PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPGAU)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Telefone/Ramal
3216-7913

Notícias


Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIEL LINCOLN LOPES CARVALHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIEL LINCOLN LOPES CARVALHO
DATA: 13/12/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: Trilhando o abandono: Diagnóstico das interfaces ferroviário-urbanas nos espaços da Estação Nova de Campina Grande-PB
PALAVRAS-CHAVES: Patrimônio ferroviário; abandono; diagnóstico urbano; interfaces
PÁGINAS: 165
RESUMO: Os trens tiveram papel estruturador em muitas cidades brasileiras, representou inovação tecnológica com seu surgimento e ascensão a partir do século XIX. A cidade de Campina Grande-PB por sua localização geográfica estratégica e alto potencial de comercialização de algodão, gado e cereais, foi contemplada com sua primeira estação ferroviária, a Great Western Brazil Railway em 1907, a “Estação Velha”, proporcionando impacto em sua extensão territorial e maior destaque no setor econômico, além das transformações socioculturais. Para comemorar o cinquentenário da chegada do trem a cidade e atender as demandas do setor ferroviário, Campina Grande em 1957 inicia a construção da sua segunda estação ferroviária, a “Estação Nova”, da Rede Ferroviária do Nordeste, que contava com prédios, galpões de apoio e uma maior área de manobra. Após o apogeu ferroviário, houve uma somatória de processos e contextos negativos para as ferrovias que influenciaram num gradativo desuso até a desativação dos transportes de passageiros entre as décadas de 1940-1990. Uma das heranças deixadas pelas linhas ferroviárias foram as estações, uma nova tipologia arquitetônica não vista antes. Após a decadência e incúria do transporte, consequentemente influenciou num progressivo desuso e abandono das estações em várias cidades brasileiras, e todos os componentes remanescentes do modal foram denominados como patrimônio ferroviário. Seguindo o que ocorria no cenário nacional, Campina Grande desativou o transporte de passageiros na década de 1980; a Estação Velha foi tombada pela IPHAEP e hoje é utilizada como Museu do Algodão e tem sua estrutura física mantida, por outro lado, a Estação Nova não foi valorizada como patrimônio; foi esquecida pelo poder público e órgãos patrimoniais, sendo vítima do abandono material e de sentido, resultando em seu pátio ferroviário e prédios em estado de ruínas e deterioração, servindo atualmente como cenário de patologias sociais, teve também suas esquadrias surripiadas, prédios destelhados, acúmulo de lixos residuais, depredada e esquecida. O objetivo principal deste trabalho foi gerar um diagnóstico das interfaces ferroviário-urbanas nos espaços da Estação Nova, buscando analisar a degradação urbana, os porquês do abandono e os aspectos que favorecem/contribuem nos diferentes tipos de abandono. Foi utilizado o método hipotético-dedutivo, aliado a cartografia e análise documental para compor o retrato dinâmico do diagnóstico.
MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1358547 - CELSO AUGUSTO GUIMARAES SANTOS
Externo à Instituição - CÉSAR RENATO CANOVA
Externo ao Programa - 338351 - EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
Presidente - 338146 - JOSE AUGUSTO RIBEIRO DA SILVEIRA