas mais antigas e consumidas no mundo que pode ser obtida atraves de uma preparacao simples: agua quente e partes secas da planta. A infusao das raizes da Cissampelos sympodialis, planta comum do nordeste brasileiro conhecida por “milona”, e popularmente utilizada para o tratamento da artrite reumatoide, bronquite e asma. Estudos farmacologicos realizados com o extrato etanolico das folhas desta planta demonstraram que a mesma possui um grande potencial como agente antiasmatico. Ainda, etudos toxicologicos mostraram que no extrato etanolico das folhas de C. sympodialis apresentaram alteracoes nos cortes tissulares dos figados e pulmoes na maior dose administrada (225mg/kg/dia), porem, animais do grupo satelite conseguiram demonstrar uma atividade regenerativa voltando aos parametros de normalidade. Portanto, esta pesquisa tem como objetivo realizar estudos utilizando tecnicas in silico, Cromatografia Liquida acoplada ao Espectrometro de Massas (CL-EM/EM) e toxicologicas valendo-se de compostos presentes no infuso das folhas de C. sympodialis. No capitulo III foi avaliado, atraves de tecnicas in silico, o potencial anti-inflamatorio de alcaloides e de nao alcaloides presentes no genero Cissampelos e na familia Menispermaceae. Para familia Menispermaceae foram avaliados 786 metabolitos secundarios onde a seletividade do multitarget do alcaloide dauricine inibiu receptores adrenergicos β1 e ativou receptores β2 adrenergicos, mostrando que o mesmo pode ser utilizado como compostos de partida para estudos de estruturas propostas com atividades cardioprotetora e/ou antiasmatica. Dos 63 metabolitos secundarios do genero Cissampelos foram observadas afinidades dos compostos hayatine, isochondrondendrine, pelosine, sepeerine e warifteina como inibidoires das enzimas MAPK p38 alfa, PKC beta, PKC theta e da PKC zeta. A cissampeloflavona e unica que possui potencial inibitorio para a enzima PKC alpha. Esses compostos podem ser utilizados como ponto de partida para estudos posteriores com estruturas que apresentam potencial anti-inflamatorio. No capitulo IV a tecnica de CL-EM/EM foi utilizada para desenvolvimento de um metodo cromatografico para verificacao da presenca dos alcaloides warifteina e metil-warifteina no infuso das folhas de C. sympodialis, assim como comparar as diferentes formas de extracoes (infuso, extrato etanolico e fracao de alcaloides totais (FAT)) de metabolitos secundarios das folhas desta planta e suas respectivas atividades imunologicas. Os resultados obtidos atraves das analises do infuso, extrato etanolico e FAT mostraram que warfiteina e metil-warifteina estao presentes com maiores intensidades no infuso e FAT. A avaliacao imunologica em modelo de LPA demonstrou que apenas o infuso e o extrato etanolico conseguiram reduzir a migracao de celulas inflamatorias, sendo o infuso considerado melhor estatisticamente e quantitivamente que o extrato. Assim, podemos dizer que os alcaloides, warfiteina e metil-warifteina, nao sao os unicos responsaveis por caracterizar o efeito anti-inflamatorio da planta C. sympodialis. No capitulo V metodos de toxicidade foram utilizados para verificacao da seguranca do infuso das folhas de C. sympodialis, atraves de metodos in silico e in vivo. A toxicidade in silico e em dose unica (aguda) em Rattus novergicus demonstrou 5 moleculas apresentam uma elevada e uma baixa toxicidade apresentando um potencial de metabolizacao no figado (scores). In vivo foi observado alteracoes bioquimicas em machos (ureia, acido urico e AST) bem como nas femeas (albumina, globulina e proteinas totais). Apesar destes resultados serem sugestivos de alteracoes renais e hepaticas, em seccoes histologicas foi confirmado que nao houve alteracoes nestes orgaos. A toxicidade em doses repetidas durante 90 dias da infusao mostrou que a concentracao de 1 g/100 mL apresentou baixa toxicidade. Em contraste, a concentracao intermediaria (2 g/100 mL) e a concentracao mais elevada (4 g/100 mL) podem estar provocando alteracoes hepaticas e renais em ambos os sexos, com uma certa tendencia para ratos Wistar femeas. A toxicidade in silico e em doses repetidas durante 15 dias da infusao em Mus musculus demonstrou que o alcaloide 93 apresentou um elevado potencial toxicologico, bem como os produtos de seu metabolismo. In vivo a infusao apresentou alteracoes nos parametros bioquimicos e nos pesos de orgaos (pulmoes e rins) dos animais caracterizando possiveis danos renais e pulmonares, especialmente em animais tratados com a concentracao mais elevada (3 g/100 mL). Portanto, a partir destes dados de toxicidade, pode-se afirmar que a concentracao do infuso das folhas de C. sympodialis mais segura para uso da populacao e a de 1 g/100 mL.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 333921 - EDELTRUDES DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 1520134 - GERD BRUNO DA ROCHA
Externo ao Programa - 1514305 - HEMERSON IURY FERREIRA MAGALHAES
Interno - 1174357 - ISAC ALMEIDA DE MEDEIROS
Presidente - 336287 - MARGARETH DE FATIMA FORMIGA MELO DINIZ