Banca de DEFESA: MARIA THAYNA BERNARDO FERREIRA DA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA THAYNA BERNARDO FERREIRA DA SILVA
DATA: 20/08/2024
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório do Centro de Ciências da Saúde (Enfermagem - Nutrição)
TÍTULO: PREVALÊNCIA DE INSUFICIÊNCIA/DEFICIÊNCIA DA VITAMINA D E SUA RELAÇÃO COM MARCADORES INFLAMATÓRIOS E DE ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM PSORÍASE
PALAVRAS-CHAVES: Vitamina D. Inflamação. Interleucina-2. Interleucina-6. Psoríase.
PÁGINAS: 67
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, cuja patogênese está associada à desregulação do sistema imunológico, influenciada fortemente pelo estresse oxidativo. Sabe-se que essa condição clínica é considerada um fator de risco para insuficiência e deficiência de vitamina D, sendo esse nutriente capaz de modular as respostas imunes e reduzir a expressão de citocinas inflamatórias. No entanto, o entendimento das relações entre a vitamina D e os marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo na população com psoríase ainda não é consolidado. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de insuficiência/deficiência da vitamina D em pacientes com psoríase e relacionar os níveis séricos da 25-hidroxivitamina D (25(OH)D) com marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. Este estudo transversal foi conduzido com 146 pacientes do Centro de Referência de Pesquisa, Apoio e Tratamento da Psoríase da Paraíba/Brasil, recrutados entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Incluímos no estudo pacientes com idade entre 20 e 59 anos, com diagnóstico clínico de psoríase e que consentiram em participar da pesquisa. Excluímos pacientes em uso de suplementação de vitamina D, com diagnóstico de insuficiência hepática ou renal, com doenças tireoidianas, autoimunes ou neoplasias malignas, além de gestantes e lactantes. A gravidade da psoríase foi avaliada por meio do Índice de Qualidade de vida em Dermatologia (DLQI). Foram coletados os dados clínicos, de estilo de vida, antropométricos e de consumo alimentar, e realizadas as análises laboratoriais da 25(OH)D, do paratormônio, do cálcio, dos marcadores inflamatórios: Proteína C Reativa ultrassensível (PCR-us), Alfa-1-Glicoproteína Ácida (A1GPA), Fator de Necrose Tumoral Alfa (TNF-α), Interferon Gama (IFN-γ) e Interleucinas 2, 6 e 10 (IL-2, IL-6, IL-10), e dos marcadores de estresse oxidativo: Malondialdeído (MDA) e Capacidade Antioxidante Total (CAOT). As análises estatísticas foram realizadas no software IBM® SPSS Statistics 21. A amostra foi dividida em dois grupos, conforme a classificação da 25(OH)D: suficiência e insuficiência/deficiência. Foram aplicados testes para comparar os grupos e identificar as relações entre as variáveis de interesse, considerando-se significativos os resultados com p<0,05. Entre os participantes, 56,8% apresentavam níveis séricos suficientes de 25(OH)D e 43,1% apresentavam níveis inadequados, sendo 39% com insuficiência e 4,1% com deficiência. A IL-2 e a IL-6 apresentaram distribuições significativamente diferentes entre os grupos (p= 0,012 e p= 0,017, respectivamente), com medianas superiores no grupo insuficiência/deficiência. A média do MDA foi significativamente maior no grupo suficiência (p= 0,005), já a CAOT não diferiu entre os grupos (p= 0,917). Foram observadas relações inversas significativas entre a 25(OH)D e as interleucinas 2 e 6 (p= 0,017 e p= 0,007, respectivamente), e uma relação positiva com o MDA (p= 0,038). Os demais marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo não apresentaram relação com a 25(OH)D. Adicionalmente, foi observada uma associação inversa entre a 25(OH)D e o DLQI (p= 0,016), o índice de massa corporal (p= 0,006) e a circunferência da cintura (p= 0,020) e uma ausência de exposição solar significativamente mais frequente no grupo insuficiência/deficiência (p= 0,007). Este estudo revelou uma elevada prevalência de insuficiência de vitamina D em indivíduos com psoríase, além de uma relação inversa entre os níveis de 25(OH)D e as citocinas IL-2 e IL-6, bem como o DLQI. Esses achados sugerem que baixos níveis de vitamina D estão associados a um perfil inflamatório mais acentuado e a uma qualidade de vida reduzida nessa população
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 3145833 - ESTHER BASTOS PALITOT DE BRITO
Presidente - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Interno - 1092870 - NAIARA NAIANA DEJANI