PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: MARIA AUGUSTA CORREA BARROSO MAGNO VIANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA AUGUSTA CORREA BARROSO MAGNO VIANA
DATA: 21/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/iij-ynwb-dep
TÍTULO: COORTE DE MULHERES DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA: interseções entre insegurança alimentar domiciliar, qualidade de vida e ansiedade materna
PALAVRAS-CHAVES: Segurança Alimentar, Transtornos Mentais, Qualidade de Vida, Gravidez
PÁGINAS: 160
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A insegurança alimentar é um importante problema de saúde pública e ganha uma relevância maior para a população feminina que se encontra no período gestacional, considerando os possíveis desfechos negativos para a saúde materna que poderão repercutir negativamente para os seus respectivos filhos. A insegurança alimentar tem sido associada a vários resultados prejudiciais para a saúde, mas pouco se sabe sobre a incidência e a relação de causalidade da insegurança alimentar na saúde das gestantes e puérperas. Assim, o objetivo da presente tese é analisar as relações e consequências da insegurança alimentar, na qualidade de vida e ansiedade em mulheres na gestação e no pós-parto no município de João Pessoa. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo com gestantes dependentes do Sistema Único de Saúde, residentes em João Pessoa e assistidas durante o pré-natal nas Unidades de Saúde da Família (USF) do Distrito Sanitário III. A coleta foi realizada no período de outubro/2018 a março/2020, em três etapas e cada mulher foi acompanhada em média por 09 meses, com intervalo de aproximadamente 3 meses entre as coletas de dados. A primeira entrevista foi realizada na USF, as duas coletas seguintes por meio de visitas domiciliares. Foram abordadas perguntas relacionadas às condições socioeconômicas, demográficas e sobre a experiência de inseguranca alimentar domiciliar, por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar, EBIA, que foi considerada a variável de exposição do estudo. Além disso, também foram obtidas informações referentes: a qualidade de vida, utilizando a escala da Organizaçao Mundial da Saúde versão breve, WHOQoL-Brief, e a saúde mental materna através do Inventário de Ansiedade Traço-Estado, IDATE-E, variáveis estas, consideradas como desfecho. Os resultados desta tese são apresentados em três artigos, sendo o primeiro com a descrição do delineamento e dos aspectos metodologia utilizados na coorte. Este artigo apresentou alternativas para o seguimento em campo demostrou a viabilidade de realização de estudos prospectivos com recursos reduzidos. Participaram da pesquisa 271 mulheres na primeira etapa, 184 e 123 na segunda e terceira etapa respectivamente. No início do seguimento 45,4% dos domicílios foram classificados em algum grau de insegurança alimentar, sendo 30,7% em situação leve, 9,2% moderada e 5,5% grave. As participantes residentes em domicílios inseguros apresentaram proporções mais elevadas de risco de ansiedade (67,5% vs 32,5%, p= 0,001), em comparação com as em segurança alimentar. Mulheres expostas à insegurança alimentar, em qualquer dos seus níveis, possuem mais chances de desenvolver ansiedade (OR = 2.22; 95% CI: 1.29 – 3.81). Adicionalmente, foi observado que as participantes com risco de ansiedade apresentaram piores escores nos domínios da qualidade de vida.variáveis, foi realizada uma análise de redes e construído um modelo de mediação que identificou que melhor qualidade de vida, no domínio das relações sociais, mediou a associação entre insegurança alimentar e ansiedade, reduzindo o risco de ansiedade em até 25%. Este resultado é apresentado no segundo artigo desta tese. Finalmente, o terceiro artigo apresenta o resultado da análise de Equações de Estimações Generalizadas para a interação do tempo com a exposição à segurança e insegurança alimentar no risco de ansiedade entre as mulheres, ajustado pelas variáveis idade e renda per capita. O artigo conclui que a exposição prolongada à segurança alimentar, per si, reduz o risco de ansiedade promovendo a saúde mental das mulheres durante o período reprodutivo. Concluiu-se as relações entre insegurança alimentar, qualidade de vida e ansiedade são complexas e nenhum destes problemas deve ser enfrentado isoladamente, havendo a necessidade da integração de serviços de saúde mental, assistência social e promoção da segurança alimentar em programas de apoio as mulheres durante e após a gravidez.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - HUGO RAMIRO MELGAR-QUINOZES
Externo à Instituição - JULIANA DE BEM LIGNANI
Interno - 335378 - MARIA DA CONCEICAO RODRIGUES GONCALVES
Interno - 043.754.484-23 - POLIANA DE ARAÚJO PALMEIRA - UFPB
Presidente - 1454201 - RODRIGO PINHEIRO DE TOLEDO VIANNA