PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA (PPGH)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

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Banca de DEFESA: PAULA CAROLINA FIRMINO DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULA CAROLINA FIRMINO DE LIMA
DATA: 30/07/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Plataforma virtual
TÍTULO: VIGIAR, INFORMAR E REPRIMIR: A MIRA DO SERVIÇO NACIONAL DE INFORMAÇÕES (SNI) SOBRE A CULTURA PARAIBANA (1964-1985)
PALAVRAS-CHAVES: Ditadura Militar; Paraíba; SNI; Vigilância; Cultura.
PÁGINAS: 164
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO: Este trabalho examina a vigilância exercida pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) sobre o campo artístico-cultural na Paraíba durante a ditadura militar (1964–1985), considerando a relevância que a arena cultural adquiriu à época como espaço de expressão e atuação política das esquerdas oposicionistas. A pesquisa baseia-se na análise de documentos do Fundo SNI, disponíveis no Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN). Por serem registros produzidos por órgãos de repressão em contextos autoritários, esses documentos são classificados como “sensíveis” (Bauer & Gertz, 2015) e apresentam desafios metodológicos, pois foram elaborados sob uma ótica tendenciosa, marcada por omissões e distorções. O corpus abrange eventos culturais realizados na Paraíba, atividades de artistas de outros estados em circulação no território paraibano e trajetórias de artistas locais com projeção nacional, contemplando as linguagens do cinema, teatro, música e artes plásticas, por meio da análise de dossiês que evidenciam formas de vigilância direta ou indireta sobre essas expressões. Complementarmente, no segundo capítulo, a pesquisa incorpora a análise da cobertura cultural do jornal A União, órgão oficial do governo estadual, para compreender como o discurso oficial articulava censura, incentivo e controle cultural no âmbito local, elemento fundamental para a reconstituição do cenário cultural paraibano diante da escassez de estudos sobre o tema no período analisado. O trabalho está ancorado na Nova História Política, mobilizando o conceito de cultura política para pensar a acomodação como traço característico da cultura política brasileira (Motta, 2018). Essa noção é aplicada para entender a incorporação tácita de artistas e intelectuais de esquerda aos quadros do governo de direita, por meio de acomodações que preservavam a ordem e evitavam confrontos. A noção de cultura política também se revela fundamental para abordar o imaginário anticomunista, uma vez que o imaginário integra a ideia de representação, elemento constitutivo do próprio conceito. Além disso, recorre-se às formulações de Raoul Girardet (1987), especialmente às noções de “mitologia do complô” e “mito do Salvador”, com o intuito de compreender como determinadas narrativas orientaram a ação repressiva. Este trabalho está vinculado à área de concentração História e Cultura Histórica e à linha de pesquisa História e Regionalidades.
MEMBROS DA BANCA:
Interno - 338296 - MONIQUE GUIMARAES CITTADINO
Presidente - 2126061 - PAULO GIOVANI ANTONINO NUNES
Externo à Instituição - TATYANA DE AMARAL MAIA