PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (CT - PPGAU)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Banca de DEFESA: CAMILA RENATA DE FIGUEIROA QUEIROZ
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAMILA RENATA DE FIGUEIROA QUEIROZ
DATA: 16/12/2025
HORA: 15:30
LOCAL: Laboratório de Pesquisa Projeto e Memória (LPPM)
TÍTULO: O Bangalô em João Pessoa (1932 - 1963):
Expressão na Arquitetura, na Cidade e no Modo de Morar
PALAVRAS-CHAVES: Bangalô; provisão habitacional; Montepio; Institutos de Aposentadorias e Pensões.
PÁGINAS: 238
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: O bangalô, tipologia residencial popularizada nacionalmente na
primeira metade do século XX, desempenhou um papel
importante na transformação do cenário urbano de diversas
cidades brasileiras. Uma delas, a capital paraibana, vivenciou a
expansão de sua malha urbana enquanto o poder público
investiu em sucessivas intervenções contemplando a criação
de eixos viários, de novas áreas residenciais e a modernização
da cidade. Os melhoramentos urbanos foram acompanhados
por modificações na produção arquitetônica que,
paulatinamente, passou a refletir os anseios, sobretudo da
classe média-alta, de residir em vivendas salubres, higiênicas e
adaptadas às premissas da vida moderna. Foi nesse contexto
que o bangalô se popularizou no âmbito residencial da capital,
concentrando-se principalmente na área da expansão da urbe e
adjacências. Com planta simples e compacta, o bangalô
configurava-se como uma alternativa acessível e moderna de
moradia, caracterizada por elementos formais e ornamentais
que contribuíam para a construção de uma nova imagem
urbana. Com a implementação de políticas públicas de
habitação, a tipologia pôde ser utilizada como instrumento
factível de viabilizar a casa própria para diferentes classes
sociais. Na esfera estadual, entre as décadas de 1930 e 1940,
o Montepio dos Funcionários Públicos facilitou aos seus
segurados, o financiamento para aquisição de moradias,
fossem elas de padrão médio-alto ou mesmo populares,
adotando predominantemente a tipologia do bangalô. Já na
década de 1950 e início dos anos 1960, o bangalô aparece
como modelo recorrente entre as construções financiadas
individualmente ou sob forma de conjuntos pelos Institutos de
Aposentadorias e Pensões, vinculados à esfera federal. O
objetivo desta dissertação é registrar o protagonismo do
bangalô na paisagem urbana de João Pessoa, compreendendo
a relação entre a cidade que se expandia e se modernizava, a
arquitetura que estava sendo produzida e os distintos modos de
morar dela resultantes. Para tanto, o trabalho faz uma incursão
na trajetória da tipologia desde o seu surgimento até sua
difusão na capital paraibana, onde se estabelece uma relação
entre a expansão da urbe e sua ocupação com a presença do
bangalô, tanto pela iniciativa de particulares, como por meio do
financiamento do governo. Por fim, mediante a identificação e
mapeamento de exemplares ainda existentes da tipologia, se
procede uma análise panorâmica acerca dessa produção. Nela
é examinada uma amostra de quinze unidades residenciais
construídas mediante investimento particular e por meio de financiamento. A análise comparativa das aludidas categorias
parte de critérios pré-estabelecidos, resultando num quadrosíntese que aponta as convergências e divergências constantes
no repertório sob análise. Apesar da sua importância na
formação do panorama residencial da capital paraibana de
meados do século XX, o bangalô não é oficialmente
reconhecido como patrimônio de interesse, ficando susceptível
de intervenções que não apenas o descaracterizam, mas
provocam o seu desaparecimento. A importância deste trabalho
reside na premência não só de se aprofundar o estudo sobre o
bangalô, enquanto ainda é possível o seu registro na paisagem
da cidade, mas de atribuir o protagonismo que lhe é devido
dentro da perspectiva urbana, arquitetônica e social da época.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente(a) - 335061 - IVAN CAVALCANTI FILHO
Interno(a) - 338233 - MARIA BERTHILDE DE BARROS LIMA E MOURA FILHA
Interno(a) - 2334173 - WYLNNA CARLOS LIMA VIDAL
Externo(a) à Instituição - MARIA HELENA DE ANDRADE AZEVEDO