Banca de DEFESA: GRACY KELLY VIEIRA DE VASCONCELOS MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRACY KELLY VIEIRA DE VASCONCELOS MEDEIROS
DATA: 30/03/2023
HORA: 08:30
LOCAL: https://meet.google.com/pih-wgxu-tje
TÍTULO: BACTÉRIAS ÁCIDO LÁTICAS ISOLADAS DO FRUTO DO MANDACARU (Cereus jamacaru DC.): avaliação do potencial probiótico e de atividades bioativas in vitro do fruto fermentado
PALAVRAS-CHAVES: cacto; 16S rRNA; citometria de fluxo; Pediococcus pentosaceus; isolamento; compostos bioativos; RMN de 1H; fermentação.
PÁGINAS: 195
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO: Nesse estudo objetivamos: i) isolar BAL autóctones do fruto do mandacaru, ii) avaliar o potencial probiótico e identificar os isolados selecionados, iii) liofilizar a melhor cepa selecionada na análise de componentes principais (ACP) e avaliar sua viabilidade ao longo do armazenamento refrigerado, iv) fermentar o fruto do mandacaru com cepa autóctone previamente selecionada, v) avaliar o impacto da fermentação submersa do fruto de mandacaru sobre o conteúdo de compostos bioativos e atividades biológicas in vitro, vi) avaliar a sobrevivência de BAL no fruto do mandacaru quando exposto às condições gastrointestinais simuladas e identificar os principais componentes a partir da análise de RMN de 1H no fruto fermentado durante o tempo selecionado segundo a ACP. Inicialmente, foram isoladas 212 colônias e 34 destes isolados foram identificados preliminarmente como BAL, os quais seguiram para os testes de propriedades de segurança in vitro. Nesta etapa, 13 isolados apresentaram resultados negativos para os testes de atividades de DNAse, gelatinase, hemolítica e produção de aminas biogênicas. Os resultados quanto à resistência à antibióticos variaram de acordo com a classe de antibiótico testada. Os 13 isolados apresentaram atividade proteolítica, produção de diacetil fraca, boa produção de exopolissacarídeos e boa tolerância a diferentes concentrações de NaCl. Quanto às propriedades fisiológicas in vitro, todos os isolados apresentaram hidrofobicidade celular baixa e capacidade antagonista frente à bactérias patogênicas. A exposição a pH 2 diminuiu acentuadamente a sobrevivência dos isolados testados após 3 horas de exposição (contagens <2 log UFC/mL); em contrapartida, apresentaram boa tolerância à sais biliares (1%). Os 13 isolados foram identificados por sequenciamento de 16S-rRNA como sendo Pediococcus pentosaceus. Um dos isolados foi selecionado por meio da ACP para ser liofilizado juntamente com o fruto do mandacaru e armazenado sob refrigeração durante 90 dias. A sobrevivência de P. pentosaceus 57 liofilizado com o fruto do mandacaru durante o armazenamento foi avaliada a partir da contagem de células viáveis em placas e com base no estado fisiológico das células por meio de citometria de fluxo. Ao final do armazenamento, P. pentosaceus 57 apresentou altas contagens de células viáveis (9,69 ± 0,03 log UFC/mL) e mais de 50% de subpopulações celulares fisiologicamente ativas. Posteriormente, o fruto do mandacaru foi fermentado com P. pentosaceus 57 e as contagens de viáveis após 96 h de fermentação foram >7 log UFC/mL. Durante a fermentação houve diminuição do pH e sólidos solúveis totais, aumento da acidez titulável e aumento dos teores de flavonoides e fenólicos totais. Os perfis de compostos fenólicos, açúcares e ácidos orgânicos variaram durante a fermentação. Foi observada aumento da atividade antioxidante (DDPH) e antibacteriana in vitro ao longo da fermentação do fruto. Na análise de exposição às condições gastrointestinais simuladas foi observado ao final do processo de digestão in vitro contagens de células viáveis de Pd-57 e La-05 contidas no fruto não fermentado (tempo zero) ≥8 log UFC/mL, enquanto que após 72 h de fermentação submersa com Pd-57 e La-05 essas contagens foram <1 log UFC/mL. Na análise de RMN de 1H, mais de 20 compostos foram identificados no fruto do mandacaru e foram verificadas diferenças em vários sinais antes e depois do processo de fermentação. Até onde sabemos, este é o primeiro estudo com isolamento de BAL e fermentação utilizando o fruto do mandacaru. Os resultados indicam que o fruto do mandacaru é uma fonte potencial de BAL com aptidão a ser explorada para um possível uso probiótico, que a cepa P. pentosaceus 57 mostrou habilidade para sobreviver no próprio fruto do mandacaru liofilizado durante armazenamento refrigerado, que o fruto é um bom substrato para fermentação e que a cepa autóctone pode ser adequada para a produção de fermentados a base de fruto do mandacaru com propriedades antioxidantes e antibacteriana melhoradas
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2777487 - ESTEFANIA FERNANDES GARCIA
Interno - 2380741 - EVANDRO LEITE DE SOUZA
Presidente - 2475887 - MARIA ELIEIDY GOMES DE OLIVEIRA
Externo ao Programa - 1298430 - THATYANE MARIANO RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
Externo à Instituição - VANESSA BORDIN VIERA