Banca de QUALIFICAÇÃO: PALLOMA CHRISTINE QUEIROGA GOMES DA COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PALLOMA CHRISTINE QUEIROGA GOMES DA COSTA
DATA: 27/05/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Laboratório de psicofarmacologia - IPFARM
TÍTULO: POTENCIAL BIOATIVO DOS EXTRATOS DE Eugenia luschnathiana (PITOMBA-DA-BAHIA): PERFIL FITOQUÍMICO, ATIVIDADE ANTIFÚNGICA E AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE
PALAVRAS-CHAVES: Candidíase; Antifúngicos; Óleo essencial; Extrato vegetal; Compostos fitoquímicos
PÁGINAS: 50
RESUMO: Introdução: As opções terapêuticas disponíveis para o manejo de pacientes com infecções fúngicas possuem limitações relacionadas a efeitos adversos e à emergência de patógenos resistentes. Populações mais vulneráveis, como indivíduos hospitalizados ou imunossuprimidos, são as mais afetadas por essas infecções. O avanço no desenvolvimento de novos medicamentos eficazes e com menor toxicidade ao hospedeiro são cruciais para o tratamento de infecções fúngicas. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o perfil fitoquímico, a atividade antifúngica do óleo essencial e extrato etanólico bruto (EEB) obtidos de Eugenia luschnathiana e realizar a caracterização toxicológica. Metodologia: Determinação do perfil fitoquímico a partir do uso de Cromatografia Gasosa Acoplada ao Espectrofotômetro de Massas (CG-EM) e Ressonância Magnética Nuclear (RMN) de 1H; determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) e da Concentração Fungicida Mínima (CFM) sobre cepas referência e isoladas clínicas de Candida de pacientes sob tratamento oncológico; avaliação dos potenciais mecanismos de ação; avaliação da atividade sobre biofilme fúngico; avaliação do efeito citotóxico sobre queratinócitos humanos da linhagem HaCat pelo método MTT; determinação da letalidade para larvas de Artemia salina. Resultados: Os compostos predominantes no óleo essencial, identificados por CG-EM, pertencem à classe dos sesquiterpenos, sendo (E)-Caryophyllene o composto majoritário. No extrato etanólico bruto, o espectro de RMN de 1H identificou compostos alifáticos, osídos e aromáticos. A partir dos ensaios realizados, o OE não apresentou atividade antifúngica. O EEB mostrou atividade fungicida, com CIM e CFM variando de 1,95 µg/mL a 3,90 µg/mL para cepas testadas. Na presença de ergosterol exógeno esses valores permaneceram estáveis. Por outro lado, na presença de sorbitol, houve um aumento da CIM, indicando possível mecanismo de ação nas estruturas da parede celular fúngica. Em baixa concentração (19.5 µg/mL), o EEB inibiu 62.78% do biofilme de Candida albicans. A CL50 do EEB para A. salina foi de 142,4 µg/mL. Conclusões: Apesar do OE de E. luschnathiana não apresentar atividade sobre as cepas testadas, o EEB possui atividade antifúngica muito forte, com ação provável sobre parede celular, efeito sobre biofilme e perfil de toxicidade compatível para realização de outras investigações. Os dados obtidos com o presente estudo podem fomentar o desenvolvimento de novos medicamentos antifúngicos no tratamento da candidíase com possíveis novos mecanismos de ação, ampliando o atual arsenal de antifúngicos
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1335891 - FELIPE QUEIROGA SARMENTO GUERRA
Externo à Instituição - DIEGO ROMÁRIO DA SILVA
Externo à Instituição - LIVIA ARAUJO ALVES