PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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[11] Egressos

[De como o Programa adota uma política de aproximação e tem um desenho de política sistemática de interação com os egressos.]

 

No âmbito institucional, o Laboratório de Economia e Modelagem Aplicada (LEMA) em parceria com as Pró-reitorias de Pós-Graduação (PRPG), Planejamento (PROPLAN), Administração (PRA) e a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da UFPB, tem em curso a construção de um sistema de monitoramento e avaliação contínua do impacto representado pelos egressos da UFPB nas dimensões: I. MERCADO DE TRABALHO; II. EMPREENDEDORISMO; III. MIGRAÇÃO; IV. CIÊNCIA & TECNOLOGIA V. PROGRAMAS DE ASSISTÊNCIA E PREVIDÊNCIA SOCIAL.

Aportará, desta maneira, informações sobre empregabilidade, rendimento salarial, rotatividade das ocupações, distorções de acesso no mercado de trabalho, regionalização do fluxo de ocupações, empreendedorismo, participação e dependência em programas sociais e previdenciários do governo, produção científica e tecnológica, rede de colaboração de pesquisa (nacional e internacional) e inserção em programas de pós-graduação.

Ainda conforme o projeto, estas dimensões serão incorporadas de forma modular, conforme a disponibilidade dos dados oficiais obtidos a partir de convênios a serem firmados com órgãos do Ministério da Educação, Ministério da Economia, Ministério da Cidadania e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.

 

Dentre os objetivos deste sistema, destacam-se, pelo interesse específico que representam para o seguimento dos egressos do nosso programa:

Identificar a taxa de empregabilidade e de empreendedorismo dos egressos por curso [Mestrado e Doutorado], ano de entrada, ano de conclusão, participação em políticas afirmativas, bolsas de pesquisa, CRA;

Elaborar a tipologia ocupacional e estatísticas de overeducation e mismatching formação-ocupação (distorção de acesso);

Pontuar as principais atividades econômicas de atuação dos egressos;

Desenvolver estatísticas salariais e de velocidade de inserção no mercado de trabalho;

Analisar a migração dos egressos ocupados intra e inter-regionalmente, estratificando os resultados por atributos como CRA dos alunos e local de destino; Estimar o grau de dependência do programa e benefícios sociais do governo por parte dos egressos da instituição;

Verificar os impactos de políticas afirmativas sobre a inserção ocupacional;

Estimar a inserção de egressos do programa em instituições de ensino superior no país e no exterior;

Dimensionar a produção científica dos egressos, entre outros.

 

Além de um instrumento para a realização do acompanhamento de seus egressos, o sistema permitirá maior transparência e visibilidade do serviço prestado pela instituição e pelo programa em particular, auxiliando o seu processo de autoavaliação sem descuidar do sigilo e proteção quanto a identidade dos egressos. Enquanto trabalha para contar com este sistema de acompanhamento de egressos que também permita a elaboração de um ATLAS, o PPGAU UFPB tem procurado estabelecer mecanismos de acompanhamento do seu quadro de egressos, com o objetivo geral de referenciar sua autoavaliação e, especificamente:

[1] procurar promover uma formação continuada dos egressos;

[2] recolher referências para a implementação de medidas internas que permitam uma oferta mais assertiva no âmbito de sua política de seleção de candidatos e oferta de vagas;

[3] referenciar uma oferta mais assertiva no âmbito de sua política de ensino, pesquisa e extensão;

[4] verificar a capacidade de inserção dos egressos nos campos específicos para os quais receberam formação;

[5] entender a relação entre a produção teórica das teses e dissertações elaboradas e as ocupações pós-curso; e

[6] utilizar o impacto social da atuação dos seus egressos como uma forma de verificar o cumprimento dos interesses da universidade pública com a sociedade.

 

Neste sentido, o programa tem realizando um esforço de aproximação, com os egressos, que permite atender estes objetivos, no âmbito do panorama da avaliação quadrienal da CAPES 2017-2020.

