PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
Não informado

Notícias


Banca de DEFESA: TALITA SILVEIRA QUEIROGA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TALITA SILVEIRA QUEIROGA
DATA: 24/02/2025
HORA: 15:00
LOCAL: https://meet.google.com/mkr-pgxe-tri?hs=224
TÍTULO: APLICAÇÃO DE REVESTIMENTOS FORMULADOS COM ALGINATO DE SÓDIO E EXTRATOS HIDROALCOÓLICOS DE SUBPRODUTOS DE FRUTAS FERMENTADOS COM BACTÉRIAS LÁTICAS PARA O CONTROLE DE ANTRACNOSE EM MANGAS E GOIABAS
PALAVRAS-CHAVES: Extratos de frutas. Bacterias láticas. Fermentação. Colletotrichum spp.
PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: A antracnose é uma doença fúngica que afeta a qualidade de frutas como manga e goiaba. O uso de fungicidas, principal método aplicado para controle da antracnose, apresenta riscos à saúde e ao meio ambiente, o que destaca a necessidade de pesquisas sobre estratégias sustentáveis e seguras para manejo de fitopatógenos. A elaboração de extratos vegetais a partir dos subprodutos de frutas surge como uma alternativa viável para a formulação de antifúngicos naturais. Ademais, a fermentação desses subprodutos com bactérias láticas (BAL) pode potencializar a produção de compostos bioativos. Revestimentos com produtos naturais também vêm sendo usados como estratégias inovadoras para controle de doenças pós-colheita, podendo ser utilizados como carreadores de substâncias ativas para aplicação em frutas. Esse estudo objetivou avaliar o potencial de aplicação de revestimento formulado com alginato de sódio e extratos hidroalcoólicos de subprodutos de frutas fermentados por BAL para controle de antracnose em manga cv. Palmer e goiaba cv. Paluma. Para isso, subprodutos de acerola, caju, manga e uva foram coletados em indústrias de processamento de polpas de frutas, esterilizados, liofilizados e armazenados (-18 ± 0,5 °C). Para o processo de fermentação, os subprodutos foram diluídos na proporção de 1:5 em água destilada esterilizada, autoclavados e posteriormente inoculados com a cultura mista de BAL (Levilactobacillus brevis 59, Lactiplantibacillus pentosus 129 e Limosilactobacillus fermentum 263) na concentração de aproximadamente 9 log UFC/mL. O processo de fermentação ocorreu à temperatura de 37 ºC por 24 horas em agitador orbital (200 rpm) sob condições aeróbicas. Os subprodutos de frutas fermentados foram misturados com etanol (70% ou 80%; 1:10 v/v) e homogeneizados a 37 °C, 200 rpm por 2h. Essas soluções foram centrifugadas, a parte líquida foi recuperada e o solvente foi removido com um evaporador rotativo. Foram realizadas contagens de células viáveis de BAL no fermentado e análises físico-químicas dos extratos obtidos. Esses extratos foram utilizados para avaliar a atividade antifúngica contra diferentes espécies de Colletotrichum pelo método de difusão em poços de ágar e concentração inibitória mínima, com resultados expressos em % de inibição do crescimento micelial (%ICM). Os extratos com os melhores resultados in vitro foram incorporados a um revestimento formulado com alginato de sódio (1,5%) e aplicados em mangas e goiabas para avaliar o potencial de reduzir o diâmetro da lesão da antracnose (%RDLA). Os extratos hidroalcoólicos de subprodutos de acerola (75 e 100 mg/mL) e manga (75 e 100 mg/mL) fermentados apresentaram as maiores taxas de inibição do crescimento micelial (%ICM: 35,00 - 82,75%) frente a todos os isolados de Colletotrichum testados in vitro. Em relação às características físico-químicas, os extratos apresentaram variações em acidez, pH, sólidos solúveis totais e ácido ascórbico com uma acidificação mais acentuada nos extratos hidroalcoólicos fermentados (pH 3,28 - 3,47). A análise de cor indicou diferenças associadas com a pigmentação das frutas. Variações no conteúdo de compostos fenólicos totais, flavonoides e atividades antioxidantes também foram observadas. As aplicações de revestimentos de alginato de sódio adicionados dos extratos hidroalcoólicos de acerola e manga (100 mg/mL) fermentados retardaram o desenvolvimento da antracnose em mangas e goiabas durante o armazenamento (%RDLA 3.93-87.01). Estes resultados indicam que revestimentos formulados com extratos de subprodutos de frutas fermentadas por BAL podem ser estratégias inovadoras e sustentáveis para controlar a antracnose pós-colheita induzida por Colletotrichum spp. em frutas.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2380741 - EVANDRO LEITE DE SOUZA
Externo ao Programa - 1859738 - FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR