PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO (PPGCN)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: ARIANY DÁGMA BATISTA ROQUE SANTIAGO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARIANY DÁGMA BATISTA ROQUE SANTIAGO
DATA: 22/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório da Prefeitura Universitária - PU/UFPB
TÍTULO: TOXICIDADE E EFEITOS DO CONSUMO DE MUCILAGENS DE MANDACARU (Cereus jamacaru) E XIQUE-XIQUE (Pilosocereus gounellei) SOBRE PARÂMETROS SOMÁTICOS E METABÓLICOS DE RATOS COM OBESIDADE
PALAVRAS-CHAVES: Atividade antidiabética. Cactos. Mucilagem. Obesidade. Toxicidade.
PÁGINAS: 94
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: As cactáceas são plantas encontradas em regiões áridas e semiáridas como o Nordeste brasileiro. Dentre estas, destacam-se o mandacaru (Cereus jamacaru) e o xique-xique (Pilosocereus gounellei) como endêmicas desta região, mas ainda sub exploradas. As cactáceas são fontes de mucilagens que são caracterizadas como polissacarídeos com propriedades tecnológicas em ascensão. O desenvolvimento de produtos alimentícios e farmacêuticos com as mucilagens podem trazer inúmeros benefícios, devido a funções antioxidantes e anti- inflamatórias, principalmente frente a doenças crônicas. Dentre estas, a obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo, estresse oxidativo e inflamação de baixo grau. Neste sentido, a busca por alternativas naturais como as mucilagens podem ser viáveis como tratamento adjuvante da obesidade. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade aguda das mucilagens do mandacaru (Cereus jamacaru) e do xique-xique (Pilosocereus gounellei), sua atividade antidiabética, e os efeitos sobre parâmetros metabólicos e somáticos de ratos Wistar com obesidade. As mucilagens foram obtidas e caracterizadas quanto à atividade antidiabética in vitro e a análise de fibras. A toxicidade aguda foi avaliada a partir da administração de cada mucilagem na dose única de 300 mg/kg em três ratas Wistar após jejum de 6 h. A triagem hipocrática foi realizada nos tempos 30, 60, 90,120,180 e 240 min iniciais e durante 14 dias, seguida pela eutanásia para coleta de sangue e órgãos para análise bioquímicas e histológicas respectivamente. No estudo com modelo animal obeso, quarenta ratos com aproximadamente 40 dias de vida, foram inicialmente randomizados nos grupos: controle (CG, N=10) e obeso, obeso (OG, N=30) por sete semanas os quais consumiram dieta controle ou de cafeteria. Após confirmação da obesidade, os grupos obesos foram novamente randomizados em: obeso (OG, N=10), obeso com administração da mucilagem de mandacaru (MOG, N=10) ou com a administração da mucilagem de xique-xique (XOG, N=10) na dose de 100 mg/kg; enquanto os grupos não tratados receberam água filtrada por mais sete semanas. Foram avaliados o peso corporal semanal, e na última semana do experimento foram realizados testes de tolerância à glicose e insulina, seguidos pela eutanásia e coleta de amostras biológicas. No estudo de toxicidade oral aguda não ocorreu morte e nem alterações bioquímicas séricas ou macroscópicas e microscópicas nos órgãos. As mucilagens apresentaram atividade antidiabética in vitro. A mucilagem de mandacaru melhorou a tolerância à glicose e reduziu o ganho de peso dos ratos em comparação àqueles tratados com mucilagem de xique-xique. As mucilagens não alteraram parâmetros bioquímicos renais e nem hepáticos, apesar de terem melhorado a morfometria hepática e pancreática. As mucilagens melhoraram parâmetros somáticos e metabólicos de ratos obesos, especialmente os relacionados ao metabolismo glicídico, sem causar toxicidade aos mesmos.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1864672 - ADRIANA MARIA FERNANDES DE OLIVEIRA GOLZIO
Interno - 2777487 - ESTEFANIA FERNANDES GARCIA
Presidente - 1553557 - JAILANE DE SOUZA AQUINO