PROGRAMA ASSOCIADO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA (PPGFON)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: THALITA DA SILVA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THALITA DA SILVA OLIVEIRA
DATA: 26/06/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma de videoconferência ZOOM
TÍTULO: PROGRAMA DE TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL NA REDE PÚBLICA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
PALAVRAS-CHAVES: audição, triagem neonatal, indicadores de qualidade
PÁGINAS: 4
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fonoaudiologia
RESUMO: O Joint Committee of Infant Hearing e o Ministério da Saúde preconizam a avaliação contínua em todas as etapas dos programas de triagem auditiva neonatal a fim de buscar melhorias ao se avaliar seus indicadores de qualidade. Com o aumento do número de serviços de triagem auditiva, é importante verificar as potencialidades e dificuldades dentro do contexto socioeconômico onde estão inseridos, pois ao conhecer as demandas do serviço, a população usuária e os recursos físicos, podem-se direcionar ações de políticas públicas voltadas à melhoria, gestão e efetividade deste serviço tão importante para a saúde da população infantil. Diante do panorama observado e da escassez de estudos que avaliem os programas de triagem auditiva neonatal no país, este estudo teve como objetivo analisar os resultados da triagem auditiva neonatal e os índices de qualidade propostos pelo Joint Committee of Infant Hearing (JCIH) e Diretrizes para a Triagem Auditiva Neonatal do Ministério da Saúde do Brasil em um Programa de Triagem Auditiva Neonatal. METODOLOGIA: O estudo é do tipo retrospectivo, transversal e descritivo. O estudo teve como plano de fundo três estabelecimentos de saúde que atualmente realizam o PTAN no município de João Pessoa no estado da Paraíba. Nestas instituições foi feito um levantamento do banco de dados de recém-nascidos que realizaram a triagem auditiva neonatal, incluindo teste e/ou reteste, no período de 2016 a 2018. A amostra original contou com 20.968 prontuários, porém, obedecendo aos critérios de exclusão, a amostra atual para a pesquisa foi de 13.361 prontuários. A análise descritiva ocorreu por meio de porcentagens, medidas de frequência e de dispersão (média, desvio padrão e mediana). Para a análise estatística, foi utilizado o Teste T pareado para observar se há relação entre as variáveis contínuas de número de consultas de pré-natal, idade gestacional, peso ao nascer e idade da mãe com o resultado da triagem auditiva neonatal e a regressão binária logística para prever o risco de falha na triagem auditiva em relação à presença de indicadores de risco para deficiência auditiva (IRDA). RESULTADOS: As instituições contam com protocolos semelhantes em relação ao fluxo da triagem de recém-nascidos e quanto ao local e ao tempo para a realização da triagem auditiva, onde algumas crianças podem ser triadas antes da alta e também após a alta hospitalar. Quando há falha no reteste os pacientes são encaminhados a outros serviços de referência no município. Os PTAN diferem quanto ao registro do resultado da triagem e/ou do reteste, encaminhamento ao diagnóstico e/ou monitoramento auditivo. Foi observado que a maioria 63,4% das crianças triadas residem na capital. Dos recém-nascidos triados, 1,6% apresentaram algum tipo de IRDA, 97,41% da amostra foi triada em até 30 dias após o nascimento, 98,2% dos triados passaram, resultando em 1,8% de falha na triagem em pelo menos uma das orelhas testadas. Todas as crianças que falharam foram encaminhadas ao reteste, porém apenas 168 delas se observou registro de reteste, onde 97% receberam resultado de “passa” e apenas cinco (3%) falharam em pelo menos uma das orelhas no procedimento de EOAT. Das cinco crianças que apresentaram “falha” no reteste, quatro apresentaram registro de encaminhamento ao diagnóstico, não sendo possível observar registro de resultado do diagnóstico auditivo em prontuário. Cerca de 1,5% das crianças foram encaminhadas ao monitoramento auditivo, as quais apresentaram pelo menos um indicador de risco para deficiência auditiva. Os PTAN conseguiram uma média de 31% de cobertura total dos nascidos vivos não cobertos por plano de saúde no município para os três anos observados. Sendo a COB de cada ano: 29%; 31% e 31% dos nascidos vivos do município, respectivamente. Na análise estatística foi observado que a presença da infecção congênita tem 4,5 vezes mais chance da criança falhar no procedimento de EOAT e quanto menor for o peso do recém-nascido, melhor o resultado da triagem auditiva. CONCLUSÃO: O PTAN em João Pessoa não está de acordo com alguns critérios de qualidade, como: quantidade de crianças encaminhadas ao diagnóstico auditivo, procedimentos e protocolos utilizados na triagem auditiva neonatal para crianças que apresentem indicador de risco para deficiência auditiva, registro dos resultados de triagem auditiva neonatal (teste e reteste) e registro do diagnóstico auditivo em prontuário. Não sendo possível também afirmar se a cobertura dos nascidos vivos está de acordo com o preconizado. A falta de um banco informatizado de dados unificado dificulta o acesso ao registro dos resultados dos procedimentos audiológicos, bem como do monitoramento de crianças triadas e que foram encaminhadas a outras instituições a fim de se realizar o diagnóstico e/ou monitoramento auditivo. Como consequência, há dificuldades em conhecer o real perfil auditivo das crianças nascidas no município.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARMEM SILVIA BARREIRA DE CARVALHO NIELSEN
Externo à Instituição - ELIENE SILVA ARAÚJO
Presidente - 1855621 - HANNALICE GOTTSCHALCK CAVALCANTI
Externo à Instituição - JOSELI SOARES BRAZOROTTO
Externo ao Programa - 1857293 - LUCIANA PIMENTEL FERNANDES DE MELO