Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HUGO TAKESHI HATAKEYAMA
DATA: 28/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: virtual
TÍTULO: Entre subordinação e autonomia: exploração madeireira e política florestal emPernambuco e Paraíba no século XVIII (1755-1799)
PALAVRAS-CHAVES: Paraíba Colonial; História Ambiental; Exploração Madeireira; PolíticaFlorestal; Desenvolvimento Desigual e Combinado
PÁGINAS: 225
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
SUBÁREA: História do Brasil
ESPECIALIDADE: História do Brasil Colônia
RESUMO: Esta pesquisa é um esforço para compreender a exploração madeireira no período colonialtardio da capitania da Paraíba, entre os anos de 1755 e 1799. Na segunda metade do séculoXVIII, o governo dos capitães-mores da capitania da Paraíba foi subordinado ao governo doscapitães-generais de Pernambuco, como consequência da falência da Provedoria da RealFazenda, instituição responsável por garantir as necessidades financeiras da colonização. Aomesmo tempo desse acontecimento político, a Coroa de Portugal iniciou várias mudanças desua percepção da natureza – a reforma da Universidade de Coimbra em 1772 e as viagensfilosóficas iniciadas com Alexandre Rodrigues Ferreira entre 1783 e 1792, por exemplo –, eessa situação transformou os recursos naturais em matéria política no Brasil. Algunshistoriadores, como Morton, Henrique Dias, Diogo Cabral e Shawn Miller, argumentam que adécada de 1780 foi marcada pela crescente demanda da Secretaria de Estado da Marinha eUltramar por madeiras brasileiras utilizadas na construção de navios de guerra. Na Paraíba, aintervenção da Coroa, projetando seu poder político sobre a floresta e conduzindo a produçãode madeira para a construção naval, foi intensificada com a nomeação de Antônio Manoel Pratacomo administrador das Cortes de Reais, em 1788. No entanto, a administração de AntônioManoel Prata criou um conflito político entre o administrador e o general de Pernambuco daépoca, Dom Tomás José de Melo. Apesar dos problemas políticos, a exploração madeireira noBrasil foi objeto de diversos desgastes na ordem econômica e social, como os conflitos entrepovos indígenas que utilizavam a terra como fazenda para subsistência e latifundiários maisinteressados na agropecuária exportadora. Assim, quando a Coroa portuguesa propôs uma açãopolítica sobre a exploração madeireira na Paraíba, o conflito entre a administração dos ReaisCortes e o governo de Pernambuco criou uma oportunidade para que outros grupos disputassemos usos da terra e dos recursos naturais. Este processo é entendido aqui como umdesenvolvimento desigual e combinado entre o setor mercantil recifense e os senhores de terrado litoral da Paraíba.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 957.466.410-49 - TIAGO LUÍS GIL - UnB
Interno - 2301270 - SERIOJA RODRIGUES CORDEIRO MARIANO
Externo à Instituição - DIOGO DE CARVALHO CABRAL