Durante o quadriênio, notadamente em 2019 e 2020, o programa incrementou esforços no sentido de lograr esses objetivos, estabelecendo contatos diretos com cerca de 50% do total de seus egressos do curso de Mestrado Acadêmico e Doutorado. Destes contatos, foram adquiridos alguns dos dados que serviram de base para o programa de autoavaliação do PPGAU UFPB e constituirão parte do ATLAS PPGAU UFPB:

PERFIL DO EGRESSO [1] – DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

A grande maioria dos egressos, ou seja 88%, residem na região Nordeste do Brasil. Destes, quase a metade [45%] reside na própria cidade sede do Programa. Se por um lado parece positiva a presença de egressos em outros estados da região Nordeste, principalmente nas cidades de interior [não capitais], chama atenção a pouca incidência de egressos no interior do próprio estado sede do Programa. Estes dados, no entanto, são parciais. A própria dificuldade de contacto com egressos que estejam residindo no interior do estado da Paraíba pode ser um indicativo para esta possível distorção. Quanto aos demais, podemos verificar que 11% dos egressos já consultados residem fora da Região Nordeste do Brasil.

PERFIL DO EGRESSO [2] – FAIXA ETÁRIA

O perfil dos Mestres em Arquitetura e Urbanismo egressos do PPGAU UFPB encontra-se majoritariamente com idade entre 26 e 35 anos: na recente enquete, foi possível verificar que 63% possuem entre 26 e 30 anos, enquanto quase 15% situam-se entre 31 e 35 anos.

PERFIL DO EGRESSO [3] – ATIVIDADES PROFISSIONAIS

Dentre as atividades exercidas por eles destacam-se, por ordem de maiores incidências: [1] a docência em instituições de ensino superior privadas e públicas; [2] a atuação junto a órgãos públicos municipais, estaduais e federais; e [3].a prática profissional em arquitetura e urbanismo, como profissionais liberais.

 

No caso da [1] docência, é possível perceber o importante papel que o programa vem exercendo na formação de docentes dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Design e Engenharia no Estado da Paraíba, mas também na região Nordeste. Por volta de 63% dos egressos do PPGAU/UFPB atualmente exercem a docência. Dentre as instituições às quais esses profissionais hoje estão vinculados, podem ser citadas algumas faculdades privadas situadas em diferentes cidades da Paraíba, tais como as Faculdades Integradas de Patos, em Patos e Santa Maria em Cajazeiras, ambas no Sertão Paraibano e as Faculdades de Ciências Sociais Aplicadas – FACISA, em Campina Grande no centro do Estado. Há um grupo significativo atuando nos Institutos Federais de Educação e Tecnologia da Paraíba (João Pessoa, Patos, Cajazeiras) e um egresso no IFS, em Sergipe. Chama também a atenção o fato de parte dos mestres egressos terem participado da elaboração de novos cursos, elaborando a matriz curricular, os projetos pedagógicos, etc. de cursos de Design e de Arquitetura e Urbanismo recentemente abertos, dentro e fora do Estado: FIP - Faculdade Internacional da Paraíba - FPB, João Pessoa/PB; Faculdade Paraíso, Juazeiro do Norte/CE; IESP-FATEC-PB em João Pessoa/PB; e FIP em Patos/PB. Especificamente em relação aos egressos do Doutorado do PPGAU/UFPB, cujas primeiras titulações se realizaram em 2018, todos exercem a docência em diversas instituições dentro e fora do estado: Universidade Federal de Goiás - UFG; Unipê [João Pessoa]; Universidade Federal de Campina Grande - UFCG; Instituto Federal de Educação e Tecnologia da Paraíba IFET; Faculdades Integradas de Patos, Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento, e na própria Universidade Federal da Paraíba UFPB.

 

Na [2] atuação em órgãos públicos, estima-se que 37% dos egressos igressam neste setor, tendo como destinos principais a Companhia Estadual de Habitação Popular e a Secretaria de Planejamento do Governo do Estado da Paraíba, a Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP, autarquia da Prefeitura de Belo Horizonte.

 

No caso da [3] atuação como profissionais liberais, estima-se que 30% dos egressos mantém escritório próprio onde elaboram projetos arquitetônicos e urbanísticos. Para este grupo, segundo consulta por e-mail, o título de mestre e o tempo dedicado à pesquisa significou um incremento qualitativo da prática projetual nos seus escritórios, na medida em que a reflexão teórico-metodológica passou a ocupar um espaço privilegiado. [obs: a quantidade de egressos no quadriênio 2017-2020, apesar do impacto da Pandemia de Covid19, equivale a 43% do total de egressos do programa, atingindo um quantitativo próximo a soma dos quadriênios anteriores [2008-2011 e 2012-2016].

