Banca de DEFESA: GIULIANE MOURA ANDRADE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GIULIANE MOURA ANDRADE
DATA: 19/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Link meet: https://meet.google.com/twh-znns-rrd
TÍTULO: POTENCIAL PREBIÓTICO E ANTIOXIDANTE DE COGUMELO Pleurotus djamor (RUMPH. EX FR.) BOEDIJN SOBRE A MICROBIOTA COLÔNICA HUMANA
PALAVRAS-CHAVES: cogumelos comestíveis; Pleurotus spp.; alimentos funcionais; microbiota intestinal humana; compostos fenólicos; propriedades prebióticas.
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: Cogumelos comestíveis do gênero Pleurotus spp. têm ganhado destaque global por suas características sensoriais, nutricionais e funcionais. Pleurotus djamor possui elevado teor de compostos como beta-glucanas, inulina e fenólicos, os quais poderiam exercer atividade prebiótica e antioxidante no trato gastrointestinal humano. O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades prebióticas e antioxidantes de P. djamor sobre a microbiota bacteriana colônica durante fermentação in vitro. Para tanto, foram caracterizados e quantificados os compostos fenólicos de P. djamor seco (PDS) usando cromatografia líquida de alta eficiência e avaliada sua atividade antioxidante por ABTS, DPPH e FRAP. PDS foi submetido a uma digestão gastrointestinal in vitro (MUS) e adicionado (20%) a um ensaio com inóculo fecal humano (40%) e meio de fermentação (40%) sob condições anaeróbias por 48 h. Meio com frutooligossacarídeos (FOS, 20%) e meio sem substrato fermentável (NC) foram usados como controles. Durante a fermentação foi quantificada a abundância relativa (%AR) de grupos bacterianos de interesse usando fluorescência de hibridização in situ com citometria de fluxo multiparamétrica, e avaliada a atividade metabólica (pH, quantificação de açúcares e ácidos orgânicos) e antioxidante nos tempos 0, 24 e 48 h, enquanto Ressonância Magnética Nuclear de 1H (1H RMN) foi utilizada para detectar o perfil metabólico global nos tempos 0 e 48 h de fermentação. Foram realizados três ensaios independentes, expressos como média ± desvio padrão para cada análise. Dez compostos fenólicos (três ácidos fenólicos e sete flavonoides) foram identificados, tendo as maiores concentrações epicatequina (3,03 ± 1,54 mg/L), ácido gálico (2,71 ± 1,54 mg/L) e quercetina-3-glicosídeo (2,40 ± 1,54 mg/L). Meio com MUS apresentou maior %AR de Lactobacillus spp. – Enterococcus spp. (1,12 ± 0,15 - 4,83 ± 0,32); Bifidobacterium spp. (0,59 ± 0,14 - 1,85 ± 0,37) e Ruminococcus albus - R. flavefaciens (0,37 ± 0,16 - 1,88 ± 0,17) após 48 h de fermentação. Não houve alterações significativas (p ≥ 0,05) na %AR de Bacteroides spp. - Prevotella spp. no meio com MUS, enquanto reduziu a %AR (p < 0,05) de Clostridium histolyticum após 48 h (2,89 ± 0,17 - 1,22 ± 0,38). O índice prebiótico para MUS foi positivo em 24 e 48 h, diferindo significativamente (p < 0,05) de NC, indicando um potencial prebiótico relevante. Durante a fermentação, MUS levou a diminuição do pH, consumo de açúcares, e aumento da produção de ácidos orgânicos (ácidos lático, acético, butírico e propiônico) do meio, correlacionando-se positivamente com os grupos bacterianos benéficos. P. djamor apresentou elevada atividade antioxidante (ABTS 86,94 ± 0,95 %; DPPH 36,19 ± 6,71%; FRAP 239,08 ± 33,14 μmol FeSO4/g), consistente com compostos fenólicos encontrados. Essa atividade persistiu durante a fermentação, porém em decréscimo ao longo do tempo. A análise 1H RMN revelou um perfil distinto de aminoácidos essenciais no meio com MUS, não presente nos meios controles. Dessa forma, P. djamor poderia contribuir para alterações benéficas na microbiota colônica humana, com efeitos compatíveis com alimentos reconhecidamente prebióticos, além de possuir atividade antioxidante capaz de diminuir o estresse oxidativo e promover a saúde intestinal.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNA BRAGA DANTAS
Interno - 2380741 - EVANDRO LEITE DE SOUZA
Presidente - 009.752.504-93 - FILLIPE DE OLIVEIRA PEREIRA - UFPB