PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: MARIA HELOÍSA ALVES DE OLIVEIRA
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA HELOÍSA ALVES DE OLIVEIRA
DATA: 31/07/2024
HORA: 14:30
LOCAL: https://meet.google.com/hmy-xcfm-dqb?authuser=0&hl=pt_BR
TÍTULO: O Ethos de uma Escola: a formação do arquiteto no Recife de 1932 a 1974
PALAVRAS-CHAVES: Escola do Recife; Formação do Arquiteto;
Ethos
PÁGINAS: 376
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Arquitetura e Urbanismo
RESUMO: A historiografia da arquitetura brasileira, há quase 80 anos,
destaca a arquitetura moderna desenvolvida no Recife,
evidenciando o papel do curso de Arquitetura criado em 1932
na Escola de Belas Artes de Pernambuco na formação de
gerações de arquitetos. Essa produção modernista
pernambucana é frequentemente referida como Escola do
Recife; porém, há debates na literatura sobre o termo e seu
significado. A presente tese reflete sobre a existência de uma
escola de arquitetura autônoma em Pernambuco. Questionase se seria apenas uma denominação historiográfica ou um
conjunto de fundamentos compartilhados entre docentes e
discentes no ambiente acadêmico e aplicados na prática
profissional e se tais fundamentos podem constituir uma escola.
A investigação se volta ao curso, aos agentes envolvidos
gestores, docentes, discentes etc. e aos métodos de ensino
predominantes, partindo do pressuposto de que é no curso de
arquitetura que se dá a produção e reprodução de ideias. Como
chave teórico-metodológica, aproximamo-nos da ideia de
Ethos, entendida como um conjunto de traços e modos de
comportamento que conforma a identidade de uma
coletividade. Assim, estudamos o ethos do curso de Arquitetura
do Recife. Além disso, realizamos uma pesquisa documental no
acervo institucional do curso, disponibilizado pelo Memorial
Denis Bernardes-UFPE, além de entrevistas com 18 egressos
do curso, interpretadas através da Análise do Conteúdo. Os
resultados permitiram identificar os elementos caracterizadores
do ethos da Escola do Recife em quatro categorias. No ethos
do ensino, o curso do Recife combinava os padrões do Ministério da Educação com o ideário da arquitetura moderna,
tendo a preocupação com o conforto ambiental como um dos
principais pontos transmitidos. Já o ethos social, analisado por
meio dos perfis dos sujeitos envolvidos, mostrou que muitos
atuaram em níveis local, regional e nacional. No ethos cultural,
observou-se que Pernambuco apresentava um contexto
favorável à educação, arquitetura e artes, facilitando a
instalação da instituição. Quanto ao ethos do lugar,
identificamos o papel importante dos edifícios ocupados pelo
curso na conformação da identidade do grupo. Inicialmente
situado na Rua Benfica, o curso tinha um corpo escolar
pequeno, gerando uma atmosfera de ensino fértil à formação
da escola. Na década de 1950, a formação da Faculdade e a
mudança para a Sede do Seminário de Olinda, e
posteriormente para a sede própria na Avenida Conde da Boa
Vista, se assiste um amadurecimento do corpo escolar. Na
década de 1970, com a reforma universitária de 1969, e com a
formação do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e a
mudança para a Cidade Universitária em 1974, observou-se
uma mudança no ethos constitutivo, culminando na extinção da
Faculdade nesse mesmo ano. A abordagem de compreensão
do Ethos desse grupo, nas suas quatro dimensões, nos leva a
um reposicionamento do debate acerca de seu entendimento
como uma escola de fato. Acreditamos que a partir deles o
termo escola pode ser sim utilizado, pois, a Escola do Recife,
se tratou de um grupo cujo processo de transmissão de
conhecimento ocorre entre mestres e epígonos, ou seja, entre
arquitetos, artistas e engenheiros que graduaram uma primeira
geração de arquitetos, que depois passam a compor o corpo
docente da escola, retroalimentando esse ambiente de ensino,
ambiente esse isolado que contribuiu na construção de uma
identidade coesa. Além disso, o conteúdo discutido por esse
grupo, sobretudo acerca de uma prática de uma arquitetura
moderna ajustada ao lugar, acabou por alterar - como estudos
já demonstraram - o ambiente construído no qual o grupo
atuou.
MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDJA BEZERRA FARIA TRIGUEIRO
Externo à Instituição - GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
Presidente - 330.815.654-72 - LUIZ MANUEL DO EIRADO AMORIM - UFPE
Interno - 259.205.338-70 - MARCIO COTRIM CUNHA - UFBA
Externo à Instituição - NIVALDO VIEIRA DE ANDRADE JUNIOR
Interno - 2334173 - WYLNNA CARLOS LIMA VIDAL