 

[De como se exemplifica o impacto da formação do programa, através de 5 egressos com destinos, atuações e impactos claramente relacionados ao perfil do programa (objetivos e linhas de pesquisa)]

 

[1] PAULA DIEB MARTINS: Realizou o mestrado e o doutorado no PPGAU UFPB. O mestrado defendeu em 2014 e o doutorado em 2019. A sua tese articula temas e pressupostos teóricos-metodológicos transdisciplinares; apresentando avanço teórico e metodológico, seja no que diz respeito ao tratamento da problemática fundiária urbana, seja no que se refere à expansão urbana. Ao término do doutorado foi aprovada em concurso público no Instituto Federal da Paraíba. A sua tese foi classificada dentre as 6 melhores pela ANPARQ. Durante a sua formação publicou capítulos de livros, artigos e trabalhos completos em eventos nacionais e internacionais. Concretizou a parceria com o Grupo de Estudos Urbanos, integrando as Redes de Pesquisa: Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias - ReCiMe; Observatório das Metrópoles. Também já atuou como professora de Arquiteutra e Urbanismo no Centro Universitário UNIpê e como arquiteta na Prefeitura Municipal de João Pessoa.

[2] DEMÓSTENES ANDRADE DE MORAES: Realizou o doutorado no PPGAU UFPB. Em perfeita aderência com os objetivos do programa, sua tese apresenta relevância acadêmica e social, por tratar de tema de extrema importância para a política urbana e o planejamento urbano, as Zonas Especiais de Interesse Social. A sua tese articula temas e pressupostos teóricos-metodológicos transdisciplinares; apresenta avanço teórico associado à prática diretamente associada ao grave problema de habitação no Brasil, contribuindo, pois, para a resolução dos problemas e melhor atuação de pesquisadores de forma coletiva com os movimentos sociais e ainda com o planejamento urbano. Demóstenes Moraes é professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Campina Grande e pesquisador do Observatório das Metrópoles, assumindo a coordenação do Núcleo Paraíba. Desde a realização do doutorado tem atuado em projetos de extensão em parceria com o Grupo de Estudos Urbanos e a Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias. Atualmente é Pesquisador credenciado do PPGAU UFPB, onde está colaborando em disciplina conjuntamente com a ex-orientadora, tendo ministrado um tópico especial com a mesma parceria no Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFPE.

[3] WYLNNA CARLOS LIMA VIDAL: Realizou o doutorado no PPGAU-UFPB. Sua tese é um encontro entre História, Morfologia e Teoria, orientada por um colaborador Internacional. Sua tese representa um produto claro do desenho inicial da LINHA DE PESQUISA PROJETO DO EDIFÍCIO E DA CIDADE – LP2 e, em vários aspectos, é um resultado que reflete inteiramente o desenho do programa e da linha. Sua tese apresenta ampla bibliografia, levantamento de dados, articulação com teoria e análise multifacetada. Tema de interesse internacional com excelente diálogo com referências e com grande contribuição teórica avançando na teoria e crítica do projeto. Wylnna atualmente é Professora Adjunta do Departamento de Arquitetura da UFPB e recentemente foi credenciada como Professora Colaboradora do PPGAU UFPB, LINHA DE PESQUISA PROJETO DO EDIFÍCIO E DA CIDADE – LP2 , no âmbito de um processo de credenciamento aberto em 2019, pelo programa.

