PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA (PPGO)
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
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Notícias
Banca de DEFESA: ISABELLA PONTES DE MEDEIROS
Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ISABELLA PONTES DE MEDEIROS
DATA: 28/01/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Uso de recursos à distância
TÍTULO: Tempo de viabilidade da saliva humana em meio externo para fins de
extração e quantificação de DNA
PALAVRAS-CHAVES: Saliva; DNA; Antropologia Forense; Odontologia Legal; Genética
Forense
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Odontologia
RESUMO: A análise do material genético desempenha um papel crucial nas
investigações forenses, especialmente na identificação humana. A saliva tem se
destacado como uma alternativa viável e promissora. Nesse sentido, está
dissertação foi organizada em capítulos que se referem a artigos elaborados
durante o curso de mestrado. O primeiro capítulo apresenta, por meio de um artigo
de revisão de escopo publicado na Revista Brasileira de Odontologia Legal (RBOL),
o estado da arte da temática. Com o objetivo de mapear o tempo de viabilidade da
saliva humana em meio externo para fins de extração e quantificação de DNA, a
revisão foi desenvolvida seguindo o protocolo do Joanna Briggs Institute e,
previamente registrada na plataforma do Open Sceince Framework (doi: 10.17605/OSF.IO/PN9ET), com buscas realizadas nas seguintes bases: Pubmed,
Web of Science, Scopus, LILACS, Cochrane e Google Scholar, sem restrições
sobre período de publicação ou idioma. Após a screening inicial dos 283 estudos
identificados, seguida de leitura na íntegra para confirmação dos critérios de
elegiblidade, foram inclusos 6 estudos na revisão. Bitucas de cigarro, próteses
dentárias, pastilhas de compressão dentária, cavidade oral e cartões de FTA foram
os substratos descritos como fonte de saliva coletada. A viabilidade do DNA foi
verificada em tempos que variaram de 1 dia a 11 anos. Verificou-se que
o protocolo de coleta e armazenamento das amostras é um fator que pode
influenciar a quantidade e qualidade do material examinado, todavia, observou-se
DNA viável em análise realizada uma década após a coleta da saliva e esse foi o
tempo máximo de acompanhamento relatado nos estudos. No segundo capítulo, é
apresentado um artigo de pesquisa laboratorial, que investigou o tempo de
viabilidade do DNA extraído da saliva humana quando exposta a ambiente externo,
com o objetivo de avaliar seu potencial para identificação humana. O estudo contou
com a participação de 10 voluntários adultos e saudáveis. Os participantes
mascaram um sialagogo durante 3 minutos e, em seguida, expeliram suas salivas
em tubos Falcon estéreis. As amostras foram expostas ao ambiente e analisadas
em cinco períodos distintos: 0, 7, 15, 30 e 60 dias. Posteriormente, respeitando o
tempo de análise de cada grupo, as amostras de saliva foram imersas em 800 µL
de TRlzol Reagent, uma solução empregada para a extração de DNA. Em
seguida, foram centrifugadas, e criopreservadas a -20°C. Na fase seguinte, após a
extração de fases, as substâncias amostrais em fase aquosa, que contém
moléculas de DNA, foram recuperadas e transferidas para novos microtubos, sendo
agregado com álcool para precipitar as moléculas de DNA após nova centrifugação.
Aos tubos contendo amostras sem solução visível, foram adicionados 50 µL de água
ultrapura, e depois 8 µL de cada amostra foram retirados e acrescentados com 10
µL de mastermix e 2 µL de primer B-actin gene. A seguir, a quantidade do material
genético foi avaliada utilizando um termociclador para verificar a emissão de
fluorescência, PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real. Após a
coleta do resultado relativo, os dados foram analisados estatisticamente no software Jamovi (versão 2.3.21), adotando nível de significância de 5%. Os resultados
demonstraram uma perda de aproximadamente 20% na quantidade de DNA, perda
essa que se manteve consistente em todas as análises a partir do 7° dia. As
variações nos valores de DNA quantificável nos diferentes grupos (tempo) não
demonstraram diferença estatisticamente significante (ANOVA para medidas
repetidas; p = 0,475). Os resultados indicam que a saliva exposta por 60 dias ao
meio externo ainda é viável para fins de identificação humana. Pode-se concluir que
os dois artigos se complementam, visto que o primeiro artigo demonstra o que se
sabe sobre o tema e as lacunas do conhecimento na temática, a falta de um
protocolo específico de coleta e armazenamento da saliva, bem como a definição
do tempo limite máximo em que a saliva deixa de ser viável. E o segundo artigo
explora essa última lacuna ao desenvolver uma pesquisa experimental que
demonstra que a saliva é um substrato viável para identificação humana mesmo
após a sua exposição ao meio durante 60 dias. E que novos estudos são
necessários para oferecer uma visão mais ampla sobre o potencial da saliva como
uma ferramenta poderosa na odontologia forense
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2571802 - BIANCA MARQUES SANTIAGO
Externo à Instituição - RHONAN FERREIRA DA SILVA
Interno - 2332212 - YURI WANDERLEY CAVALCANTI