Banca de DEFESA: MIRELLY COELHO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIRELLY COELHO DE SOUZA
DATA: 02/12/2025
HORA: 14:00
LOCAL: PPGAgro
TÍTULO: Interação fisiológica e controle biológico entre genótipos de Vigna unguiculata e isolados de Fusarium sp.
PALAVRAS-CHAVES: Feijão-caupi, interação hospedeiro-patógeno; microbiolização; resistência genética; variabilidade.
PÁGINAS: 85
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Fitopatologia
RESUMO: O feijão-caupi (Vigna unguiculata) é uma cultura importante para a agricultura familiar no Nordeste brasileiro, por apresentar alta tolerância à seca, baixo custo de produção e bom desempenho em solos de baixa fertilidade. Um dos entraves à produção, além da pouca tecnologia empregada, são as doenças, com destaque para as causadas por Fusarium spp. que afetam o desenvolvimento das plantas e reduzem a produtividade. A variação na agressividade dos isolados e a resposta diferenciada entre híbridos tornam o manejo ainda mais complexo, o que destaca a necessidade de identificar materiais resistentes e avaliar alternativas sustentáveis, como o controle biológico. Diante disso, este trabalho teve como objetivo avaliar a suscetibilidade de híbridos (1×4, 2×5, 3×6, 2×1, 3×1, 5×2, 3×2 e 2×3) de V. unguiculata à infecção por dois isolados de Fusarium sp. e analisar a eficiência de diferentes espécies de Bacillus spp. na redução da infecção e na promoção do desenvolvimento vegetal. O estudo utilizou oito híbridos oriundos de variedades tradicionais de V. unguiculata previamente selecionadas, caracterizadas e hibridizados por pesquisadores do Programa Nexus Caatinga/CCA-UFPB. As sementes foram inoculadas por contato direto, colocadas sobre as colônias puras dos isolados (F68 e F71) separadamente, cultivados em placas de Petri em meio BDA, contendo abundante esporulação e avaliadas aos 30 dias quanto ao crescimento, parâmetros fisiológicos e taxa de infecção. Os híbridos mais suscetíveis foram submetidos à microbiolização, sendo imersas por cinco minutos em 100 mL de água destilada esterilizada, contendo os respectivos tratamentos (B. thuringiensis, B. velezensis e B. subtilis), com análises in vitro da inibição do patógeno e avaliações in vivo das variáveis de desenvolvimento e fisiológicas, além da taxa de infecção. Os resultados demonstraram interação significativa entre híbridos e isolados, sendo F68 mais agressivo. Os híbridos 3×2, 2×3 e 5×2 apresentaram os menores índices de colonização pelo patógeno e resposta fisiológica positiva em boa parte das variáveis, enquanto 2×1, 3×6 e 1×4 foram os mais suscetíveis. A microbiolização reduziu a taxa de infecção e favoreceu o crescimento das plantas, com destaque para B. velezensis, que apresentou maior inibição micelial e resposta fisiológica positiva em grande parte das combinações avaliadas, embora não em todas. Esses resultados reforçam o potencial do controle biológico como estratégia complementar ao manejo da murcha de Fusarium e contribuiem para a seleção de híbridos mais resistentes a doença.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 1449704 - LUCIANA CORDEIRO DO NASCIMENTO
Interno(a) - 2239629 - NAYSA FLAVIA FERREIRA DO NASCIMENTO
Externo(a) à Instituição - ERBS CINTRA DE SOUZA GOMES
Externo(a) à Instituição - HILDERLANDE FLORENCIO DA SILVA
Externo(a) à Instituição - NEILZA REIS CASTRO DE ALBUQUERQUE