[4] GUILHERME NÓBREGA DE CASTRO: É graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPB (2009) e mestre pelo Programa PPGAU UFPB (2013), com bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Seu trabalho de dissertação tratou do uso da luz natural nos edifícios multifamiliares, na Linha de Pesquisa 3 - Qualidade do Ambiente Construído, orientado pela Profa. Solange Leder. Durante o mestrado teve participação e acompanhamento das obras nos projetos arquitetônicos urbanos do Parque Casa da Pólvora e da Praça Rico Branco, da Prefeitura Municipal de João Pessoa. Também teve participação no Programa de Educação Patrimonial "João Pessoa, Minha Cidade", através de aulas de campo no Centro Histórico com alunos e professores da rede municipal de ensino, atuando ainda na elaboração de processos de tombamento. Após a conclusão do mestrado, ingressou como professor na Faculdades Integradas de Patos – FIP, onde foi Coordenador do Laboratório de Conforto Humano, realizando pesquisa em Qualidade Ambiental da Arquitetura [mesma linha de pesquisa na qual fez seu mestrado no programa]. Também ministrou disciplinas vinculadas a LP3 do programa, como Conforto Ambiental I e Conforto Ambiental II. Atualmente é arquiteto na Superintendência de Desenvolvimento da Capital (SUDECAP), Belo Horizonte (MG), onde ingressou em 2014 através de concurso para servidor público do estado de Minas Gerais. Ainda em 2015, mantendo vínculos de egresso com o programa e, notadamente, com sua orientadora, foi coautor da obra: CASTRO, GUILHERME NÓBREGA DE; LEDER, SOLANGE MARIA; SILVA, LUIZ BUENO DA ; SOUZA, ERIVALDO LOPES DE. “Componentes de condução da luz natural em edifícios multifamiliares: análise de um código de obras.” Ambiente Construído (Online), v. 15, p. 25-44, 2015. Durante e após o mestrado apresentou de forma regular, em coautorias, trabalhos em eventos vinculados com sua linha de pesquisa como: “Componentes de condução da luz natural em edifícios residenciais”. In: Encontro Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, 2014; ”Autonomia da luz natural em um recorte urbano em João Pessoa, PB. In: XII Encontro Nacional e VIII Encontro Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, 2013; “Adequação da arquitetura ao clima: Estudo de caso em João Pessoa – PB” In: XI Encontro Nacional e VII Encontro Latino Americano de Conforto no Ambiente Construído, 2011; “Evolução e processo de degradação da área central de João Pessoa/PB.” In: I Seminário Internacional Urbicentros: Morte a Vida dos Centros Urbanos, 2010.

[5] PAULA AUGUSTA ISMAEL COSTA: Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFPB (2010), com intercâmbio acadêmico no departamento de Arquitectura do Instituto Universitário de Lisboa (2009-2010), realizou especialização em Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística pela Universidade de Brasília (2014) e mestrado no PPGAU UFPB com a dissertação titulada “Nas Trincheiras do Urbano - Conflitos e Estratégias na Degradação da Rua das Trincheiras” (2019), orientada pela Profa. Doralice Sátyro Maia, na LINHA DE PESQUISA PRODUÇÃO E APROPRIAÇÃO DO EDIFÍCIO E DA CIDADE – LP1, com bolsa de estudos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES. Tem experiencia de trabalho no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba - IPHAEP. Participa de Projeto de Pesquisa em parceria com a ex-orientadora e grupo de Pesquisa - Grupo de Estudos Urbanos que trata do patrimônio ferroviário. Organizou livro junto com a ex-orientadora e a Professora Nirvana Lígia A. Sá do IESP-PB. A sua pesquisa contribui de forma efetiva para a problemática dos "vazios urbanos" e patrimônio. Portanto, a sua relevância está para além de acadêmica. Entre 2007 e 2009 foi pesquisadora do Grupo de Pesquisa do PPGAU UFPB “Projeto e Memória” (CNPQ), vinculado ao programa, através dos projetos "Registros de Arquitetura e Urbanismo em João Pessoa - 1950 a 1970" e “Memória.JoãoPessoa.Br - Informatizando a história do nosso patrimônio”. De 2011 a 2015 trabalhou no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba como chefe da Divisão de Projetos de Proteção e Revitalização e como Coordenadora Adjunta da Comissão do Centro Histórico de João Pessoa. Lecionou no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de João Pessoa, UNIPÊ (2014 a 2015), em disciplinas vinculadas a LP1 [Restauração e Revitalização I, Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo III] e ao grupo de pesquisa em que estava vinculada no programa [GEUrb ", coordenado pela prof. Doralice Sátyro Maia]. Foi também a 1ª Secretária do Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento da Paraíba, gestão 2014-2016 e ainda conselheira suplente no Conselho de Proteção dos Bens Históricos-Culturais (CONPEC/IPHAEP), do Estado da Paraíba. Teve co-autoria em elaboração de projeto de intervenção arquitetônica no antigo Cine-Teatro São José, em Campina Grande/PB, projeto com assessoria técnica da Cinemateca Brasileira e da Funarte. Atualmente presta serviços técnicos especializados na Coordenação de Arquitetura e Ecologia, Divisão de Projetos de Proteção e Revitalização, do IPHAEP. Apresentando, portanto, forte vinculação com os objetivos do programa e com sua linha de pesquisa LP1.