PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: CECÍLIA FURTADO CRAVEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CECÍLIA FURTADO CRAVEIRO
DATA: 24/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: https:// https://meet.google.com/fyq-arwx-cmp
TÍTULO: DISPARIDADES NO AMBIENTE ALIMENTAR DO CONSUMIDOR DE UMA METRÓPOLE BRASILEIRA
PALAVRAS-CHAVES: Acesso à Alimentos Saudáveis; Políticas Públicas; Disparidades Socioeconômicas em Saúde.
PÁGINAS: 78
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: O ambiente alimentar do consumidor se relaciona à disponibilidade, qualidade e variedade de alimentos disponíveis para a compra em uma determinada área. Esses fatores podem evidenciar disparidades em saúde presentes em comunidades vulneráveis. O objetivo do presente trabalho foi verificar a disponibilidade, diversidade, variedade e qualidade de alimentos in natura e ultraprocessados em lojas localizadas em territórios com diferentes níveis de vulnerabilidade da saúde em uma metrópole brasileira. Este estudo transversal usou dados provenientes de um estudo prévio realizado na cidade de Belo Horizonte. A coleta de dados se deu através de auditoria nos estabelecimentos comercializadores de alimentos presentes na área, utilizando-se uma versão adaptada do instrumento ESAO-s, previamente validado para o contexto brasileiro. Coletou-se dados sobre as 10 frutas e 10 hortaliças mais consumidas pela população, além dos 5 alimentos ultraprocessados mais consumidos. A vulnerabilidade do território foi medida através do Índice de Vulnerabilidade da Saúde (classificada em baixa, média e alta/muito alta). Foram realizadas análises descritivas e modelos de regressão, ajustados pela população da área. 248 lojas foram auditadas, entre supermercados, lojas especializadas em frutas e hortaliças e lojas locais. Áreas de baixo IVS possuíam maior prevalência de lojas com variedade adequada de frutas (34,4% vs. 2,2%; valor-p < 0,001) e hortaliças (38,7% vs. 10,9%; valor-p < 0,001) e melhor qualidade, quando comparadas às áreas de médio e alto/muito alto IVS. Supermercados em áreas de baixo IVS tinham quase o dobro da prevalência de adequação de variedade de vegetais quando comparados aos em áreas de alto/muito IVS (65.2% vs. 33.3%, valor-p = 0.005). Após ajuste pela população, áreas de maior IVS possuíam menor chance de apresentarem lojas com variedade adequada de frutas, comparadas às de baixo IVS (RC = 0.06; IC 95% = 0.01 - 0.44; valor-p = 0.006). Concluímos que, em Belo Horizonte, as disparidades no ambiente alimentar do consumidor podem levar à dificuldades de acesso à alimentos saudáveis, especialmente à populações mais vulneráveis. Ações urgentes devem ser tomadas no ambiente alimentar, a partir de intervenções políticas e sistemáticas.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARIANA CARVALHO DE MENEZES
Presidente - 3305510 - MARIANA SOUZA LOPES
Interno - 1144459 - SAVIO MARCELINO GOMES